Daily News – Brasil: Uma Luz no Fim do Túnel
Ontem estive presencialmente em evento do BTG Pactual em que o Ministro da Fazenda Fernando Haddad discursou. Fiquei positivamente surpreendido pela sua postura, serenidade, sinalizações e entendimento do pano de fundo econômico.
Entendo que haja ainda um precipício
de distância entre sinalização e ação, e que o chefe do Ministro precisará
estar de acordo com suas ideias para que um plano de voo factível,
especialmente no âmbito fiscal, seja anunciado e executado.
De qualquer forma, precisamos ser
coerentes e criticar nos momentos ruins, mas elogiar quando o caminho parece o
correto. Entendo que parte da melhora do desempenho dos ativos locais ontem
possa se reflexo desta postura.
A ideia fixa de baixar a taxa de
juros é compreensível, por tudo que a economia real e o setor corporativo estão
passando nas últimas semanas, mas este debate precisar ser feito da maneira
correta, nos fóruns corretos, e sem um embate público entre os entes
federativos.
Parafraseando André Jakurski, neste
caso, a “ordem dos fatores, altera o produto”. Será fundamental anunciar um
novo arcabouço fiscal, para apenas depois discutir uma mudança na meta de inflação
de curto-prazo.
Existindo um arcabouço ou ancora
fiscal exequível, a mudança da meta poderá ser feita de maneira mais suave, com
menos impacto nas expectativas de inflação e nas taxas longas de juros.
No atual nível de preço dos ativos
locais, com o cenário externo estável, caso o governo consiga avançar neste
debate de arcabouço fiscal, poderíamos reduzir este prêmio de risco em nossos
ativos que foi construído ao longo deste começo de ano.
No cenário internacional, destaque
para as recentes surpresas positivas de crescimento ao redor do mundo, o que
trouxe um aumento de probabilidade (ou expectativa) de que uma desaceleração
mais acentuada do mundo será evitada:
*As análises e
opiniões são pessoais e não representam uma visão institucional.
Dan
H. Kawa
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