Daily News – Segunda Onda?
Ontem foi um dia de forte queda das bolsas globais, lideradas por quedas entre 5% e 7% dos índices americanos. Hoje pela manhã, estamos observando uma recuperação, neste momento, da ordem de 2% dos índices globais de bolsa.
Reforço aqui o que escrevi ontem pela manhã (vide
aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1271046189782368260?s=20):
“Estamos acordando hoje com uma queda, neste
momento, de 2% no S&P futuro nos EUA. Não há nada específico que justifique
a queda, mas aqui vai alguns vetores que, em conjunto, podem estar ajudando o
movimento:
- Técnico pior
- Preço/valuation "esticados"
- Um Fed ainda excessivamente preocupado
- Aumento do número de casos de Covid em estados
americanos que reabriram suas economias
- Ciclo de contágio do Covid ainda intenso em
vários países emergentes (Brasil, por exemplo)
Em separado, esses vetores estavam sendo
incapazes de promover uma correção nos mercados diante de uma liquidez global
abundante. Agora, parece que estamos diante de uma correção. Eu diria que este
movimento é natural e, até certo ponto, saudável.
Ainda não vejo motivos para movimentos mais
intensos como o de março. Tampouco vejo o mercado rompendo os picos atingidos
esta semana. Será mais um período de volatilidade, sem muita tendência,
acredito eu.”
No Brasil, vemos mais um movimento de aproximação
do Governo com o Centrão, após a recriação de um “antigo novo” ministério. Sem
entrar no mérito da questão e das promessas de campanha, o movimento ajuda o
governo a ter base no Congresso para evitar cenários de cauda como impeachment,
além de ajudar na base para eventuais reformar econômicas futuras.
O que está acontecendo na Bulgária parece ser um
cenário que preocupa o mercado, já que uma fotografia parecida começa a ser
vista em estados americanos que reabriram. Uma segunda onda de contaminação por
Covid, que poderia levar novamente a um eventual fechamento da economia:
É natural esperar que os casos de contaminação se
elevassem após a reabertura das economias. Precisamos ficar atentos aos níveis
de hospitalização. Além disso, o tamanho desta segunda onda é quem vai determinar
a direção dos mercados.
Na China, a recuperação continua, mas ainda vemos
um retorno desigual entre setores da economia. Os setor de serviços ainda mostra
uma demora maior em retomar os níveis pré crise:
Na Europa, a produção industrial apresentou forte
queda, como era amplamente esperado. Estes são números de “retrovisor” que
devem apresentar melhora nos próximos meses:
Na Inglaterra, o PIB mensal de abril caiu mais de
20%, em linha com as expectativas do mercado. Este deve marcar o piso deste
ciclo a crise:
Finalmente, tivemos mais uma semana positiva de
fluxo para ativos emergentes:
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