Mercados Globais

A descoberta de uma nova variante do Covid19 está levando os ativos de risco à um movimento global e coordenado de aversão a risco, com queda das bolsas, commodities e cryptos, dólar forte e fechamento de taxa de juros.   O artigo que circulei na tarde de ontem vale um pouco mais sobre as características desta nova variante: https://twitter.com/DanKawa2/status/1463977238441902097?s=20 .   Ainda é cedo para conclusões mais profundas, mas, a priori, esta variante parece ser mais contagiosa e produzir “escape” às vacinas existentes e aqueles que já tiveram o vírus. A variante foi descoberta na África do Sul, onde a vacinação ainda é baixa (cerca de 30% da população): Diversos países já colocaram países da África em suas “listas vermelhas” de viagens, proibindo a entrada e pessoas vindas da África do Sul e países vizinhos.   O temor, neste momento, é que uma variante mais agressiva possa levar a novos “lockdowns”, gerando menos crescimento e mais inflação, em ...

Os ativos de risco estão abrindo o dia em tom mais negativo. A grande verdade, contudo, é que nos últimos meses nada de relevante vem ocorrendo com a direção dos principais índices de bolsa do mundo.   O gráfico abaixo, de um dos principais índices de bolsa da Europa, exemplifica de maneira bastante clara essa situação descrita acima: Seguimos a espera das definições dos temas que tenho comentado neste fórum nas últimas semanas. Falei mais a fundo sobre isso em artigo publicado ontem, aqui: https://einvestidor.estadao.com.br/coluna/dan-kawa/prepara-se-semanas-decisivas-4-anos/?utm_source=tt&utm_medium=social-org&utm_content=dan-kawa-historia&utm_term=20201021&utm_campaign=coluna .   No Brasil, a articulação política falhou ontem no Senado e o projeto de independência do Banco Central acabou não saindo do papel e ficando para começo de novembro.   A despeito dos sinais menos negativos em relação a agenda fiscal, a ausência ou incapacidade de...

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade neste momento.   Estamos vivendo um “cabo de guerra” onde três vetores serão essenciais para o cenário nas próximas 4 a 8 semanas. São eles:   ·          Eleição Americana: Quem será o próximo presidente dos EUA e qual será a composição do Congresso. Essa resposta pode ter efeitos estruturais sobre as próximas grandes teses de investimentos e tendências para o mercado, marcando um ponto de inflexão no cenário:   ·          Pacote Fiscal nos EUA: Dependendo das eleições e da composição do Congresso, poderemos ter um pacote fiscal maior ou menor, sendo acordado mais rápido ou mais devagar, com impactos fundamentais sobre o crescimento e, consequentemente, sobre os preços dos ativos de risco.   ·          Pandemia & Covid-19: Vimos uma deterioração latente do ciclo de infecçã...

Estamos abrindo o dia com movimentos acentuados e generalizados de aversão a risco (risk-off), com queda das bolsas e das commodities, dólar forte e fechamento das taxas de juros nos países desenvolvidos. Nas últimas horas, vimos uma mudança de postura dos governos com relação a “segunda onda” da pandemia, com países como França e Reino Unido adotando, novamente, postura mais dura e generalizada, com relação as restrições de circulação, com intuito de conter o ciclo de infecção.   Isso terá impacto desastroso sobre a economia e o crescimento, colocando algumas empresas e setores em estado de calamidade. O risco, agora, a luz do mercado, é que outros países sigam nesta mesma direção.   Este era um risco que vínhamos monitorando, mas não parecia que “lockdowns” mais generalizados iriam ser adotados novamente. Agora, está probabilidade começa a ser questionada novamente, gerando ruídos de curto-prazo no mercado.   Espero um curto-prazo de volatilidade e incerteza...

A segunda-feira está sendo marcada por uma forte alta dos índices futuros das bolsas dos EUA. Contudo, o movimento não pode ser classificado como um “risk-on” generalizado, já que não é seguido por um movimento claro de alta das da demais bolsas globais e das commodities. O dólar apresenta movimento mais tímido e misto, neste momento.   O destaque do final de semana ficou por conta de notícias no campo “micro” com a venda da ARM para a Nvidia pelo Softbank, a venda da operação do TikTok para a Oracle e a Gilead comprando a Immunomedics, todas operações na cada das dezenas de bilhões de dólares. Ambos sujeitos a confirmação e aprovação dos reguladores.   Além disso, a vacina que está sendo testada por Oxford retomará sua fase de testes após uma breve paralisação.   No podcast desta semana, falei mais a fundo sobre o cenário de curto-prazo além dos riscos da inflação: https://anchor.fm/tag-investimentos/episodes/1292020---Cenrio--por-Dan-Kawa-TAG-Investimentos-e...

Estamos amanhecendo com mais um dia de bom desempenho dos ativos de risco, no que está se tornando um momento bastante positivo para os mercados internacionais. Grande parte dos índices de bolsa americanos já operam acima de suas máximas históricas, por exemplo.   Não quero soar repetitivo, mas seguem alguns vetores de sustentação aos preços:   Liquidez global abundante via injeção dos bancos centrais; pacotes fiscais de tamanhos sem precedentes; baixa liquidez dos mercados, com o verão e as férias no hemisfério norte; expectativas de recuperação econômica (vide gráfico abaixo); juros baixos; são apenas alguns desses argumentos.   Não parece, neste momento, haver motivos óbvios para uma inversão de tendência. Acomodações ou realizações de lucros são sempre naturais e esperadas. Contudo, existem riscos que precisam ser monitorados para eventuais mudanças de cenário. São eles:   Eleição americana; recuperação econômica mais lenta do que o imaginado (o...

No Brasil, o BCB em sua reunião do Copom de ontem, decidiu por cortar a Taxa Selic em 75bps para 2,25%, como era amplamente esperado. O comunicado não indicou os próximos passos de maneira explícita, exceto por deixar a “porta aberta” para cortes adicionais, de tamanho inferior aos cortes anteriores.   O Copom condicionou os cortes, como sempre, ao cenário de inflação, crescimento e os avanços na agenda econômica estrutural de reformas. Na minha visão, o comunicado foi levemente “dovish” e corrobora a visão do mercado.   Como a curva intermediária da curva apresenta prêmios relevantes de alta de juros nos próximos 12 a 24 meses, não descarto um movimento de “flattening” nesta parte da curva. A curva longa, contudo, ainda deve permanecer em formato mais “steepado” devido aos riscos fiscais que a pandemia trouxe ao país.   Sem a menor sobra de dúvida os juros baixos no país estão levando o investidor a optar por investimentos com mais volatilidade e/ou menos liq...

Qual será o formato da recuperação econômica após a pandemia? Em “V”? Em “L”? Acho que não é para 8, como se aventou em março, nem para 80, como se precifica agora. Falo sobre isso no podcast desta semana. Espero que curtam!‬

As bolsas globais, após uma abertura negativa no domingo, acabaram apresentando recuperação na tarde de ontem e voltaram a mostrar algum otimismo esta manhã. Não sei se a notícia a seguir, de um potencial antidoto para o Covid-19, estaria fazendo preço positivamente no mercado: https://twitter.com/AmichaiStein1/status/1257401383474597889 . Vejo forças antagônicas influenciando os mercados neste momento, que deveriam manter os “ranges” respeitados. Por hora, o que temos visto é exatamente um mercado operando dentro de algumas “bandas”, sem tendências definidas: Do lado positivo, muita liquidez global, posição técnica mais saudável, forte atuação dos bancos centrais e dos pacotes fiscais. Do lado negativo, uma crise muito profunda, rápida e aguda; o risco de novas ondas de contágio; e os efeitos colaterais da crise. Acredito que apenas uma vacina e/ou um protocolo de tratamento para a doença serão capaz de tirar o mercado destas “bandas” e trazer uma nova tendên...