Daily News – A rising tide lifts all boats

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade neste momento. Na agenda do dia, destaque para o resultado corporativo trimestral de grandes bancos nos EUA.

 

A inflação nos EUA ficou dentro das expectativas do mercado, mas apresentou uma abertura com uma qualidade que será muito bem vinda para o Fed. A despeito do indicador de Núcleo permanecer muito elevado, vimos recuos importante em praticamente todas as aberturas.

 

A alta acabou sendo liderada pela parte de Aluguéis, que já é esperado um recuo relevante nos próximos meses. O número abre espaço para uma redução do ritmo de alta de juros por parte do Fed, para 25bps por reunião.

 

O cenário base ainda é de um juro em torno de 5%, em que ficará neste patamar no horizonte relevante de tempo.

 

Para o mercado, este cenário tem sido visto como positivo, pois retira um “risco de cauda” de altas adicionais nas taxas e de juros. Continuamos migrando da tese de “Inflação” para a tese “Recessão”. Estamos no meio deste caminho, onde o tema “Pouso Suave” acaba dominando a dinâmica do mercado.

 

No Brasil, destaque para o pacote fiscal anunciado por Haddad. Julgo que as medidas anunciadas não são críveis (os valores dificilmente serão atingidos), não são robustas (buscar R$70bi com CARF e denuncia espontânea me parece fora de cogitação) e são medidas apenas cíclicas, focadas em receitas pontuais: https://twitter.com/DanKawa2/status/1613618620256616449?s=20&t=YsEFmPbvdAczNIIjXZJQxg.  

 

O país ainda precisa de um plano de ajuste fiscal estrutural e de longo-prazo, em que uma nova ancora fiscal será necessária. A melhora recente dos ativos locais, na minha visão, em muita vem sendo explicada pela melhora do ambiente internacional. Como já diz o ditado: A rising tide lifts all boats.

 

Os dados de atividade econômica continuam apontando para uma importante desaceleração da economia do país no final de 2022 e começo de 2023,  oque trará ainda mais desafios do ponto de vista fiscal e político.

 

Na Alemanha, o PIB de 2022 fechou com 1,9% YoY de alta:

 


Na China, os sinais de recuperação da economia nos indicadores de alta frequência confirmam que o pior momento desta onda da pandemia parece ter ficado para trás:

 




*As análises e opiniões são pessoais e não representam uma visão institucional.

 

Dan H. Kawa

CIO TAG Investimentos

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