Daily News – Um Ano de Diferenciação
Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade neste momento. O destaque deste início de ano continua por conta da “over” performance dos ativos mais ligados a demanda chinesa, em detrimento aos ativos americanos.
Continuo vendo um mercado que está
migrando do tema “Inflação” para o tema “Recessão”. Neste meio do caminho,
teremos espasmos de otimismo com o tema “Pouso Suave”. A reabertura da China,
além disso, e a diferença de estágio dos ciclos econômicos entre alguns países
e regiões, também favorece posições relativas e fundos que se beneficiam desta
flexibilidade:
O ano vem sendo marcado por um saudável
fluxo para fundos dedicados a renda fixa de países emergentes, o que tem sido
refletido, também, no bom desempenho dos ativos do Brasil, a despeito dos
ruídos locais:
Na China, os indicadores de alta
frequência continuam mostrando uma normalização da economia. Ainda vejo o
consumo interno como grande líder deste movimento de recuperação, em detrimento
aos investimentos, infraestrutura e ao setor imobiliário, como vimos no
passado:
No Reino Unido, as vendas no varejo
de dezembro ficaram muito abaixo das expectativas e mostrando forte
desaceleração da economia. O país segue em uma linha tênue a beira de uma
eventual recessão.
No Brasil, enquanto Lula continua com
um discurso amedrontador do ponto de vista econômico, sua equipe vem mostrando
maior racionalidade e tentando apontar à sociedade que o caminho, em algumas
esferas, como a econômica, é manter parte das conquistas do passado, como a independência
do Banco Central.
Os ativos locais continuam se favorecendo
de um fluxo relevante e de um otimismo evidente dos estrangeiros com os países
e os ativos emergentes. A reabertura da China, com a queda nas taxas de juros
dos EUA, em meio a valuations atrativos e uma posição técnica saudável
vem sendo um pano de fundo evidentemente positivo para o Brasil e seus ativos.
A Americanas entrou com pedido formal
de RJ. Seus papéis de dívida estão operando a 10% do valor de face, sua ação
caiu para R$1 (era R$12 antes dessa crise) e já estamos vendo os efeitos
secundários deste evento. Já vemos abertura de spreads de crédito no mercado
secundário. Há riscos pontuais na economia real.
*As análises e
opiniões são pessoais e não representam uma visão institucional.
Dan
H. Kawa
CIO
TAG Investimentos
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