Daily News – Risk-On!
Estamos amanhecendo com mais um movimento de alta das bolsas globais, a despeito do dólar mais forte no mundo. Na semana passada, após o discurso de Powell, comentei da possibilidade de um vetor adicional de impulso aos mercados, no curto-prazo, com a nova postura do Fed:
O Fed irá inflar o mercado até ter inflação. Vai ser muito difícil
adivinhar este ponto de inflexão. Quando ele vier, vai ser rápido e devastador
(vide texto completo aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/08/daily-news-fed-o-que-esperar-das.html).
Ainda estamos na fase em que o Fed está inflando o preço dos ativos e
não há inflação aparente. O mercado continua sendo ajudado por uma liquidez
global abundante, pacotes fiscais enormes, a continuidade da retomada do crescimento
econômico global e, agora, uma melhora nas perspectivas de vitória de Trump nas
eleições.
No Brasil, tivemos o arrefecimento do risco fiscal, com o pacote de
ajuda governamental sendo anunciado em R$300 em mais quatro parcelas. Parece
que uma batalha foi vencida, mas a guerra ainda continua. Os riscos fiscais
ainda existem e precisam ser monitorados, mas parece haver algum
comprometimento com o Teto dos Gastos.
Nos últimos dias, os yields dos bonds emergentes em dólar atingiram os
níveis mais baixos desde 2013, mostrando uma piora no risco x retorno deste
mercado. Não estou pessimista, mas vejo uma assimetria começando a ficar ruim:
A despeito de toda a alta recente em Tech, os Mutual Funds parecem não estar alocados nessa estratégia de maneira consensual. Ao que tudo indica, as pessoas físicas estão liderando o movimento:
No Brasil, vemos que as ações voltadas ao mercado local não estão com valuations tão esticados como quando olhamos o Ibovespa como um todo:
No mundo, os sinais de recuperação continuam:
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