Brasil: Ruídos políticos continuam. Por ora, são apenas ruídos...
Os jornais
deste sábado estão apenas repercutindo o intenso debate que acometeu o meio
político em torno da criminalização (ou não) das doações eleitorais, seja via “caixa
1”, possivelmente fruto de corrupção, ou seja via “caixa 2”. A mídia está dando
um amplo foco nesta discussão entre políticos, juristas e ministros do STF.
Segundo
os jornais, existe um movimento dentro do Congresso para tentar blindar o meio
político de eventuais condenações frutos deste tipo de relação, especialmente
às vésperas da abertura de inquéritos por parte da PGR e do STF em decorrência
das delações premiadas da Odebrecht.
Nesta
direção, é esperado que no começo da próxima semana a PGR entre com pedido
junto ao STF, para a abertura de inquéritos envolvendo indivíduos com foro
privilegiado. Estão ventilando a possibilidade de abertura de cerca de 80
inquéritos.
Eu
continuo tratando este tipo de debate como sério e importante para o país, mas
apenas como ruído para os mercados financeiros locais. Ainda não vi nenhum
vetor concreto que venha a alterar a postura do Congresso e do atual Governo
Temer no avanço das reformas econômicas.
O debate
em torno da Reforma da Previdência continua e, como esperado, com a aproximação
da votação da comissão especial, e provável encaminhamento para o plenário, os
ruídos aumentam. Os partidos da base estão apresentando uma série de emendas e
as articulações para possíveis alterações no texto base continuam.
Acredito
que mudanças irão ocorrer na proposta original apresentada pelo governo. Este
processo me parece natural e esperado, dentro do processo democrático. Contudo,
precisamos ficar atentos à possíveis alterações na essência do texto original.
Caso isso ocorra, o cenário para o país poderá mudar drasticamente, para pior.
Acredito que o cenário central, de maior probabilidade, ainda seja de aprovação
de uma Reforma da Previdência relevante para o país.
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