Fim de ano traz alguma volatilidade aos ativos de risco.
Ontem observamos um
dia de queda das bolsas dos EUA e da Europa. Alguns ruídos envolvendo a
aprovação da Reforma Tributária parecem ter dado o tom do final da tarde de
quinta-feira. A despeito da queda das bolsas, vimos uma leve abertura das taxas
de juros nos EUA e um dólar majoritariamente mais forte no mundo. O movimento
me parece ser um processo clássico de realização de lucros, natural nesta fase
do ano.
Hoje vemos bolsas e
commodities em leve alta, pequena abertura das taxas de juros nos EUA e um
dólar mais fraco.
Em termos econômicos,
a quinta-feira trouxe fortes dados de vendas no varejo nos EUA, além de um
Jobless Claims em níveis historicamente baixos e condizentes com um mercado de
trabalho extremamente robusto. Os números levaram o mercado a uma revisão altista
nas previsões do PIB para o 4Q do ano, além de dar ímpeto a tese de
continuidade no processo de normalização monetária dos EUA.
Na Europa, o ECB
manteve a política monetária inalterada, como era amplamente esperado. Draghi
reafirmou a postura de gradualismo no processo de normalização monetária. A
área técnica do Banco promoveu revisões altistas de crescimento e baixistas
para taxa de desemprego, mas se alterações relevantes no quadro de inflação, em
uma direção muito parecida com aquela adotada pelo Fed. A decisão do BoE na
Inglaterra não trouxe novidades, sem alterações na política monetária.
No Brasil, a Reforma
da Previdência foi abandonada. Os jornais ainda aventam a possibilidade de
vota-la em fevereiro de 2018, mas afirma que novas concessões serão feitas. O mercado
duvida na possibilidade de aprovação de temas polêmicos em ano eleitoral. As
agências de risco já sinalizam para um rebaixamento da nota de crédito do país.
os ativos locais operaram sob pressão. Espero volatilidade e novas ondas de
desalocação nos ativos do Brasil, até que a posição técnica mais saudável, o
nível de preços/valuation e o quadro econômico mais positivo fiquem mais
evidentes.
No Japão, o Tankan –
um dos mais importantes indicadores de confiança do país – apresentou mais um
trimestre de alta, reforçando o cenário de recuperação da economia japonesa.
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