Daily News – Contextualizando a “Segunda Onda”.
Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom positivo, a despeito de, na minha visão, termos notícias mais negativas de curto-prazo. De qualquer forma, a dinâmica do mercado, neste momento, está em linha com o que eu venho reportando neste fórum.
O mercado continua operando dentro de “bandas”
relativamente estreitas. Não vejo motivos, por ora, nem para “rompimentos” para
cima, nem para movimentos negativos da mesma forma que vimos em março.
De um lado, temos sinais de aceleração da “segunda
onda” de contágio pelo Covid em alguns países do mundo (Alemanha e China, por
exemplo), uma “primeira onda” estendida em alguns países emergentes (Brasil,
México e Índia, por exemplo) e uma situação similar nos EUA, com alguns Estados
em “segunda onda” e outras em uma “primeira onda” estendida.
Todavia, precisamos contextualizar a situação. Era
natural que novos casos fossem surgissem com a reabertura gradual do mundo. O
relevante, a luz do mercado, é entender se o número de fatalidades permanecerá
em tendência de queda, assim como observar se o sistema de saúde se manterá
firme, sólido e capaz de atender aqueles que necessitam de internação.
Neste momento, com o número de fatalidades em baixa
e o sistema de saúde, na média, com ociosidade alta ao redor do mundo, o mercado
parece mais “tranquilo” com a situação. Comentei sobre isso no final de semana,
aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/06/podcast-semanal-selic-225-queiroz-e.html.
Nos EUA, foco das eleições americanas. A
probabilidade de uma vitória Democrata pode vir a ter impactos relevantes nos
preços dos ativos de risco. Comentei sobre isso, aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1274678949256314880?s=20.
A posição técnica do mercado segue mostrando deterioração,
mas ainda não se mostrou um impedimento para o bom desempenho dos ativos de
risco. Alguns gráficos interessantes aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1274682205223243777?s=20.
As exportações dos 20 primeiros dias da Coreia do Sul,
um importante indicador coincidente para o crescimento do a economia global,
mostra uma recuperação apenas gradual e com sinais claros de fragilidade ao redor
do mundo:
No geral, continuo esperando um mercado operando em “ranges”, com leve viés negativo no curto-prazo. Não estou alterando minha visão de alocações estrutural, mas sigo buscando proteções de forma mais ativa e agressiva. Ainda gosto de portfólios balanceados entre classes de ativos e regiões.
As elevações de alocação em ativos de risco que
foram feitas de maneira tática em março e abril podem ser reduzidas ou zeradas,
gerando caixa para as eventuais próximas oportunidades. As alocações de
longo-prazo nesses mesmos ativos devem ser mantidas, em conjunto com “hedges” e
“seguros” para os próximos 3 a 4 meses.
O Ouro está fazendo novos picos desde 2012. Gosto
dele como composição de portfólio:
Indicador interessante do JP Morgan que
correlaciona os ciclos econômicos e os ativos de risco:
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