Daily News – Omicron & Fed

Após um rápido e acentuado “sell-off” dos ativos de risco na tarde de ontem, os mercados estão apresentando recuperação essa manhã. Contudo, ainda há sinais de fragilidade que precisam ser monitorados.

 

Novembro foi um mês mais desafiador para os mercados em geral:

 

Dois temas afetando a dinâmica de preços:

 

1 - Nova onda de Covid. Europa como epicentro. Omicron ainda em desenvolvimento e sem muitas informações, mas como um risco real. As informações sobre eficácia das vacinas ainda são desencontradas. Há sinais de que esta variante seja muito mais contagiosa, mas menos agressiva e letal. Teremos informações mais claras em cerca de 2 a 3 semanas:

 

2 - Sinalização do Fed em torno de acelerar o ritmo de normalização monetária. O Fed parece estar em uma agenda de “guia” o mercado para um aumento do ritmo de redução do QE, com seu termino no final do primeiro trimestre de 2022 e posterior alta de juros.

 

Soma-se a isso uma sazonalidade de dezembro, com menos liquidez e com os gestores visando proteger seus portfólios e suas cotas, pois "drawdowns" elevados terão pouco tempo para serem recuperados na janela de ano calendário.

 

No Brasil, para piorar a situação, o fluxo de resgate dos fundos de ações e dos multimercados segue intenso, levando a "venda forçada" de posições.

 

Ainda no Brasil, os sinais de desaceleração do crescimento se acumulam e as revisões baixistas para o PIB de 2022 continuam: https://twitter.com/DanKawa2/status/1466159722986459140?s=20.

 

No Congresso, André Mendonça foi aprovado como novo Ministro do STF.

 

Na China, os desafios ao crescimento continuam. Sigo esperando um crescimento mais baixo por mais tempo, exercendo pressão nos ativos dependentes da demanda chinesa: https://www.reuters.com/markets/asia/china-advisers-recommend-lower-2022-gdp-target-headwinds-grow-sources-2021-12-02/.

 

Nos EUA, há sinais de nova aceleração (ou nova “onda”) da pandemia no país:

*As análises e opiniões são pessoais e não representam, necessariamente, uma visão institucional.

 

Dan H. Kawa

CIO TAG Investimentos