Mercados Globais

Os ativos de risco estão abrindo o dia em estabilidade, a espera da divulgação do núcleo da inflação (Core CPI) nos EUA as 9h30.   No Brasil, ontem tivemos um dia de recuperação, que comentei mais a fundo aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1414692027527307269?s=20 .   Dois temas locais devem atrair as atenções nos próximos dias. Primeiro, a continuidade da CPI da Pandemia e seus desdobramentos. Hoje pela manhã, já há rumores de avanços nas investigações de eventuais indícios de fraude no Ministério da Saúde: https://obastidor.com.br/investigacao/pf-obtem-indicios-de-corrupcao-no-ministerio-da-saude-1244 .   Do outro lado, temos as negociações em torno da Reforma Tributária: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/07/12/governo-avalia-manter-isencao-para-fundo-imobiliario-e-tenta-cortar-mais-irpj.ghtml .   Acredito que o primeiro vetor continuará causando ruídos e desconforto ao governo, mas ainda sem potencial de “explosão”. Ainda existem v...

Estamos abrindo a manhã com uma realização de lucros nos ativos de risco. O movimento teve início e maior intensidade na Ásia.   Alguma atenção precisa ser dada ao aumento do número de “eventos de crédito” na China, assim como a situação de um dos “mamutes” do mercado imobiliário, a Evergrande Property, cuja ação vem sendo pressionado com as dificuldades da empresa em se manter solvente.   Ontem comentei mais a fundo sobre o cenário mais construtivo, porém o ponto de atenção que precisa ser dado a posição técnica e ao nível de valuation de algumas classes de ativos. https://anchor.fm/tag-investimentos/episodes/6122020---Cenrio--por-Dan-Kawa-TAG-Investimentos-ened9h .   Comentei no final de semana como gosto de me posicionar em situação como essa, aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1335191141298413568?s=20 .   O destaque da noite no campo econômico ficou por conta da forte recuperação das exportações na China em novembro. A forte demanda por be...

A segunda-feira de feriado foi de forte alta das bolsas globais, lideradas pelo setor de tecnologia americano.   De novidade, o mercado ganha confiança (será que deveria?) em uma decisão "limpa" nas eleições americanas; há esperanças de novos pacotes fiscais; e a pandemia está sendo controlada ou endereçada com medidas pontuais e localizadas, ao invés de “lockdowns” mais generalizados. Uma vacina é esperada na virada do ano.   Os riscos do cenário são os mesmos dos últimos meses: Uma eleição americana indefinida; ausência de um novo pacote fiscal nos EUA; uma mutação do Covid-19 que dificulte uma vacina e um protocolo robusto de tratamento.   Falei sobre isso com mais detalhes no podcast dessa semana, aqui: https://anchor.fm/tag-investimentos/episodes/11102020---Cenrio--por-Dan-Kawa-TAG-Investimentos-ektdau .   Essa manhã, temos como destaque negativo a pausa na pesquisa da J&J para a vacina contra o Covid-19, devido a problemas com um dos pacient...

Na ausência de novidades relevantes no cenário, os ativos de risco voltaram a abrir em tom positivo, após breve e curta realização de lucros ontem.   Para não soar repetitivo, ainda essa semana vamos divulgar nossa carta mensal, onde falamos de forma mais profunda sobre cenário e alocação por classes de ativos.   No Brasil, o destaque continua por conta de qual o caminho fiscal que o país irá tomar. Ontem, foi divulgado o orçamento para o país em 2021 e o que vimos foi pequena margem de manobra para gastos adicionais:   O artigo do valor explica de maneira simples as restrições existentes no orçamento e os riscos do Teto do Endividamento: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/08/31/orcamento-de-2021-preve-r-15-trilhao-em-despesas-937percent-obrigatorias.ghtml .   No mesmo jornal, há a notícia sobre como será a ajuda financeira do governo até o final do ano, em 4 parcelas de R$300: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/08/31/guedes-informa-...

Estamos iniciando mais um começo de semana em tom positivo para os ativos de risco. Espero que gostem do novo layout do blog, um pouco mais leve, com uma cara um pouco mais profissional e com link direcionando a outros fóruns com materiais atualizados sobre cenário e mercados. No final de semana, em nosso podcast, falei mais a fundo do cenário econômico, qual deve ser o formato da recuperação e a dicotomia entre economia e mercados, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/06/podcast-qual-sera-o-formato-da.html . Na semana passada, iniciamos novamente a busca por proteções, ou “hedges”, ou “seguros” para os portfólios. Não que estejamos mais negativos, mas sempre precisamos olhar os retornos potenciais em relação aos riscos do cenário e ao que já está precificado no preço dos ativos. Vamos um pouco mais a fundo, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2020/06/nova-alocacao-protecoes-de-ibovespa.html .   Além disso, demos um alerta sobre a importância de diversific...

O final de semana foi de poucas novidades, as vésperas de uma semana agitada. Destaque da agenda para a reunião do ECB na Europa, para os desafios do Brexit no Reino Unido e para o CPI nos EUA. Na China, as exportações e as importações de agosto ficaram abaixo das expectativas, mostrando um cenário ainda desafiador para o crescimento do país e do mundo. Destaque para a forte queda as exportações e para as importação para os EUA, fruto da Guerra Comercial. Esses números ajudam a explicar as medidas adicionais de estímulo anunciados na semana passada. Em Hong Kong, os protestos continuaram de maneira menos intensa, mas ainda agressivos. De maneira geral, não vejo esses eventos como suficientes para alterar o humor global a risco, um pouco mais construtivo no curto-prazo. Contudo, continuo vendo uma enorme restrição para uma tendência mais prolongada e clara de recuperação dos ativos de risco. Assim, continuo esperando que os “ranges” recentes sejam...

Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom positivo, após um final de semana de notícias mais construtivas, como comentei na tarde de ontem, aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/06/weekend-news-noticiario-mais-positivo.html . Neste momento, vemos um movimento clássico de busca por ativos de risco e recuo dos ativos mais demandados em momento de aversão a risco, ou seja, alta das bolsas e das commodities, queda dos metais preciosos e abertura de taxas de juros dos países desenvolvidos. A despeito desses movimentos mais positivos, os dados econômicos divulgados essa noite/manhã continuam apontando para um quadro de extrema fragilidade do crescimento global e enorme dicotomia entre o pano de fundo econômico e a dinâmica dos ativos de risco. Na Europa , a produção industrial da Itália apresentou queda de 0,7% MoM em abril, contra expectativas de estabilidade. Na Inglaterra , o PIB mensal caiu 0,4% MoM em abril contra expectativas de queda de 0,1% MoM. O Manu...

Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom negativo, após a divulgação dos dados de exportação e importação de dezembro, na China, apresentarem forte contração. As exportações caíram de 3,9% YoY para -4,4% YoY contra expectativas de 2% YoY. As importações passaram de 2,9% YoY para -7,6% YoY versus expectativas de 4,5% YoY. Os números de hoje podem estar sendo afetados por questões pontuais e sazonais, assim como questões estruturais, como a imposição de tarifas impostas pelos EUA. Contudo, a velocidade da queda e o patamar de contração me sugere que algo além de questões pontuais esteja de fato ocorrendo. Os números parecem sinalizar para uma fragilidade crescente não apenas da economia da China, mas como também da economia global. Dado o patamar de abertura da economia chinesa, as contrações apresentadas hoje apontam para uma desaceleração adicional do crescimento global no final de 2018, indicação que já havia sido dada, também, por diversos indicadores da Europa, em ...

No início da noite de ontem a agencia de rating S&P anunciou o corte da nota de crédito do país. Na minha visão, a medida é de certa forma esperada. Dado o atual nível de preço dos ativos locais, um pouco “esticados”, e a posição técnica, um pouco mais comprometida, poderemos observar alguma reação negativa na abertura do mercado. Olhando à frente, contudo, não vejo este evento como um “game changer” para a dinâmica dos ativos locais. A mudança da nota de crédito de um país, quando ele sai de “Investment Grade” para “Junk Bond” costuma ser relevante, pois altera a “piscina” de investidores aptos a alocar naquele ativo. Quando um ativo já é “Junk Bond” e apenas tem sua nota rebaixada, isso pouco altera os fluxos para este ativo. No limite, o rebaixamento pode até ser positivo, pois mostra ao Congresso a necessidade e a urgência na aprovação de reformas estruturais, tirando a leniência de curto-prazo com o cenário cíclico mais positivo, até mesmo para as contas públicas. No fina...

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade, a espera dos dados de emprego nos EUA. Ontem, a notícia de evolução nas negociações do Brexit, o avanço para evitar um “shutdown” nos EUA, além de rumores de que Trump poderiam anunciar um pacote agressivo e detalhado de investimentos já no inicio de 2018 ajudaram a dar suporte aos ativos norte americanos no final da tarde. No Brasil, os ativos locais continuam mostrando elevada volatilidade e sensibilidade em relação a Reforma da Previdência. A quarta-feira foi de fluxo de notícias mais negativo, o que acabou castigando os ativos do país. Hoje pela manhã, os jornais indicam que a votação está acordada para o dia 18 deste mês e que o governo já teria contabilizado cerca de 396 votos a favor da Reforma. Na agenda do dia, teremos o IPCA como destaque. Na China, os dados de importação e exportação de novembro apresentaram forte recuperação, mostrando algum “payback” de questões pontuais do mês anterior, mas também apontando...

O destaque da noite ficou por conta dos números de importação e exportação de julho na China . Ambos ficaram abaixo das expectativas do mercado, apontando para alguma desaceleração da economia do país e do mundo. Por ora, os números de hoje devem ser vistos como flutuações normais dos dados econômicos em meio a um ciclo de crescimento ainda saudável. Qualquer sinal de desaceleração mais acentuada da economia do país, contudo, poderá ser lida de maneira diferente e mais preocupante. Segundo o Morgan Stanley: Export growth softened to 7.2% YoY in July from an elevated level of 11.3% YoY in June (Consensus and MSe: 11.0% YoY), dragged mainly by slower DM demand. That said, the YTD growth was still robust at 8.3% YoY, as compared to -8% in 2016. Meanwhile, imports growth moderated to 11.0% YoY in July (vs. 17.1% YoY in June; Consensus: 18.0% YoY; MSe: 17.4% YoY), dragged by steel, iron ore and auto. The faster pace of growth deceleration in imports than exports led to wider trade surp...