Mundo cresce com sincronismo. China desacelera como o esperado.
Neste momento,
estamos observando uma abertura de taxa das Treasuries nos EUA, que está
devolvendo cerca de 60% do movimento de fechamento de taxas verificado ontem.
Neste ambiento, o dólar opera majoritariamente em alta. As bolsas e as
commodities, no geral, apresentam leve elevação, mas sem movimentos relevantes.
Não vi nenhuma
novidade para explicar as reversões dos movimentos de ontem, mas também não
conclui neste fórum que o Fed havia sido definitivamente dovish em sua reunião.
Assim, os movimentos de curto-prazo me parecem mais ruídos. Não vejo alterações
significativas de cenário. Ainda trabalho com um cenário base de curto-prazo de
crescimento global saudável, inflação gradualmente em alta no mundo desenvolvido
e normalização monetária gradual e bem comunicada por parte dos principais
bancos centrais das economias avançadas. Este cenário ainda me parece
construtivo para ativos de risco no geral, deveria favorecer uma elevação estrutural
das taxas de juros das economias avançadas. Entendo que, neste estágio do
ciclo, teremos uma maior diferenciação entre os ativos de alguns países e regiões,
assim como um desempenho melhor de alguns ativos em detrimento a outros.
Não há novidades em
relação a Reforma da Previdência no Brasil. A informação corrente é de que não
haverá votação este ano. O Congresso aprovou o Orçamento fr 2018, o que deverá
reduzir os trabalhos na casa a partir de agora. Ainda espero alguma pressão
sobe os ativos locais, mas acredito que em algum momento, a melhora cíclica dos
fundamentos, frente a posição técnica mais saudável e a preços mais atrativos
irá favorecer os ativos locais.
Destaque da noite
para os dados econômicos da China que mostraram alguma estabilização do
crescimento. De maneira geral, o cenário base de desaceleração gradual da
economia do país continua inalterado. O PBoC, seguindo o Fed, anunciou algumas
medidas adicionais de aperto monetário, o que reforça a expectativa de uma
política monetária mais apertada de agora em diante. Segundo o DB:
In China,
the November macro data just released was broadly in line but slightly lower
than the prior month. Both the IP and fixed assets investments matched
expectations at 6.1% yoy and 7.2% respectively, but were 0.1ppt lower than the
prior month. Retail sales were softer than expectations at 10.2% yoy (vs.
10.3%). Elsewhere, China’s central bank has slightly
increased the borrowing costs it charges in open market operations following the
Fed’s move, lifting the cost of the 7 and 28 day reverse repo agreement by 5bp.
Nos EUA, a
Camara e o Senado parecem ter chegado a um acordo em torno da Reforma
Tributária, em mais um importante passo na direção de uma política tributária e
fiscal mais frouxa. Em meio a um crescimento sólido e um mercado de trabalho
robusto, a implementação dessas reformas deverá ser visto como mais hawkish,
reforçando a expectativa de que o Fed deverá dar continuidade ao processo de
normalização monetária.
Ainda pela
manhã, vimos dados positivos de crescimento na Europa, além de dados robustos
de emprego na Austrália. Os números apenas confirmam um quadro de robustez e
sincronismo da economia mundial.
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