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Daily News – Local x Externo

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Estamos entrando no segundo dia de rápida e acentuada recuperação das bolsas globais, ajudada por relevante fechamento de taxa de juros no mundo desenvolvido. Vale destacar, contudo, que a mesma magnitude de movimento não é vista no mercado de moedas e de commodities.   Isso me faz crer que, na ausência de mudanças relevantes de cenário, o movimento pode ser mais uma questão técnica, passado o final do terceiro trimestre do ano.   De “novidade”, temos os rumores de quebra de um banco na Europa, assim como mais um ISM Manufacturing apontando para uma importante desaceleração da economia dos EUA. Esses dois eventos podem estar ajudando o mercado a ter novas esperanças de mudança na postura do Fed e dos demais bancos centrais globais.   Todavia, os membros do Fed e do ECB continuam sinalizando para manutenção do “plano de voo”, em que as taxas de juros seguirão subindo e, uma vez atingido o patamar acima da neutralidade, ficarão mais altas por mais tempo. ...

Daily News – Bancos centrais serão capazes de sustentar os mercados?

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As bolsas globais apresentaram ontem mais um dia de recuperação (exceção feita ao Brasil) e estão mantendo a tendência esta manhã. No Brasil, a quarta-feira foi de realização de lucros nos ativos locais, com alguns ruídos envolvendo a agenda de reformas e uma possível mudança do teto dos gastos divulgadas como rumor pela mídia. No cenário internacional, interessante notar a recuperação das bolsas que, na minha, visão está intimamente ligada a sinalização de corte de juros por parte do Fed, mesmo em meio a movimentos que ainda inspiram cautela, como a forte queda do Petróleo, a alta do Ouro e o dólar fraco no mundo. Acredito que estamos em um ambiente global ainda desafiador, onde os dados econômicos estão corroborando um cenário de desaceleração adicional do crescimento e possível recessão global (vide gráficos abaixo). Contudo, a postura mais agressiva dos bancos centrais das economias desenvolvidas no curto-prazo pode ajudar a dar algum suporte de curto-prazo aos ativos...

Daily News – Cenário Externo: Notícias Negativas.

Duas notícias deste sábado colocam mais uma nuvem de incerteza no cenário global: Primeiro, a China anunciou, ainda extraoficialmente, uma investigação em relação as práticas da FedEx, empresa americana, na China. Este me parece ser um primeiro passo de um longo processo na Guerra Comercial que irá ajudar a acelerar o processo de desaceleração global e menor globalização. Insisto que EUA e China estão se preparando para uma longa batalha. Acredito que apenas uma reação mais acentuada dos mercados, ou uma deterioração mais forte da economia dos EUA terá a possibilidade de alterar a postura dos EUA no curto-prazo. https://www.zerohedge.com/news/2019-06-01/china-launches-investigation-fedex-warning-foreign-companies (a notícia saiu na capa do FT, mas como precisa de senha, copio aqui os a repodrução do ZeroHedge). Segundo, os EUA devem iniciar processo de investigação em relação as práticas da Google. Este é mais um passo em um cenário de maior regulamentação do setor de te...

Sinais negativos

Com a abertura dos mercados no Brasil se aproximando os sinais de mercado são preocupantes. Dólar forte no mundo, fraco contra JPY. Destaque para o EUR abaixo de 1,125. Ativos na Turquia dando sequencia a deterioração, com a moeda (TRY) depreciando cerca de 5%. Fechamento de taxa de juros no mundo desenvolvido, com abertura de taxas de países alavancados (como Itália). Mantenham os cintos apertados que a volatilidade continuará.

Tempestade Perfeita!

O que dizer de um dia como o de hoje? O Presidente optou por não baixa a temperatura da situação entre Executivo e Legislativo, levando um mercado já fragilizado para uma correção ainda mais acentuada. Para piorar a situação, o cenário externo continua desafiador, não apenas pelos sinais tenebrosos do crescimento global, mas também pelas questões pontuais e localizadas, como o caso de Turquia (vide aqui:  https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/03/turquia-short-squeeze-101-watch-out-em.html ) que em nada ajuda o humor para toda a classe de ativos emergentes. Até onde irá o movimento? Pergunta de resposta difícil neste momento. O mercado está passando por uma correção técnica que só irá se encerrar com uma mudança do quadro político local e/ou se atingirmos um novo nível de preços e valuations mais atrativos em um quadro técnico mais saudável. Sigo bastante preocupado com o cenário externo. Estou menos preocupado com o cenário estrutural para Brasil, mas entendo q...

Confusão política no Brasil e elevação dos riscos externos.

A sexta-feira foi de forte pressão negativa nos ativos de risco. Dois vetores explicam o movimento. Primeiro, no Brasil, a instabilidade política. Segundo, no cenário internacional, os sinais cada vez mais inequívocos de desaceleração do crescimento. Vamos a eles: Brasil – Política: Rodrigo Maia está hoje em todos os jornais, após ter concedido entrevistas ontem para os principais meios de comunicação da imprensa. Maia cobra melhora na comunicação do governo e na articulação política. Entendo que o mercado esteja lendo esses sinais como negativos, pois mostra que ainda estamos distantes do ideal no tocante a articulação política para a aprovação da Reforma da Previdência. O risco de execução do projeto econômico sempre existiu e era o principal foco do mercado desde a vitória de Bolsonaro nas eleições do ano passado. Comento isso praticamente todos os dias. Ao que tudo indica, o governo ainda está em uma curva de aprendizado onde muita coisa precisa ser endereçada. ...

Recarregando as baterias: Cenário Externo.

Como prometido em post anterior, segue um breve resumo do cenário externo.  Após breves 5 dias úteis de muitas mudanças de preços dos ativos de risco, posso afirmar que pouco mudou no pano de fundo internacional. Fed - Manteve o seu “plano de voo” inalterado, como comentei em post mais cedo. O mercado vive esperando algum alívio nesta frente, e o Fed segue sua trajetória de normalização monetária. Este vetor tem sido a principal restrição ao bom desempenho dos ativos de risco este ano e assim deve continuar.  Continuo esperando a manutenção de uma tendência mais negativa para os ativos de risco nos próximos meses, pontuadas por momentos curtos de recuperação, que tenho cunhado como “relief rallies”. Apenas o endereçamento estrutural das questão colocadas neste fórum serão capazes de reverter esta tendência de maneira mais duradoura, na minha opinião. China - Vimos os policy makers se engajarem mais em torno de uma recuperação da economia. A primeir...

[Update] Cenário externo ainda demanda cautela.

Hoje foi dia de “semi” feriado nos EUA, com o mercado de equities aberto, mas o mercado de renda fixa (bonds) fechado. Esta condição pode ter deixado os mercados mais ilíquidos e exacerbado alguns movimentos. Dois vetores afetaram a dinâmica dos mercados hoje. Em especial, os ativos emergentes e, consequentemente, os ativos locais: Um vetor eu vejo como mais estrutural, que é a reavaliação do mercado em relação à política monetária no G10 como um todo e nos EUA, em específico. Esta potencial mudança de cenário está ocorrendo não é de hoje e pode continuar afetando a dinâmica dos ativos de risco no curto-prazo. Comentei mais a fundo sobre isso aqui  https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/10/ruidos-vs-cenario.html  e aqui  https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/10/tecnico-dinamica-de-mercado-e-cenario.html .  A meu ver, a dinâmica dos ativos de risco está em linha com o cenário que tenho desenhado neste fórum. Ainda vejo um curto-prazo mais desafia...

Externo: Sinais preocupantes.

No campo econômico, o destaque do dia ficou por conta da alta de 274k para 294k no Jobless Claims nos EUA, um dos mais importantes e contemporâneos indicadores de emprego e crescimento do país. O indicador atingiu o pior patamar em 15 meses. A alta foi integralmente explicada por uma piora no cenário de emprego de NY, o que pode vir a ser explicado por algum pontual. Contudo, a manutenção de uma trajetória altista para o Jobless Claims será um sinal extremamente negativo para o cenário. Nos mercados financeiros globais, acho válido atentar para o movimento de queda que temos visto no mercado de commodities metálicas. A dinâmica desta classe de ativo pode sinalizar para uma fadiga do movimento de recuperação verificado entre fevereiro e abril, em meio a novas evidencias de que o crescimento da China (e da Ásia em geral) continua extremamente frágil e de sustentação questionável. As moedas asiáticas voltaram claramente a uma tendência de depreciação, em linha com o cenário descrito ...

Riscos externos e ruídos internos.

No cenário externo, o dia foi de poucas novidades no cenário, mas com uma dinâmica extremamente relevante. Mesmo diante do incêndio que afetou parte da produção de petróleo no Canadá, a commodity acabou apresentando forte queda ao longo do dia, levando consigo das demais commodities e afetando negativamente o preço dos ativos emergentes. Me parece evidente que o mercado está se ajustando para a realização de que o cenário de estabilização do crescimento chinês ainda é frágil, em meio a um mundo que cresce pouco, e com bancos centrais, de certa forma, com instrumentos cada vez menos potentes para lidar com está transição para um menor crescimento (estrutural) do mundo. Como escrevi ontem, eu vinha com uma visão mais cautelosa do cenário externo, vendo um acúmulo de riscos, em um ambiente de prêmios comprimidos, e posição técnica ruim. Minha visão passou de cautelosa para negativa. Se, por um lado, não há motivos específicos para um risk-off mais acentuado, vejo com imensa preocupaç...

Algumas reflexões.

Brasil – O quadro político local continua instável. Em novas incursões na mídia, o PMDB parece ter abandonado, quase que definitivamente, o apoio incondicional ao atual governo. Após um desastrado balão de ensaio durante a semana, o governo parece ter abandonado a ideia de retornar com a CPMF. Contudo, o orçamento para 2016 parece apresentar um “rombo” de R$130 bilhões que, por hora, não se sabe ao certo como será compensado. Em suma, o quadro político local apresenta piora a cada novo dia, enquanto o ajuste econômico se mostra de difícil implementação, especialmente no tocante as contas públicas. Neste ambiente, a despeito de melhoras pontuais, em muito lideradas pelo cenário externo e por ajustes de posições, os ativos brasileiros devem manter uma tendência negativa, com alta volatilidade e sem sinais consistentes de uma recuperação mais estrutural. Externo – O final de semana foi de poucas novidades relevantes até o momento, exceto pelo anuncio de medidas pontuais na Turqui...

Update

O price-action dos ativos locais e globais está confirmando um período de volatilidade elevada, porém sem grandes tendências. Por exemplo, o S&P vem mantendo o range de 2.000/2.100 pontos, o DXY vem se mantendo dentro da banda de 96.0/100.0...Até mesmo os ativos locais vem apresentando dinâmica semelhante, com o Jan17 permanecendo em um range mais extenso de 13% com 14%, e o Ibovespa em torno de 48.000 e 53.500 pontos (gráficos abaixo). Brasil – Após abertura sobre forte pressão, seguindo um noticiário ruim no final de semana, os ativos locais apresentaram acentuada melhora ao longo do dia. Acredito haver duas teorias para esta melhora: (1) o preço dos ativos locais chegou a tal ponto, mais balanceado, e com a posição técnica favorável, que está começando a atrair investimentos para classe e/ou (2) o mercado está trabalhando com números fiscais de fevereiro, agendados para amanhã, melhores do que o imaginado anteriormente, com Levy e Cia. começando a entregar o ajuste prometi...

Update

Brasil - V ejo alguns sinais de estabilização política nos últimos dias, o que poderia dar algum impulso positivo ao mercado de renda fixa e câmbio, caso confirmado uma postura mais proativa do governo no tocante a negociação com sua base aliada. Caso contrário, temos amplo espaço para novas rodadas negativas para os ativos locais. Apenas avanços políticos concretos no Congresso serão capazes de reduzir o pessimismo com relação ao país. Por hora, os desafios são imensos, o que deve ajudar a manter o mercado apreensivo e com volatilidade elevada. Amanhã pela manhã teremos a divulgação da Ata do Copom. Espero um documento muito parecido com aquele divulgado após a última reunião, exceto por atualizações pontuais no tocante ao ajuste de preços administrados e o novo patamar do câmbio. Acredito que a estratégia do BCB seja de manter-se flexível diante das incertezas de curto-prazo, mas sem sinalizar a urgência de uma aceleração do ciclo de alta de juros, como o mercado vem precifica...