Daily News – Em Ritmo de Férias.
Em clima de final de ano, com volumes mais baixos, volatilidade mais branda e sem grandes novidades no cenário, segue um “resumão” do final de semana prolongado:
Pandemia – Seguimos vendo um aumento
expressivo e substancial do número de casos na Europa e nos EUA. Na África do
Sul, origem da Omicron, o piorar parece ter ficado para trás. Os novos casos já
mostram desaceleração e não há indícios de aumento representativo de
internações e óbitos.
Com o número de casos exponencialmente
mais elevados, as próximas semanas ainda serão de notícias mais preocupantes na
Europa e nos EUA. Por ora, medidas pontuais estão sendo tomadas para combater o
vírus.
Economicamente, deveremos observar um
impacto negativo, porém pontual no crescimento. No campo inflacionário,
contudo, o problema pode ser mais persistente devido a mais uma quebra da cadeia
produtiva.
China – O país segue combatendo a
pandemia com uma política de Covid Zero. Isso tem levado ao lockdowns de
cidades na ordem de 10mm a 15mm de habitantes. Esta postura, certamente irá
pressionar o crescimento e causar mais estragos na cadeia produtiva global.
No final de semana, o PBoC – o banco
central do país – divulgou comunicado com viés de mais suporte à economia.
Contudo, ainda não há indícios de medidas agressivas de estímulo econômico. Ao
que parece, as medidas devem ser pontual e localizadas, visando dar sustentação
ao crescimento, mas sem causar o risco de novos excessos e/ou “bolhas” na
economia e nos mercados.
Brasil – Sem grandes novidades em um
momento de recesso parlamentar. O país convive com uma explosão dos casos de
Gripe e já há indícios incipientes de uma nova onda da pandemia. Com um
contingente grande da população vacinada, espera-se que os impactos sociais e econômicos,
contudo, sejam mais brandos. De qualquer forma, toda a atenção é necessária.
A pressão por gastos públicos, ao
entrarmos em um ano eleitoral, continuará elevada. No campo inflacionários, o
IPCA15 divulgado na semana passada não trouxe notícias muito animadoras. A
inflação continua elevada e sem sinais claros e consistentes de desaceleração.
Mercados – A dinâmica de final de
ano, com baixa liquidez, pouco me diz da disposição ou sinalização do mercado.
Sigo preocupado com a inflação no mundo e os efeitos da retirada global de
liquidez. Nossa carta de novembro continua atual e toca na maior parte dos
pontos relevantes e de nossa visão de alocação: https://www.taginvest.com.br/arquivos/carta-mensal-novembro-2021.pdf.
*As análises e
opiniões são pessoais e não representam, necessariamente, uma visão
institucional.
Dan
H. Kawa
CIO
TAG Investimentos
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