Dia de agenda cheia. Brasil: Previdência, Swaps Cambiais e Fluxos.
Os ativos de risco
operam próximos a estabilidade, em um dia de agenda bastante relevante. Destaque
para a votação da Reforma Tributária nos EUA. Caso a Reforma não avance, os
movimentos dos últimos dias, como alta da bolsa, rotação entre os setores,
abertura de taxas de juros, podem acabar sendo revertidos. A passagem da
Reforma reforçaria o cenário de “Reflation” para o final do ano, liderado pelos
EUA. Outros dados serão importantes, como o ISM Manufacturing, mas muito menos
relevantes do que a aprovação (ou não) da Reforma Tributária.
No Brasil, o dia será
de divulgação do PIB. Mesmo sendo um número que traz uma fotografia “atrasada”
da economia, diante da amplitude de evidências de recuperação do crescimento,
do emprego e da renda, nas últimas semanas, costuma ser um número muito
observado pelo mercado.
Em relação à Reforma
da Previdência, a mídia definitivamente adotou um tom mais negativo com relação
às perspectivas de aprovação este ano. De qualquer maneira, o mercado já parece
ter feito um ajuste de preços e posições relevantes ao longo desta semana
refletindo este tom mais cauteloso com relação à Previdência.
Na noite de ontem, o
BCB anunciou a rolagem dos cerca de US$10bi de swaps cambiais vincendo até
janeiro. O anúncio tira uma incerteza de curto-prazo, em um momento de
volatilidade dos mercados. Como existe a expectativa de fortes fluxos cambiais
este final de ano, existia alguma expectativa do BCB não promover a rolagem
integral dos swaps.
Falando em fluxo, a
janela de emissões de bonds corporativos externos está reaberta. Ontem vimos a
emissão de US$1bi de Cemig e US$300mm de Banco Votorantim perpétui. Ambas foram
muito bem demandadas, as saíram a taxas mais fechadas do que as expectativas e
em tamanho superior ao esperado. Estes movimentos mostram que ainda existe
amplo apetite para Brasil e EM a despeito dos ruídos recentes.
Voltando ao cenário externo,
as exportações da Coréia do Sul, uma Proxy para o crescimento global dado sua
corrente de comercio elevada e as características da economia, apresentou mais
um mês de números saudáveis, mostrando um quadro ainda construtivo para o
crescimento global. Segundo a Goldman Sachs:
November headline exports grew 9.6% from a year ago,
strengthening only slightly from 7.1% in the previous month. However, exports
excluding ships (a better proxy for current global demand for Korean goods in
our view) were stronger at 16.9% yoy, up from 5.2% in October. Sequential
growth rebounded to 8.3% (sa in GENHOL), amid broad improvement across all major trading partners.
Semiconductors stayed a main driver and accounted for 90% of headline exports
growth in November. Imports strengthened to 12.3% growth, as the trade surplus
rose slightly to US$7.8bn.
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