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Mostrando postagens com o rótulo Juros Brasil

Externo: Year End Rally?

Hoje tivemos mais um dia em que o quadro técnico parece der ditado a dinâmica dos mercados externos, com uma pitada de “rally de final de ano”, com forte alta das bolsas nos países desenvolvidos, mesmo com o petróleo e o cobre em queda e com um fechamento de taxas de juros. O dia foi majoritariamente de dólar mais fraco no mundo. Neste momento, o STF está julgando a liminar que retirou Renan Calheiros da presidência do Senado. Caso a decisão seja revertida, a pauta de votações está mantida. Caso a decisão de Marco Aurélio Mello seja mantida, temos um conjunto de caminhos possíveis, desde a renúncia do vice, até uma paralisia completa da agenda do Senado. Na pior das hipóteses, nada será votado até o final deste ano, mas em 2017, com novas eleições para presidente do Senado, a agenda do ajuste econômico deveria voltar a pauta. Em café com jornalistas, o presidente do BCB repetiu o tom dovish da Ata do Copom divulgada ontem, o que ajudou a ancorar a curva local de juros. Fi...

BRL, Juros Brasil, China e DM Rates.

Gostaria de aproveitar o tempo para evoluir em alguns temas que acho relevantes para o curto-prazo: BRL – Eu não faço ideia de qual seja o nível de equilíbrio de longo-prazo da moeda brasileira, até porque existem variáveis externas que tendem a dificultar está avaliação. No curto-prazo, contudo, vejo um cenário em que a moeda possa vir a testar níveis mais apreciados, saído do atual range de 3,15-3,25 para, talvez, um nível mais próximo a 3,00-3,15. As evidências anedóticas apontam para um acumulo de operações (IPOs, M&As, emissões de bonds, e afins) que podem vir a trazer fluxos não desprezíveis para o país. O carrego da moeda ainda é substancial para os investidores estrangeiros, cujas posições ainda parecem estar mais para neutras (e UW) do que para posições OW (ou muito carregadas). Finalmente, há sinais de que a Lei de Repatriação possa vir a gerar R$50bi de receitas para o governo. Só para o pagamento desta rubrica, seriam necessários internalizar cerca de US$15b. ...

Juros Brasil e Eleições EUA.

Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom positivo, após o segundo debate para presidente dos EUA mostrar mais uma vitória para Hillary Clinton, segundo pesquisas logo após o evento. O destaque desta manhã de segunda-feira, assim, fica por conta da forte apreciação do MXN, o ativo que mais tem sido afetado pelo cenário eleitoral dos EUA. Mantenho uma visão de que o cenário central é de um crescimento global baixo, porém sem riscos de recessão. A inflação deve-se manter ainda contida, a despeito de um processo gradual de elevação. Neste ambiente, os bancos centrais dos países desenvolvidos irão manter uma postura ainda expansionista, a despeito de ajustes pontuais em suas medidas. Este ambiente deverá continuar a ser visto como positivo para os ativos de carry/yield, enquanto este cenário não for definitivamente testado. Existem riscos de curto-prazo (Eleições nos EUA, Brexit, Taxas Longas de Juros em DM, e etc) mas, enquanto esses riscos se mantiverem pontuais e localizados...

Set. Ready. Cut!

Dois eventos merecem destaque nesta terça-feira. No cenário externo, a percepção de que Hillary Clinton venceu o primeiro debate para as eleições presidenciais norte americanas ajudaram a dar sustentação a alguns ativos de risco, como o MXN e as bolsas dos EUA. O petróleo acabou apresentando papel secundário, com a OPEP, mais uma vez, falhando em chegar a um acordo para o congelamento (ou redução) da produção dos países membros, o que levou a uma forte queda da commodity. O DB continua no foco do mercado e poderá trazer alguma volatilidade no curto-prazo. No Brasil, o Relatório de Inflação (RI) mostrou expectativas/previsões menores do que no RI anterior, e mais baixas do que na última Nota do Copom. Além disso, as previsões do BCB ficaram abaixo das expectativas do mercado. O texto do Relatório adotou mensagem similar àquela que já vinha sendo incorporada pelo BCB em eventos recentes. Acredito que o BCB sancionou a janela para que o ciclo de queda de juros se inicie na re...

No News is good news?

O final de semana foi de poucas novidades para o cenário econômico global, até o momento. A semana terá como destaque o primeiro debate para a campanha a presidente dos EUA, que poderá ser determinante para as intenções de voto dos americanos. Eu vejo as eleições nos EUA como o próximo grande risco aos mercados financeiros globais. Outro risco fica por conta de um potencial questionamento dos investidores em torno da real potência da política monetária no mundo desenvolvido. Finalmente, a sustentabilidade da estabilização do crescimento chinês, à custa de uma injeção cada vez maior de crédito na economia, é um problema que precisa ser monitorado interruptamente. Reforço que vejo estes eventos como riscos ao cenário, e não como cenário central. Acredito que especialmente os dois últimos, serão foco dos mercados financeiros globais em algum momento do tempo, mas vejo uma janela no curto-prazo em que ambos possam ficar restritos ao âmbito de “riscos de cauda” e não “cenário base”...

Back to fundamentals!

Os ativos de risco estão dando sinais um pouco mais consistentes de que o ruído em relação à decisão do BoJ, na semana que vem, possa ter ficado para trás e, de agora em diante, os mercados financeiros globais poderão reagir de forma mais clássica aos fundamentos econômicos. Não acredito que retornaremos a um período de volatilidade extremamente comprimida (ou inexistente), mas os últimos dias podem ter ajudado a melhorar o quadro técnico de uma série de ativos, e criado oportunidades de investimentos.  Hedges  ainda são prudentes, mas há espaço para elevar a alocação em ativos com fundamentos sólidos (ou em vias de melhora), valuations atrativos e yields elevados. Continuo gostando dos ativos locais, especialmente o mercado de juros. Nos atuais níveis, acho que existe prêmio de curto-prazo no BRL e no Ibovespa para posições táticas. Acredito que o quadro técnico tenha melhorado nos últimos dias, faltando apenas uma melhora mais clara do humor externo. Após um forte...

Taxa Selic, Reformas Econômicas e Payroll em foco.

Os ativos de risco, após uma noite sem novidades relevantes para o cenário, estão em compasso de espera para os dados de emprego de agosto nos EUA. No Brasil, o Correio Brasiliense, de Vicente Nunes, e o Valor, de Alex Ribeiro, apresentam artigos com interpretações parecidas do comunicado do Copom, mas com conclusões um pouco distintas. Vicente Nunes acredita que existe espaço para uma queda de juros em outubro, enquanto Alex Ribeiro acha este cenário pouco factível, mas não impossível. Para Vicente Nunes,  Técnicos do Banco Central acreditam que o corte da taxa básica de juros (Selic) está a caminho, mas ressaltam que o mercado deve manter o pé no freio nas apostas de mudança na política monetária em outubro. Ele dizem que as condições para que o time comandado por Ilan Goldfajn dê o alívio que todos esperam estão criadas, mas tudo dependerá de como o governo encaminhará no Congresso Nacional a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o aumento de g...

Trump & Juros Locais.

A semana começou com poucas novidades no cenário econômico, mas com alguns movimentos de mercado que indicam uma narrativa parecida com aquela que sinalizamos na sexta-feira passada, ou seja: Net/net, não podemos descartar uma realização de lucros no curto-prazo. O mercado parece tecnicamente esticado, a posição técnica piorou e os eventos recentes não estão corroborando com as expectativas do mercado. Contudo, ainda não vejo esses vetores como suficientes para alterar o cenário central. Por isso, neste momento, vejo apenas espaço para correções pontuais. Os próximos eventos precisam ser analisados a luz dessas questões. Podemos citar alguns vetores que estão ajudando o movimento de realização de lucros/acomodação no curto-prazo: ausência de uma atuação por parte do BoE e ECB; ajuste de posições para um Fed que poderá ser percebido como mais hawkish do que o esperado até poucos dias atrás; e ganho de fôlego da campanha de Donald Trump para presidente dos EUA, com algumas pesq...

Fadiga do Rally?

Os ativos de risco operam próximos a estabilidade neste momento, mas o rally verificado nos últimos dois dias parece estar perdendo momento. Reforço a minha tese de o final de mês, trimestre e semestre poder estar trazendo alguns fluxos pontuais aos mercados, mas que o Brexit trouxe um choque de expectativas que culminará em um crescimento global mais baixo no futuro não muito distante. A nova rodada de fraqueza dos bancos na Europa, e na Itália, em especial, continua a me preocupar, já que acredito não haver um “plano de resgate” coerente para o setor, em meio a um cenário econômico frágil. Acredito que uma solução será encontrada, mas os policy makers costumam ser reativos, e não proativos, neste tipo de situação. Neste ambiente, os problemas tendem a se acentuar antes de serem resolvidos. As medidas corretas costumam ser adotadas, mas apenas depois de todas as outras serem testadas. A agenda econômica trouxe uma forte alta da produção industrial da Coréia do Sul, muito aci...

Ajuste Técnico.

Os ativos de risco estão no meio de um processo acentuado e agressivo de ajuste de posições. A dinâmica dos ativos locais, na minha visão, é o maior exemplo disso. As principais posições consensuais do mercado estão sendo fortemente testadas. No Brasil, posições Short BRL, Aplicadas em Juros e Short Ibovespa. A qualidade da alta do Ibovespa, por exemplo, é uma outra indicação desse ajuste técnico, com empresas e setores “odiados” pelo mercado apresentando forte recuperação. Não vejo mudanças significativas de fundamentos que justifiquem os tamanhos desses movimentos, mas parece cedo para afirmar até onde iremos neste ajuste. A manutenção do patamar do BRL acima do 3,85 foi o primeiro sinal de alento nesta direção, mas os dados de emprego nos EUA amanhã serão fundamentais para a dinâmica de curto-prazo dos mercados financeiros globais. A mesma observação vale para o cenário externo, com um short squeeze agressivo no petróleo e uma forte queda do dólar verificados nos últimos dias....

Brasil: Tempestade Perfeita

O Brasil passa pelo o que ficou cunhado por “tempestade perfeita” por alguns analistas e investidores há poucos meses atrás. As perspectivas de crescimento são pífias (PIB de -2,5% em 2015 e -0,7% em 2016), a inflação mostra-se resiliente (IPCA acima de 9% em 2015 e em torno de 5,5% em 2016), o ajuste fiscal se mostra insuficiente para estabilizar a dívida/PIB, em um ambiente político onde o governo está fragilizado e a Operação Lava-Jato avança sobre os principais políticos e empresários do país. As contas externas apresentam alguma melhora, mas diante de um déficit em conta corrente que deve beirar os 3,5% do PIB este ano, ou algo em torno de US$85b. A taxa de desemprego divulgada pelo IBGE apresentou hoje alta de 6,7% para 6,9%, dentro das expectativas do mercado. Os rendimentos médios reais caem em torno de 3% em relação ao mesmo período do ano passado, confirmando um pano de fundo de expressiva deterioração do mercado de trabalho, processo que deve perdurar ainda por algum te...

Update

Os ativos de risco mantiveram um viés de aversão a risco, ordenada, ao longo de toda a segunda-feira. Ao que tudo indica, ainda parece haver esperanças, por parte do mercado, de que um acordo entre a Grécia e seus credores possa ser atingido nos próximos dias. O canal de negociações continua aberto, mas as incertezas devem ser mantidas ao longo dos próximos dias. A Grécia anunciou a extensão do “feriado bancário”, manteve os saques nos caixas eletrônicos limitados a EUR60, assim como estendeu a gratuidade aos transportes públicos para os próximos dias. Grande parte da dinâmica da crise no curto-prazo será determinada pelo ECB. Por hora, o ECB decidiu por ajustar os haircuts da ELA, mantê-la ativa, mas não elevar o seu limite de atuação, colocando uma pressão adicional sobre o governo grego. O ECB reiterou que “ The Governing Council is determined to use all the instruments available within its mandate.” Deixando claro que irão atuar, de maneira reativa, caso as condições monet...

FOMC

A decisão do FOMC mostrou um comitê mais dividido em relação ao começo da alta de juros em setembro, o que era em parte precificado pelo mercado. Em relação as revisões dos “ dots ”, das expectativas de PIB e de inflação, o anuncio do Fed ficou basicamente dentro das expectativas do mercado. Com o DXY abaixo de 95, sem uma confirmação mais clara do Fed em relação ao timing para o início do processo de alta de juros, e com um price-action desfavorável, acredito que seja prudente ficar com o risco mais leve. A minha maior convicção de curto-prazo, em torno de posições compradas em dólar em cerca de 1/3 do limite de risco, ficou abalada. Esperaria dados mais claros em torno da recuperação econômica norte americana antes de tomar um risco mais elevado novamente na ponta comprada em dólar. Teria uma posição comprada em dólar, porém com viés tático, bem menor do que anteriormente. Trabalharia com stops ainda mais curtos. Como comentado pela manhã, ainda não vejo assimetrias cla...

Brasil em Foco

As vésperas de uma semana importante para o cenário de política monetária no EUA, o final de semana foi relativamente tranquilo em termos de fluxo de notícias. Brasil –  No final da tarde de sexta-feira, o BCB anunciou que irá dar início a rolagem dos swaps cambiais vincendo no mês de junho com a rolagem de 7 mil contratos. Mantida este nível de rolagem ao longo de todo o mês, o BCB irá rolar 80% dos vencimentos do mês, o mesmo montante rolado no mês de maio. Em linhas gerais, a postura da autoridade monetária indica que existe um desejo e uma disposição em deixar o câmbio depreciar de forma ordenada. Os swaps cambiais irão ser utilizados para manter este processo gradual e bem conduzido. Por hora, o patamar de 3,00 se mostrou uma grande resistência de curto-prazo. A velocidade do ajuste será determinada pelas condições externas e pelos ajustes econômicos locais. Vejo o patamar de 3,05-3,15 como uma banda importante de curto-prazo, mas a moeda está claramente buscando um patam...