Daily News – Risk-On!

Após uma breve acomodação dos mercados na segunda-feira, estamos amanhecendo com mais uma rodada de “risk-on” nos ativos de risco, com bolsas e commodities em alta, dólar fraco e bom desempenho dos ativos de risco.

 

Conforme comentei ontem, sigo construtivo com o cenário para este final de ano, mas pondero que a posição técnica e os valuations de algumas classes de ativos merecem atenção. Por isso, gosto de alocações mais “nichadas” e em temas mais específicos, como a “rotação” de portfólio (vide aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1333159851594313729?s=20).

 

Interessante observar que mesmo com a melhora de humor recente, o VIX – índice que mede a volatilidade do índice de bolsa dos EUA – segue em patamar mais elevado se comparado a história recente. Acredito que o cenário deverá ser de mais incerteza e, consequentemente, mais volatilidade e oportunidades para gestores ativos, “stock pickers” e busca por “valor”:



Interessante observar a matriz de correlação entre as principais classes de ativos do mundo. Na hora de estruturar um portfólio, é sempre importante pensar em posições complementares que tendem a balancear a carteira e deixá-la resiliente em qualquer cenário:



Os spreads de crédito High Grade voltaram para suas mínimas históricas. Não vejo, por ora, motivos para uma reversão. Contudo, tampouco gosto do risco versus o retorno desta classe de ativos, nestes níveis de taxa/spread:



Na Ásia, os PMIs apontam para uma recuperação econômica saudável e robusta, sem uma segunda onda da pandemia, como vimos na Europa e nos EUA, onde os números apontam para uma acomodação da recuperação:

 






No mercado de câmbio (FX), o mercado voltou a aumentar sua posição vendida e dólar (USD):



No Brasil, a Estados de São Paulo recuou para a Fase Amarela da quarentena, enquanto a bandeira amarela na energia elétrica deve elevar o IPCA para próximo de 4% este ano.

 

O recuo na reabertura de São Paulo era, de certa forma esperado.

 

A mudança de bandeira na energia era esperada apenas para o começo do ano que vem, o que deve mudar um pouco o perfil da inflação neste final de ano e no começo de 2021 – elevando a inflação este ano e reduzindo-a no ano que vem.

 

Os ativos locais seguirão a mercê do cenário e dos fluxos internacionais, mas com um olho nos avanços (ou não) da agenda política interna.

*As análises e opiniões são pessoais e não representam, necessariamente, uma visão institucional.

Dan H. Kawa

CIO TAG Investimentos

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