Daily News – Incertezas.


Os ativos de risco estão abrindo o dia com leve viés negativo. Os ruídos envolvendo a Guerra Comercial e as negociações entre EUA e China estão ditando a dinâmica do mercado e assim devem continuar nos próximos dias.

No campo econômico, destaque para a recuperação das Exportações da Coréia do Sul nos 20 primeiros dias de novembro. O número está em linha com a visão de uma recuperação cíclica do crescimento global, mas que ainda permanece em patamar frágil e pressionado:


Nos EUA, os dados recentes de crescimento levaram a uma revisão baixista para o PIB do 4Q, que hoje encontra-se muito próxima a zero. Assim, temos um acumulo de evidência de desaceleração da economia do país:


Há sinais truncados em torno das negociações entre EUA e China. A aprovação no Senado dos EUA de uma lei que impõe maior controle dos EUA sobre Hong Kong pode ser um enorme empecilho para o fechamento de um acordo mais amplo: https://www.bloomberg.com/news/articles/2019-11-21/china-s-liu-cautiously-optimistic-about-reaching-phase-1-deal.

No Brasil, a CCJ aprovou texto para prisão em segunda instância, revendo votação do STF. Ainda é cedo para saber se está nova lei entrar de fato em vigor, mas é um sinal mais positivo para a sociedade e o mercado após a decisão do STF ter sido mau recebida pela população e pelo mercado: https://valor.globo.com/politica/noticia/2019/11/20/relatora-na-ccj-da-camara-da-novo-parecer-favoravel-a-pecs-da-2a-instancia.ghtml.

O Presidente do BCB ontem sinalizou conforto, até o momento, com o movimento do câmbio (dólar) e foi explícito ao dizer que as taxas de juros serão usadas como instrumento de política monetária, e não cambial. Só utilizará os juros caso a alta do dólar afeta as expectativas de inflação.

Sigo vendo o câmbio em uma banda de 4.0-4,2 (as vezes um pouco acima ou um pouco abaixo disso). Neste final de ano, vejo uma sazonalidade e um técnico ruim, que poderá leva-lo acima disso pontualmente.

Sigo com visão cautelosa com o cenário internacional. Acredito que a estabilização do crescimento seja cíclica e frágil. Vejo o poder de reação dos bancos centrais como limitados. Sou cético com relação a um acordo entre EUA e China.

Contudo, entendo que esses vetores precisam ficar mais evidentes para uma mudança clara e substancial de dinâmica dos ativos de risco. Enquanto isso, e com uma sazonalidade positiva de final de ano, na ausência da perda de um desses vetores, temos espaço para continuar flutuando em torno dos atuais níveis de preço.

No Brasil, sigo favorecendo renda variável (cíclicos locais) em detrimento aos juros e ao câmbio. Entendo que podemos sofrer com a volatilidade externa, mas vejo quedas como oportunidades de alocação.

Comentários

  1. Dan, você nao poderia habilitar o recurso de RSS deste blog?

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  2. Aqui tem como vc ativar
    https://support.google.com/blogger/answer/97933?hl=pt-BR
    :)

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