Daily News – Brasil: Caminhando e Cantando...


Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade neste momento.

Nos últimos dias, a mídia vem reportando que a China estaria com uma demanda de que os EUA retirem as tarifas já em vigor para que o acordo comercial seja assinado: https://www.bloomberg.com/news/articles/2019-11-05/china-wants-trump-tariff-rollback-as-price-for-phase-one-deal.

Acredito que caso isso ocorra, seria extremamente positivo para o cenário. Por ora, tenho enorme receio que este preço seja alto demais para os EUA aceitarem, o que pode gerar ruídos nos ativos de risco no curto-prazo.

Interessante notar o forte movimento de “Reflation” que ocorreu nos mercados internacionais ontem, com forte alta de taxa de juros no mundo desenvolvido, queda dos metais preciosos e dólar mais forte conta moedas do G3.

No Brasil, o Governo apresentou ontem o pacote pós Reforma da Previdência. Sem entrar nos detalhes, pareceu um pacote bastante amplo e positivo. É provável que nem tudo avance neste mandato, e que muita coisa demore a se concretizar, mas fica claro a direção positiva no âmbito econômico que o país está caminhando: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/11/pacote-de-guedes-e-visto-por-economistas-como-novo-marco-na-economia-brasileira.shtml.

A Ata do Copom reforçou a mensagem de que a Taxa Selic deve cair para 4,5% na próxima reunião do Copom mas, a partir de então, as quedas devem ser mais dependentes dos dados e do cenário.

Hoje teremos o tão esperado leilão do Pré-Sal. O evento começa as 10h00 e não deve se alongar por muito tempo. A Petrobras será peça fundamental no evento, resta saber se terá parceiros estratégicos relevantes, o tamanho da competição e o potencial fluxo de entrada de dólares para o país.

Nos EUA, O ISM Non-Manufacturing ficou acima das expectativas, mostrando uma economia ainda relativamente saudável – o que ajudou o movimento de “Reflation” comentado anteriormente.

Hoje pela manhã, os dados de Factory Orders na Alemanha surpreenderam positivamente as expectativas, elevando as esperanças de uma estabilização do crescimento do país. Alerto aqui que o patamar ainda é perigosamente baixo e um mês nem sempre determina uma nova tendência:


Finalmente, o Softbank divulgou uma perda da ordem de US$6,7bi após a derrocada do WeWork, mostrando que nem todas as empresas com forte crescimento, mas com grandes perdas de “queima de capital” terão o benefício da dúvida do mercado por muito tempo:



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