Daily News – Mantenho Cautela, mas teremos vol (para cima e para baixo)
As bolsas globais (ex Brasil e China, que foram os “patinhos feios” de 2021) seguem bastante pressionadas, com destaque para os mercados americanos e os setores de “growth” e “tech”. A grande verdade, é que não há nenhuma novidade relevante no cenário, além de tudo que tenho descrito neste fórum nas últimas 6 a 8 semanas.
Discorre mais a fundo sobre estes
temas aqui: https://www.youtube.com/watch?v=f-ogW02chfo&t=31s.
Resumidamente, porém, temos: Uma
inflação mais alta no mundo (em especial, nos EUA) levando a um processo de
normalização monetárias (leia-se retirada de liquidez) que vem afetando o humor
o fluxo para os ativos de risco.
O movimento é mais intenso nos EUA, que
acabou sendo o mais favorecido pela política monetária do Fed em 2020/2021 e
agora, com as perspectivas de mudança de cenário e redução de liquidez, acaba
sendo um dos mais afetados.
Interessante notar que ações/empresas
tidas como “vencedoras” na pandemia, começam a enfretar a realidade da
normalização. Vejam o preço das ações de Peloton e Netflix.
Há sinais de desaceleração pontual da
atividade econômica na Europa e nos EUA, fruto da Omicron, mas que deve ser
passageiro.
Na China, o país terá um enorme
obstáculo a superar com o evidente espalhamento da Omicron no país. A política
de Covid Zero é um risco ao crescimento neste primeiro trimestre do ano. O PBoC
vem anunciando cortes de juros ao longo da semana.
A medida é positiva, mas ainda insuficiente
para alterar significativamente o cenário para o crescimento do país.
No Brasil, também tratado no vídeo
acima, a pressão por mais gastos públicos, seja com reajuste ao funcionalismo
ou com a redução de preço de energia, continua intensa.
Os mercados locais apresentaram evidente
recuperação este começo de ano, no que vejo como um movimento claramente
técnico. Ao que parece, o mercado está mais balanceado (menos resgates nos
fundos de ações) e o investidor estrangeiro está embarcando no “play” de ações
cíclicas (commodities) e aportando no mercado local, de forma agressiva, neste
começo de ano.
Sigo com visão cautelosa para o
curto-prazo, mas a vol recente deve ser usada para ajustar as proteções do portfólio
internacional.
Finalizo com uma seção de gráficos de
mercado:
*As análises e
opiniões são pessoais e não representam, necessariamente, uma visão
institucional.
Dan
H. Kawa
CIO
TAG Investimentos
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