Daily News – Guerra Comercial Resolvida???
As bolsas
globais apresentam uma nova rodada de alta, após a mídia reportar que China e
EUA estariam migrando para um acordo em que as tarifas já existentes seriam
retiradas em fases.
Como
tenho comentado aqui, acho que a retirada das tarifas é extremamente positiva
para o cenário e essencial para uma eventual alteração do pano de fundo de
crescimento global.
A dúvida,
neste momento, é quanto o mercado já precificou deste cenário. Tendo a
acreditar que na ausência de novidades relevantes, a concretização desta
retirada de tarifas é um importante vetor positivo de suporte aos ativos de
risco, em especial às bolsas globais.
Neste
ambiente, continuo vendo o Brasil e seu mercado de renda variável como o grande
beneficiário, por apresentar “valuation” atrativo, expectativa de fluxo,
posição técnica saudável, empresas entregando resultados robustos e afins.
Tenho
dúvidas da direção do dólar no mundo, assim como de outras variáveis, como o
mercado de juros e os metais preciosos.
No
Brasil, ontem, o leilão do Pré-Sal surpreendeu negativamente as expectativas.
Apenas a Petrobas participou de maneira relevante do leilão, com uma pequena
parcela de duas empresas chinesas.
Acho
que o evento foi bastante negativo para o dólar/câmbio, pois o mercado criou
uma expectativa de fluxo cambial da ordem de US$10 a USD15bi que não irá se
concretizar, o que deixou o mercado tecnicamente mal posicionado.
Não
vejo o leilão de ontem alterando o cenário construtivo e positivo para o país.
Acredito que existiam questões específicas de contratos, preço e operacional
que afastaram os investidores estrangeiros. Ainda vejo uma agenda positiva de
privatizações no “pipeline”.
De toda
forma, a despeito de não dar recomendações de ações, vejo com alguma
desconfiança de curto-prazo a ausência dos estrangeiros e a participação maciça
da Petrobras sem parceiros relevantes. Continuo vendo a empresa em uma direção
bastante positiva estruturalmente, a despeito deste potencial ruído.
Na
Alemanha, a produção industrial apresentou mais um mês de queda, confirmando um
cenário de fragilidade do crescimento da Europa.
Entendo
os avanços positivos recentes do cenário internacional, mas a estabilização do
crescimento global é uma condição “sine qua non” para a continuidade da
recuperação dos ativos de risco.
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