Daily News – Fed, Brasil e China.

Para quem não teve a oportunidade de ler, segue meu artigo divulgado ontem no Estadão: https://einvestidor.estadao.com.br/colunas/dan-kawa/inflacao-riscos-adversidades-locais-externas-concretizam-outubro/.

 

A quarta-feira foi de recuperação dos ativos de risco. Hoje pela manhã, os mercados estão iniciando o dia em tom de estabilidade, com leve viés de Dólar forte no mundo. Ainda em relação a ontem, vale destacar:

 

Fed:

- Como era amplamente esperado, o Fed anunciou redução do QE em $15bi por mês, começando em novembro.

- A mensagem de Powell e Cia. foi vista como "dovish", pela sinalização de "paciência" em relação ao processo de alta de juros.

- O mercado reagiu de forma positiva, em um primeiro momento, com alta da bolsa, dólar fraco e apenas leve abertura de taxa de juros.

- Acredito que o risco de uma inflação mais alta e persistente continua a existir e pode levar o Fed a acelerar o processo de normalização monetária até o primeiro ou segundo trimestre de 2022.

 

Há um risco de o Fed estar cometendo um erro de política monetária, ficando “atrás da curva” no processo de normalização monetária. Está cada vez mais claro os efeitos deletérios da inflação no cenário corrente e prospectivo:



 

Brasil:

- Ata do Copom, com mensagem mais dura em relação a inflação, traz maior confiança ao mercado na política monetária

- Possibilidade de votação da PEC dos Precatórios causou boa expectativa ao mercado (vide link abaixo)

- Comentei mais a fundo aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1456018513982857233?s=20.

 

Nesta madrugada, a Câmara aprovou o texto base da PEC dos Precatórios: https://valor.globo.com/politica/noticia/2021/11/04/cmara-aprova-texto-base-da-pec-dos-precatrios-por-312-votos-a-144.ghtml.

 

A temporada de resultados corporativos está a todo vapor no Brasil. Nesta noite, das grandes empresas do índice Ibovespa, destaque para o resultado do Itaú, que foi recebido positivamente pelos “sell-sides”.

 

Na Alemanha, o Factory Orders de setembro apresentou alta de 1.3% MoM:




 

Na China, hoje foi a vez da incorporadora Kaisa apresentar problemas de liquidez e ver seus bonds  e suas ações “derreterem” no mercado:



 

Há claros sinais de contágio para o resto do mercado de crédito do país, com os papéis High Yields (HY) operando acima de 20% de taxa:

 



As commodities metálicas continuam em tendência de forte queda nos mercados da China. Vale lembrar a pressão negativa que as ações de commodities estão sofrendo nos últimos dias na bolsa do Brasil. Abaixo, gráfico do Aço na China:



 

*As análises e opiniões são pessoais e não representam, necessariamente, uma visão institucional.

 

Dan H. Kawa

CIO TAG Investimentos

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