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Mostrando postagens com o rótulo Carry Trade

Carry Trade Still Alive. Wacth Out for the Central Banks!

Os ativos de risco estão iniciando a semana em tom positivo, dando continuidade ao movimento verificado após a divulgação dos dados de emprego nos EUA na sexta-feira. O dia será de feriado nos EUA, o que deve trazer pouco volume aos mercados no dia de hoje. Vejo um risco de bancos centrais menos  dovish  do que os mercados precificam no momento ao longo deste mês, o que poderia trazer volatilidade e ruídos pontuais aos ativos de risco. Contudo, acredito que será necessário uma grande mudança de cenário para reverter de forma definitiva o movimento atual dos ativos de risco. Assim, os ativos emergentes devem continuar em demanda, mas a busca por  hedges  se mostra necessária. Além dos temas já destacados na tarde de ontem (vide abaixo), vale ressaltar, apenas, a derrota do partido de Angela Merkel, na Alemanha, no seu distrito de origem, para um partido relativamente novo, de pouca expressão, e mais radical. A derrota em si traz pouco reflexo imediato para a ...

Uma pausa no carry trade.

O grande destaque das últimas 24 horas ficou por conta da mudança de tom utilizado por membros do Fed em relação a política monetária norte americana. A despeito de uma inflação contida, e um crescimento baixo, porém relativamente estável, o Fed voltou a sinalizar para a possibilidade de dar continuidade ao processo de normalização monetária no país, com uma nova alta de juros ainda este ano. Alguns membros do FOMC alertaram, inclusive, para o risco de uma alta de juros já na reunião de setembro. O mercado precificava uma probabilidade em torno de 25% para uma alta em setembro e menos de 50% de uma alta de 25bps ao longo de todo este ano. O mercado está sendo obrigado a rever está precificação. Como era de se esperar, os ativos de risco estão reagindo de maneira clássica aos últimos sinais do Fed, com uma pausa no movimento de “ risk-on ” e, especialmente, uma pausa no carry trade  que marcou as últimas semanas dos mercados financeiros globais. Hoje, o destaque do dia ficará...

TING (There Is No Growth), but Carry On!

O final de semana foi de pouquíssimas novidades e notícias para o cenário econômico global. Assim, os ativos de risco estão abrindo, novamente, em tom positivo, já deixando para trás os fracos números de atividade econômica divulgados nos EUA e na China no final da semana passada. Na noite de ontem, o PIB do Japão também ficou abaixo das expectativas, reforçando a visão de que o crescimento global continua baixo e sem qualquer sinal mais consistente de aceleração. Continuo vendo um cenário de curto-prazo de baixo crescimento global, com flutuações em torno da tendência, mas sem riscos evidentes de uma recessão global. Este ambiente costuma ser positivo para ativos de  yield/carry . Mantenho uma visão cautelosa no tocante aos ativos de crescimento e valor, especialmente nos atuais níveis de preço. Vale ressaltar, contudo, que nos últimos dias, tivemos evidências concretas de mais uma rodada de desaceleração da economia chinesa, ao mesmo tempo em que confirmamos um cenário d...

Long Carry, Short Growth!

Após uma sexta-feira de busca generalizada por ativos de risco, os mercados financeiros globais parecem estar reagindo, nesta segunda-feira, de maneira mais clássica, aos sinais de baixo crescimento global. Além do PIB mais fraco do 2Q nos EUA, na noite de hoje observamos sinais de um crescimento chinês ainda frágil. Liderados por uma forte queda no preço do petróleo, que já tínhamos chamando a atenção há alguns dias, os ativos de risco estão apresentando sinais de fadiga. Neste momento, o contágio é apenas marginal. Os sinais de baixo crescimento global, na ausência de uma postura mais agressiva dos bancos centrais das principais economias do mundo (ou pela ausência de instrumentos mais eficazes), pode gerar alguma apreensão, ou uma volatilidade um pouco mais acentuada no curto-prazo. Ainda me parece cedo para afirmar que o cenário positivo para ativos de risco tenha chegado ao fim, algo que só teremos certeza nos próximos dias. Todavia, continuo favorecendo um portfólio que ...

Carry On!

Eu tenho que reconhecer que a reação dos mercados aos eventos recentes está em direção quase que totalmente oposta a minha expectativa. A decisão do BoJ no Japão (já comentado neste fórum pela manhã) foi capaz apenas de afetar a dinâmica do JPY, sem levar contágio ao resto do mundo. Nos EUA, o PIB do 2Q apresentou alta de 1,2% QoQ Anualizado, muito abaixo das expectativas de 2,5%, e após uma revisão para baixo do primeiro trimestre, de 1,1% para 0,8%, na mesma base de comparação. A leitura do mercado tem sido bastante clara. Enquanto o mundo apresentar crescimento baixo, porém sem riscos aparentes de recessão, existe a expectativa de que os Bancos Centrais no mundo desenvolvido permanecerão expansionista, dando espaço para a busca por ativos de risco. Eu concordo que estamos no meio de um cenário mais favorável para ativos de carry/yield . Nos últimos dias, passamos apenas por um período de acomodação/realização de lucros, que parece encerrada após os dados de hoje. Contud...

Carry/Yield vs Growth/Value.

O cenário econômico global que temos descrito neste fórum é um cenário de crescimento baixo, porém estável, sem pressões inflacionárias e com bancos centrais mantendo uma postura extremamente expansionista.  Neste ambiente, os investidores buscam ativos de carry e yield . As últimas semanas foram muito marcadas por estes movimentos. Este cenário continua a ser o cenário central. Contudo, alguns eventos nos últimos dias podem estar alterando a matriz de probabilidade dos riscos inerentes a qualquer cenário central. Até poucos dias atrás, o risco era de uma recessão global seguida de uma deflação mais persistente no mundo. Este risco ainda existe, especialmente diante da baixa resposta da economia da China aos estímulos recentes. Agora, contudo, surgem sinais incipientes de que existe uma probabilidade, não mais desprezível, de estarmos no meio de um processo de alta gradual de inflação nos EUA. Os sinais emitidos pelo PPI hoje ainda são muito incipientes e localizados, mas...

Posição Técnica & Juros Globais.

A dinâmica dos mercados financeiros globais voltou a ser cruel para os investidores, mostrando mais movimentos extremamente técnicos ao longo dos últimos dias. Pelas evidencias concretas que temos, o mercado migrou para posições de carry/yield nas últimas semanas. Posições Short GBP, Long JPY e aplicados em juros ao redor do mundo. Os eventos no Japão alteraram, de certa forma, a dinâmica para os ativos de risco. Como comentei ontem: A alteração dos estímulos econômicos da política monetária, cada vez menos eficaz, para a política fiscal, a última esperança para um momento mais positivo de crescimento, deveria ser positiva para o  USD  no mundo, já que coloca o Fed de volta ao foco no cenário interno. A medida deveria ser negativa para os  bonds  dos países desenvolvidos, por teoricamente gerar mais crescimento sem a necessidade de mais QE ou juros negativos. Para os  mercados emergentes  e de  equity , o ambiente fica menos óbvio. Por um lado...

Emprego nos EUA e Inflação no Brasil.

A manhã está sendo agitada mas algumas conclusões já podem ser definidas. Nos EUA , a combinação de dados de emprego de junho divulgado há pouco ficaram dentro do que eu classifiquei mais cedo como positivo para os ativos de risco, em especial ativo de “carry”/”yield”. Criação de 287 mil postos de trabalho no mês, mantendo a média móvel de 3 meses em torno de 150 mil vagas. Nível saudável. Não há, por hora, nenhum sinal de pressões salariais mais preocupantes. Uma boa combinação para os ativos de risco seria uma criação de postos de trabalho saudável, em torno de 150 mil e 200 mil vagas, sem pressões de salários aparentes. Neste caso, os ativos de risco poderiam ter um alívio de curto-prazo, já que mostra uma economia americana robusta, as vésperas do Brexit, sem a necessidade de o Fed mudar sua postura. O mercado deverá ler este quadro como positivo para ativos que oferecem yield . Existe o risco do Fed voltar a falar em alta de juros, mas acho que a probabilidade de uma ...