Update.


A mídia internacional está dando grande enfoque a “guerra comercial” iniciada pelos EUA contra a China e seus potenciais desdobramentos de agora em diante. Os mercados continuam mostrando baixa reação ou precificação a estes movimentos, vendo estes desenvolvimentos apenas como um meio de negociação, para que os EUA cheguem a termos, ou acordos, mais vantajosos ao país.

Eu tendo a acreditar que o objetivo final seja esse, mas que talvez o caminho até lá não seja tão benigno como poderíamos imaginar anteriormente. Com a economia dos EUA robusta, um mundo que se mostra saudável e o preços dos ativos de risco, especialmente nos EUA, em níveis elevados, o pano de fundo para o Governo Trump insistir em sua postura de maior confronto nunca pareceu tão favorável. Além disso, as últimas pesquisas qualitativas em torno de seu governo mostram uma melhor na percepção da sociedade em relação a sua administração, o que é extremamente importante as vésperas das “Mid Term Elections” que irão se realizar em novembro. Assim, não podemos descartar a continuidade de uma postura de maior confronto, com uma possibilidade dos mercados financeiros, em algum momento, serem os responsáveis por disciplinar Trump e seu governo, com uma forte reação negativa a suas políticas.

Ainda neste final de semana um encontro entre as delegações dos EUA e da Coreia do Norte trouxe ruído ao acordo de desnuclearização da Coreia. De acordo com a mídia internacional, a Coreia do Norte chamou as demandas dos EUA e a postura da delegação americana de inaceitáveis, o que coloca em risco o acordo que havia sido anunciado. Acredito que o mercado dê pouca importância a este tema, a despeito da imensa importância geopolítica. Apenas uma deterioração acentuada deste relacionamento, que aproxime de uma guerra de fato, seria capaz de afetar o humor dos ativos financeiros.

No Brasil, a mídia continua a fazer a cobertura das eleições, sem que haja qualquer avanço de fato. A XP Investimentos divulgou pesquisa em que mostra que grande parte do eleitorado decide seus votos após iniciada a campanha eleitoral, com a TV ainda sendo importante fonte de informação. Isso confirma a importância das alianças e do tempo de TV dos candidatos, além de reforçar que a disputa continua em aberto, sem definição, como já era verdade desde sempre.

Sigo vendo os mercados financeiros globais ainda respeitado os “ranges” que vem sendo regra ao longo deste ano, com volatilidade (positiva e negativa) mas sem grandes tendências. Para não soar repetitivo, minha visão pode ser revista aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/.

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