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Mostrando postagens com o rótulo Powell

Daily News – Ainda longe da saída

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Em sua aparição ontem no Congresso americano, Jay Powell, Presidente do Fed, foi incisivo em suas declarações. Segundo ele, o Fed irá fazer tudo que está ao seu alcance para controlar a inflação. Um novo aumento do ritmo de alta de juros não está descartado, e as taxas de juros terminais deste ciclo devem ser maiores do que o anteriormente imaginado.   As declarações de Powell levaram a um movimento global e coordenado de aversão a risco nos mercados globais. Alguns indicadores chamam a atenção, e acendem um sinal amarelo para a economia dos EUA.   As taxas de juros de 2 anos ultrapassaram os 5% pela primeira vez desde 2008 e a curva de juros mostrou forte inversão (vide gráfico abaixo), movimento que costuma preceder fortes recessões no país. O mercado passa a esperar taxas terminais de juros na faixa de 5.5% a 6%, com uma probabilidade elevada de alta de 50bps no próximo FOMC.   Em termos de alocação, como tenho insistido neste fórum, sigo com visão mais cau...

Daily News – A Espera de um Sinal

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Nos últimos dias os ativos de risco vem apresentando um viés mais positivo e de recuperação. O movimento pode ser explicado por um somatório de posição técnica, sentimento e uma reação mais construtiva dos investidores às sinalizações recentes do Fed.   Hoje teremos o discurso de Powell no Congresso americano. O mercado já espera que ele venha com uma sinalização mais dura (“hawkish”). Na sexta-feira, os dados de emprego americano serão fundamentais para a dinâmica de curto-prazo dos ativos de risco.   Estamos passando por mais um momento de mercado em que a tese de “Inflação” dá lugar a uma tese de transição em que os investidores acreditam que o cenário poderá passar da “Inflação” para o “Pouso Suave”.   Eu ainda tenho uma visão mais cautelosa de longo-prazo de que após essa transição, a tese de desaceleração econômica e eventual “Recessão”, poderá dominar a dinâmica do mercado. Contudo, entendo que o timing disso ainda seja incerto e não aparenta ser no cur...

Daily News – Fed: Próximos Passos

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Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade. O destaque do dia ficará por conta das declarações de Powell, presidente do Fed, em uma conferência na Europa.   Acredito que Powell irá adotar o mesmo tom que os demais integrantes do Fed vêm adotando nos últimos dias. Isso é, há sinais mais animadores em relação a inflação, mas ainda é muito cedo para cantar vitória em relação a este tema.   A alta de juros deve continuar, porém em um ritmo que será determinado pelos dados econômicos. Os juros devem chegar próximos a 5%, e serem mantidos neste patamar no horizonte relevante de tempo. Não acho que Powell irá aliviar o seu tom neste momento do ciclo econômico.   No Brasil, após os trágicos eventos de domingo, uma guerra de narrativas domina as mídias sociais. Há uma atuação enérgica por parte do judiciário para mostrar que eventos como este não serão tolerados. Resta saber se as medidas em curso serão suficientes ou irão acabar jogando mais gasolina ne...

Daily News – Lula, Powell & China

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Os ativos de risco estão à espera do discurso de Jay Powell – Presidente do Fed – na conferência de Jackson Hole essa manhã. Espero que ele mantenha um discurso duro em relação ao combate a inflação, mas sem se comprometer com ritmo de alta de juros e sua taxa terminal. Neste momento, tenho mais dúvidas do que certezas de como o mercado irá reagir a este discurso. Prefiro esperar para analisar.   No Brasil, ontem, foi a vez de Lula ser sabatinado pelo JN, na Globo. Endosso em gênero, número e grau o comentário e Juliano Ferreira da BGC sobre a repercussão, sem entrar em detalhes e análises mais profundas:   Entrevista bastante densa em termos de conteúdo. Ele tem uma habilidade indiscutível pra falar e dominar a mesa de conversa. E associado a uma bancada amistosa, teve bastante chance de passar vários recados, alguns bem-sucedidos, outros nem tanto.   Seu poder de discurso segue impecável e é óbvio que vai dar trabalho para Bolsonaro em debates. Algumas linha...

Daily News – Boa Hora para Aposentar

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Os ativos de risco estão apresentando recuperação, após uma terça-feira de aversão a risco. O destaque de ontem ficou por conta das firmes declarações de Powell, presidente do Fed, em relação a inflação e a possibilidade de aceleração do processo de retirada de liquidez da economia:   Segundo Powell: IT'S A GOOD TIME TO RETIRE 'TRANSITORY' FOR INFLATION   A fala de Powell, aposentando o termo “transitório” como adjetivo para a inflação foi um sinal claro de apoio a uma aceleração do processo de redução do QE e potencial antecipação da alta do “timing” para alta de juros:   No Brasil, destaque para o avanço da PEC das Precatórios na CCJ do Senado e a possibilidade de aprovação da PEC ainda hoje no plenário. A despeito de não ser um caminho positivo, este é visto hoje como o “menos negativo” e pode acabar tirando um “risco de cauda” da frente do cenário local.   Importante frisar as minhas reflexões em relação a Omicron e ao cenário econômico global: ...

Fed Powell:

Powell: Achei um pouco mais dovish do que as falas recentes pela seguinte passagem abaixo. Porta aberta para cair 25bps ou 50bps se cenário piorar mais. Acho que ainda muda pouco o cenário mais desafiador. O mercado pode se animar com a possibilidade dos 50bps, mas o mundo segue em situação bastante negativa. Vale ressaltar, me parece que precisa piorar o cenário para ele cair 50bps no próximo FOMC: Turning to the current context, we are carefully watching developments as we assess their implications for the U.S. outlook and the path of monetary policy. The three weeks since our July FOMC meeting have been eventful, beginning with the announcement of new tariffs on imports from China. We have seen further evidence of a global slowdown, notably in Germany and China. Geopolitical events have been much in the news, including the growing possibility of a hard Brexit, rising tensions in Hong Kong, and the dissolution of the Italian government. Financial markets have reacted strong...

Daily News – Otimismo com o Fed.

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Os ativos de risco estão abrindo a manhã em tom mais positivo, com alta das bolsas, abertura de taxa de juros no mundo desenvolvido e uma menor pressão nos ativos emergentes. Há uma certa esperança de que o discurso de Powell hoje – Presidente do Fed – irá sinalizar para uma postura mais agressiva. Existem rumores de que China e EUA tenha voltado a se falar, além de nova expectativa de uma resolução pacífica para o Brexit e para a situação política na Itália. Por ora, não vejo nenhuma mudança estrutural em nenhum desses vetores. Acho que Powell irá dominar a dinâmica de curto-prazo. Acredito que ele manterá o tom recente do Fed, em que mostra flexibilidade de atuação, mas não necessariamente sinalize para um corte agressivo de juros. Está postura pode vir a surpreender negativamente o mercado. Caso eu esteja errado, há espaço para uma melhora rápida e acentuada dos ativos de risco. No Brasil , há sinais incipientes de recuperação da atividade economia vindas da arreca...

Update.

O inicio de uma nova semana é sempre um momento oportuno para revermos em que fase estamos na situação de cada um dos principais vetores que têm dado a direção dos mercados financeiros globais: Brasil – A pesquisa eleitoral semanal divulgada pela XP Investimentos na sexta-feira mostrou pouca variação nas intenções de voto, com o cenário de indefinição mantido e a candidatura de Alckmin, vista pelo mercado como a mais provável de implementar as reformas necessárias à economia, ainda patinando e com pouca competitividade no primeiro turno. Entendo que o início da campanha eleitoral poderá trazer mudanças nesse quadro, mas não tenho certeza que o modelo de campanha este ano (mais curto, com menos recursos e com inserções ao longo do dia) terá o mesmo impacto do que em eleições passadas. Continuo vislumbrando uma campanha bastante competitiva, com cerca de 5 candidatos podendo apresentar entre 10% e 20% das intenções de voto, deixando a decisão do segundo turno para as vésperas, ou o...

Brasil: Postura do BCB e precificação do mercado.

Na ausência de notícias relevantes e na expectativa do discurso do presidente do Fed, Jay Powell, os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade, com leve viés positivo. Acredito que Powell irá reforçar a mensagem das Minutas do FOMC e de discursos recentes de membros do Fed, inclusive de alguns deles ontem, que sinalizaram para a continuidade do processo de normalização monetária. Pelos documentos e aparições oficiais, não há nenhuma indicação que os riscos que existem no cenário hoje (emergentes, flattening da curva de juros e afins) está incomodando o comitê a ponto de alterar seu “plano de voo” no tocante a política monetária. Nos últimos dias, observamos algum arrefecimento dos dados econômicos dos EUA, mas mantendo-se em patamares elevados e condizentes com um crescimento robusto. Vemos algum arrefecimento maior em setores específicos, como o imobiliário, mas também observamos um mercado de trabalho robusto, como mostrou ontem o Jobless Claims, próximo ao piso h...

Sinais de cautela continuam.

Os ativos de risco estão abrindo próximos a estabilidade. Ontem o destaque ficou por conta de uma forte queda no preço do Petróleo e para a divulgação do resultado trimestral da Netflix, uma empresa americana que é uma das "queridinhas" dos mercados nos últimos anos, tendo subido cerca de 100% em 2018. Após o resultado de ontem, a ação caiu cerca de 13% no after-market, carregando consigo todos os índices norte americanos. No campo econômico, nos EUA, as vendas no varejo de junho ficaram dentro das expectativas do mercado, mas com revisões altistas para o mês anterior. Continuamos a ver um cenário de crescimento robusto da economia dos EUA. Na agenda do dia de hoje, o destaque ficará por conta da aparição do Presidente do Fed no Congresso dos EUA. Espera-se que Jay Powell mantenha o mesmo tom que já foi revelado na Ata do FOMC e no relatório ao Congresso divulgado na semana passada. No Brasil, não houve mudança no panorama local ou notícia que mereça atenção espe...

A new hawkish sheriff in town?

Mercados & Comentários: Os ativos de risco estão tendo um dia de “risk-off” clássico, após o discurso de Powell – novo presidente do Fed – ao Congresso americano ser lido como mais hawkish do que as expectativas. Neste momento, vemos uma queda nas bolsas e nas commodidites, um dólar mais forte no mundo e uma abertura das taxas de juros nos EUA. Os ativos no Brasil continuam seguindo o humor global a risco, mas vem demonstrando um “beta” menor, de certa forma “blindados” pelos fundamentos cíclicos mais positivos. Powell descreveu um cenário bastante positivo, com riscos (em sua maioria) na direção da necessidade de mais altas de juros. Como os ativos de risco estão bastante sensíveis as taxas de juros nos EUA, a alta nas taxas acabou dando ímpeto a um movimento de realização de lucros nos ativos de risco após a recuperação verificada nas últimas duas semanas. O movimento de hoje, liderado pelas declarações de Powell, apenas confirmam nosso cenário base de um mercado mai...