Notícias mais positivas no Brasil, dados construtivos na China e agenda carregada hoje.
Os ativos de risco
estão operando próximos a estabilidade, a espera dos dados de emprego nos EUA.
Ontem, a notícia de evolução nas negociações do Brexit, o avanço para evitar um
“shutdown” nos EUA, além de rumores de que Trump poderiam anunciar um pacote
agressivo e detalhado de investimentos já no inicio de 2018 ajudaram a dar
suporte aos ativos norte americanos no final da tarde.
No Brasil, os ativos
locais continuam mostrando elevada volatilidade e sensibilidade em relação a Reforma
da Previdência. A quarta-feira foi de fluxo de notícias mais negativo, o que
acabou castigando os ativos do país. Hoje pela manhã, os jornais indicam que a
votação está acordada para o dia 18 deste mês e que o governo já teria
contabilizado cerca de 396 votos a favor da Reforma. Na agenda do dia, teremos
o IPCA como destaque.
Na China, os dados de importação e exportação de
novembro apresentaram forte recuperação, mostrando algum “payback” de questões
pontuais do mês anterior, mas também apontando para um cenário de relativa
estabilidade da economia do país, ou seja, um pano de fundo ainda construtivo. Segundo
o Citibank: China’s export growth bounced
back strongly – In dollar terms, export growth unexpectedly surged from 6.9%YoY
in Oct to 12.3%YoY in Nov, much higher than market’s expectations (Citi:
4.9%YoY, Consensus: 5.3%YoY). Import growth also improved by 0.5 ppt to 17.7%YoY.
Overall, the monthly trade balance widened from USD 38.2 bn in Oct to USD 40.21
bn.
Em relação aos dados
do Mercado de trabalho nos EUA, que serão divulgados hoje, todas as atenções
estarão voltadas para os números de rendimentos. Acredito que os dados de hoje,
dependendo se seus resultados, odem ser determinantes para as próximas semanas
(talvez meses) e para as próximas tendências do mercado. Deixo aqui o
comentário do Morgan Stanley:
US employment costs. Today’s focus will be on the release of the US labour
market report where it needs to be
seen if the US November employment increase turns out equally strong compared
to the Canadian numbers last week. Of specific importance will be wage data. It
has been low wage inflation keeping capital expenditure spending subdued,
pushing the ratio of the US capital stock to employment down and laying the
foundation for productivity disappointment and implicitly low real US yields.
Signs of employment costs picking up are likely to spark a chain reaction
supporting capex, and leading to productivity gains and higher US real yield.
Inflation indications. Interestingly, the underlying inflation gauge (UIG) a measure of
sustained movements in inflation provided by the New York Fed is at 2.96%, the
highest in more than 10 years, signaling price pressures have picked up even as
headline CPI remained subdued. Should US wages pick up, the Fed will have to
decide either to tolerate higher inflation rates arguing that past years'
inflation undershoot warrants scope for a temporary overshoot or to react
mechanically via hike rates. The first case would allow the USD to stay weak
for longer, the second case would produce a temporary USD rebound.
Continuo alocado em
ativos do Brasil, administrando o tamanho e os instrumentos da posição, visando
passar este momento mais turbulento e volátil da Reforma da Previdência, mas
sem perder de vista a melhora cada vez mais consolidada do quadro econômico e
seus fundamentos. Para balancear o portfólio, sigo com posições tomadas em
taxas de juros nos EUA, vendido em AUD (promovi alguns ajustes na posição após
o movimento recente de queda) e comprada em volatilidade de Rates, FX e Equities,
cuja postura precisa sempre ser um pouco mais dinâmica na administração.
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