Daily News – “No News is Good News?”


Nos últimos dias, os ativos de risco parecem estar consolidando nos atuais níveis, com as bolsas globais na ponta de cima da banda deste ciclo econômico e, no caso dos EUA, em seus picos nominais históricos.

Não há novidades relevantes nos últimos dias. Vejo alguns ruídos e problemas idiossincráticos, mas nenhum que pareça capaz de alterar a dinâmica recente.

Acredito que o mercado internacional tenha precificado um cenário de melhora considerável de ambiente econômico e político global, o que pode ter sido exacerbado por um quadro técnico favorável.

Caso os dados econômicos não se revertam, pode haver algum tipo de decepção nesta frente. Contudo, neste momento, o suporte aos ativos de risco parece bastante sólido e apenas uma confirmação de perda de algum vetor de sustentação será capaz de reverter está dinâmica/tendência.

A situação em Hong Kong segue tensa, mas sem gerar contágio econômico e financeiros ao resto do mundo, ainda. O Irã agora passa por um momento tumultuado. Há ruídos e falta de avanços concretos nas negociações entre EUA e China.

Há sinais claros de desaceleração da economia dos EUA:


A China vem tentando administrar uma desaceleração suave de sua economia, agora injetando liquidez no mercado:

#China's central bankboosts liquidity via reverse repos, treasury deposits. #PBoC pumped 170 billion yuan (about 24.86 billion U.S. dollars) into the interbank system Tuesday

No Brasil, destaque para a alta do dólar, que fechou acima de 4,21. Passado o leilão da Cessão Onerosa, com a ausência de fluxo estrangeiro para o evento, o mercado parece ter ficado tecnicamente mal posicionado, em um momento de sazonalidade ruim de final de ano. Além disso, vemos uma deterioração gradual de nossas contas externas.

Ainda vejo o dólar respeitando um range entre 4,00 e 4,20 – as vezes um pouco abaixo ou um pouco acima disso. Entendo que possamos, no curto-prazo, testar níveis um pouco mais elevados diante de um quadro que aparenta fragilidade e dinâmica de alta.

A alta do dólar acabou afetando o humor para os juros locais, assim como afetou um pouco a dinâmica da bolsa. Sigo favorecendo o mercado de renda variável em detrimento aos demais mercados locais.

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