Daily News – Brasil: Mãos à obra!
Os ativos de risco estão apresentando dinâmica mais positiva e saudável desde ontem, o que pode indicar que o pior do ajuste técnico pode ter ficado para trás.
No Brasil, Artur Lira, candidato governista,
ganhou a eleição para presidente da Câmara com 302 votos, quase o número
necessário para mudanças constitucionais. A vitória não garante, mecanicamente,
que as reformas que serão propostas serão aprovadas.
Contudo, a ascensão de Lira traz
expectativas positivas para a agenda de reformas no Brasil. No mínimo, mostra
alguma capacidade de negociação e articulação política por parte do governo. O
preço a ser pago também deve ser alto, na forma de emendas e cargos, mas faz
parte do jogo político e do nosso sistema de presidencialismo de coalização.
De forma geral, este evento deve ser
visto como positivo para o pano de fundo do país. Agora, é colocar a mão na
massa e focar na agenda de reformas. Não acredito que tudo que está na agenda
será aprovado, mas algum avanço, em temas específicos, pode ocorrer. Se o
cenário internacional ajudar, pode ser um ambiente de “vento a favor” ao país.
A despeito do Ibovespa estar em
patamares nominais historicamente elevados, há setores em que o “valuation”
ainda se mostra bastante atrativo caso o pano de fundo macro mostre evolução
positiva:
No exterior, o “estrago” provocado
pelo quadro técnico em janeiro foi relevante do ponto de vista de performance
dos fundos:
Houve alguma desavalacagem, mas os patamares
de risco se mantiveram elevados em termos históricos:
Vou finalizar aqui com uma “pincelada”
da Carta Mensal da TAG Investimentos, nossos termômetros de risco. Não fizemos
grande alterações nas alocações. Nosso destaque fica para as posições acima da
média em bolsa no Brasil e EUA, e posições abaixo da média em crédito
internacional:
Sigo construtivo com o cenário de
longo-prazo para a economia global e os mercados financeiros, a despeito dos
desafios de curto-prazo. A seleção de ativos e gestores será fundamental em
mercado em que os preços e “valuations” se mostram menos triviais.
*As análises e
opiniões são pessoais e não representam, necessariamente, uma visão
institucional.
Dan
H. Kawa
CIO
TAG Investimentos
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