Daily News – Fiscal, Americanas & China
Os ativos de risco estão operando com leve viés negativo. O destaque da semana ficará por conta dos resultados corporativos trimestrais nos EUA:
No Brasil, dois eventos merecem
destaque. No lado fiscal, há novos rumores (ou “Balões de Ensaio”) de que o
governo pretende elevar o salário-mínimo acima do previsto. Na teoria, o
potencial corte de gastos de R$50bi propostos pela economia iriam financiar
este aumento.
Cortar um gasto que sabemos ser quase
impossível cortar, para financiar um aumento de salário-mínimo. Vai sobrar o
aumento do salário-mínimo, e não vai ter corte de gastos (Obs: O aumento do salário-mínimo
é totalmente meritório, ninguém é contra isso, mas do ponto de vista da
situação do fiscal do país, precisa ter alguma contrapartida de receita. Caso
contrário, vai gerar mais inflação, juros mais altos, que irá gerar menor
crescimento e desemprego no futuro).
Outro ponto negativo: De um lado, o
governo sinaliza que tem disposição em cortar gastos. De outro lado, mostra que
há pressão por aumento de gastos. Esses sinais inconsistentes em nada ajudam o
bom andamento da economia. O empresário recua, o consumidor recua e o
crescimento arrefece, afetando ainda mais a classe mais baixa da população.
Segundo, o evento Americanas pode ser
um grande exemplo ao país. O desenrolar do caso será importantíssimo para o
arcabouço regulatório do país no que tange a Recuperação Extra Judicial e Recuperação
Judicial.
A ação da empresa seguiu em “queda
livre”. Sua dívida no mercado de capitais opera em torno de 25% a 30% do valor
de face, com baixíssima liquidez.
Segue minha contribuição ao Valor
Econômico sobre o tema:
Na China, os dados de atividade
econômica de dezembro ficaram acima das expectativas e mostraram uma recuperação
mais acentuada da economia. Os indicadores de alta frequência seguem mostrando
que esta recuperação vem sendo sustentável em janeiro.
No Reino Unido, os dados de emprego
mostraram alguma acomodação, mas em patamar ainda robusto. Destaque para as
pressões salariais, ainda elevadas. Este cenário deve manter o BoE ainda em
estágio de alerta e buscando uma política monetária mais apertada:
*As análises e
opiniões são pessoais e não representam uma visão institucional.
Dan
H. Kawa
CIO
TAG Investimentos
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