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Mostrando postagens com o rótulo França

Daily News – Apertem os cintos, a volatilidade chegou para ficar!

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Ao longo do dia de ontem os ativos de risco apresentaram uma alta rápida e acentuada em relação ao “low” da noite. Vejo o movimento como fruto de: (1) Uma percepção de que a guerra na Ucrânia pode ser curta devido ao poder bélico russo; (2) A reação do Ocidente, até o momento, tem sido muito mais branda do que o imaginado e (3) Movimento técnico, com fluxos de rebalanceamento de final de mês.   As últimas vezes que vimos uma reversão da mesma magnitude que observamos ontem, o mercado estava em meio a enormes “bear markets”. Movimentos de volatilidade acentuada não apontam para uma estabilização do mercado, mas mostram uma situação de fragilidade técnica:   Hoje pela manhã, com os ataques em franca expansão e com Kiev sendo bombardeada, os mercados voltaram a operar com aversão a risco. Sigo com viés negativo para os mercados internacionais, esperando um ambiente de elevada volatilidade. Será difícil, inclusive, explicar todos os movimentos dos ativos de risco.  ...

Daily News – Brasil: Ano começa com pressão por gastos e nova onda da pandemia.

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A noite foi de poucas novidades relevantes no cenário e na dinâmica do mercado. Comentei ontem a noite sobre os movimentos deste início de ano, aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1478109323695955979?s=20 . Entrei mais a fundo no caso do Brasil, cuja dinâmica de preços continuou bastante ruim neste começo de 2022, muito em função das pressões por reajustes salariais, além do receio de nova pressão por gastos na eventualidade cada vez mais real de uma nova onda da pandemia. Leiam aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1478048679831482378?s=20 .   Aqui mais um caso de pressão por reajustes: https://valor.globo.com/brasil/noticia/2022/01/03/servidores-do-banco-central-articulam-entrega-dos-cargos-de-chefia-e-anunciam-paralisacao.ghtml .   E aqui a pressão política por mais gastos em um ano eleitoral: https://valor.globo.com/politica/noticia/2022/01/03/teto-de-gasto-precisa-ser-revisto-diz-barros.ghtml .   Na França, o CPI ficou levemente abaixo das ex...

Daily News – Monetário + Fiscal = Otimismo

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O destaque da manhã fica por conta de mais uma rodada de alta das bolsas globais, a despeito de uma acomodação das demais classes de ativos.   Na noite de ontem, o Congresso dos EUA sinalizou com a possibilidade de um acordo para um pacote de infraestrutura de cerca de US$1 trilhão. Uma medida nesta direção seria positiva para o crescimento, para os setores cíclicos da bolsa dos EUA, seria um suporte adicional ao consumo porém, poderia trazer mais pressão inflacionária à economia: https://www.wsj.com/articles/infrastructure-negotiators-see-progress-in-senate-talks-11624465033?mod=djemalertNEWS .   Na Europa, os indicadores de confiança de França e Alemanha apresentaram mais um mês de otimismo e alta, apontando para a continuidade do processo de recuperação econômica da região: Nos EUA, as taxas dos “junk bonds” ou “high yield bonds” – que são emissões de dívida corporativa de empresas menos saudáveis – voltou a operar nos pisos históricos: Por ora, não vejo mot...

Daily News – Brasil: Câmbio e Reformas

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No final da tarde de ontem o Banco Central do Brasil (BCB) divulgou uma mudança relevante no seu comunicado em torno das rolagens de Swaps Cambiais. Buscando ter mais liberdade, o BCB sinalizou para a possibilidade de ofertar mais Swaps do que aqueles que estão vencendo, visando suavizar o fluxo do “overhedge” dos bancos neste final do ano.   Em condições normais de temperatura e pressão, o comunicado deveria tirar pressão de nossa taxa cambial no curto-prazo.   Ainda no Brasil, passada as eleições municipais, as atenções se voltam a agenda de reformas. Será importante monitorar o que temos no horizonte. As especulações já começaram: https://oglobo.globo.com/economia/substituto-do-bolsa-familia-esta-pronto-deve-ser-lancado-em-dezembro-diz-onyx-24750031 .   O destaque deste começo de semana ficou por conta dos dados preliminares da terceira fase de testes da vacina da Moderna, o qual comentei aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1328340068503871488?s=20 . ...

Daily News – Riscos.

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Estamos vendo uma leve realização de lucros das bolsas globais, com o dólar mais fraco no mundo, essa manhã. O destaque das últimas horas ficou por conta da sinalização por parte de Trump de que hoje serão anunciadas medidas de retaliação à China. Além disso, na tarde de ontem, Trump assinou uma “Executive Orders” que visa “investigar” o poder das mídias sociais sobre os seus integrantes. Como tenho comentado ao longo da semana e reforcei ontem: O grande destaque dos últimos dias tem sido a deterioração das relações entre os EUA e a China. O Congresso dos EUA aprovou na noite de ontem medidas que podem autorizar a imposição de sanções sobre governantes chineses. A China aprovou hoje pela manhã medidas que avançam o processo de alteração da legislação de Hong Kong. Acredito que a deterioração desta relação possa trazer algum ruído, volatilidade e eventuais correções nos ativos de risco caso não haja um arrefecimento deste embate. Isso não necessariamente se tornará...

Daily News – Volatilidade elevada.

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Os ativos de risco seguem dominados pelas notícias em torno da Guerra Comercial. A noite foi um tanto agitada nesta linha. Primeiro, com notícias de poucos avanços. Depois, com sinais de possibilidade de algum acordo, como nesta matéria: https://www.bloomberg.com/news/articles/2019-10-10/u-s-weighing-currency-pact-with-china-as-part-of-partial-deal?utm_content=business&utm_medium=social&utm_source=twitter&utm_campaign=socialflow-organic&cmpid=socialflow-twitter-business . Eu mantenho minha visão descrita em detalhes no post da noite de ontem, que pode ser vista aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/10/daily-news-guerra-comercial-e-inflacao.html . Nesta manhã, destaque para uma forte queda na produção industrial da França: France Industrial Production (M/M) Aug: -0.9% (est 0.3%, prev 0.3%) / Industrial Production (Y/Y) Aug: -1.4% (est 0.1%, prev -0.2%) . Interessante notar, contudo, que o EUR parece estar tentando romper seu canal de baixa. Ac...

Sinais de cautela persistem no cenário internacional.

As bolsas globais estão devolvendo parte relevante dos ganhos verificados ontem, a despeito de um dólar mais fraco no mundo e da sustentação da alta do complexo de commodities, liderados pelo Petróleo. Segundo a mídia internacional, os EUA colocaram Robert Lighthizer , um linha dura em relação as relações comerciais com a China, para negociar um acordo mais duradouro entre os dois países ( https://www.wsj.com/articles/trump-says-u-s-china-relations-have-taken-big-leap-forward-1543847551?mod=hp_lead_pos2 ). Além disso, uma série de artigos nos jornais internacionais comentam a respeito da incerteza das negociações e da ausência de detalhes do acordo que foi selado para o primeiro trimestre de 2019. A despeito da janela positiva que eu tenho comentado, alguns sinais dos mercados globais inspiram cautela. É por essas e outras questões que tenho recomendado um portfólio que ainda seja composto por alguns hedges , como Ouro, JPY e posições táticas, após eventuais rallies, na venda...

Mercados Globais - PMI na CHina, Inflação na Europa e Política Brasil.

O primeiro trimestre do ano se encerrou com um quadro econômico basicamente em linha com o esperado e com o cenário base que venho descrevendo neste fórum, ou seja, um crescimento global saudável, uma inflação que sobe de maneira gradual no mundo desenvolvido e a continuidade do processo de normalização monetária nas economias mais avançadas, especialmente aquelas em estágio mais avançado do ciclo econômico. Para os mercados financeiros globais, o trimestre foi mais desafiador, por uma série de motivos, tais como, posição técnica comprometida, preços/valuations menos atrativos e a confirmação de um menor suporte por parte da política monetária em vários países/regiões. Além disso, algumas medidas adotadas pelo Governo dos EUA, em especial no tocante a imposição de tarifas de importações, também não ajudaram o humor dos ativos de risco. Finalmente, a perspectiva de uma inflação mais elevada, especialmente nos EUA, atuou como uma restrição para o bom desempenho dos mercados financei...

Redux: The world economy is fine, thanks!

Os ativos de risco estão apresentando um movimento clássico de “risk-on”. O primeiro turno das eleições para presidente da  França  terminou com um resultado considerado de baixo risco para o cenário, com a extremista Le Pen enfrentando o liberal, pro Reformas e pro Europa Macron no segundo turno. As pesquisas de intenção de votos para o segundo turno colocam Macro com ampla vantagem, em torno de 70% vs 30% de Le Pen. Vale ressaltar que as pesquisas do primeiro turno, mesmo com uma disputa bastante acirrada entre os 4 principais candidatos, acabaram ficando dentro do que realmente foi o resultado efetivo, dando maior credibilidade as pesquisas e maior tranquilidade para o segundo turno. A eleição presidencial na França era um dos (senão o principal) risco para o cenário econômico global este ano. Passado o evento, mantenho minha visão mais construtiva/otimista para o cenário global e os ativos de risco em geral. Riscos ainda existem, e precisam ser monitorados (Coréia do ...

Brasil: Inflação tranquila e favorável/ Externo: "All about French Elections!"

Os ativos de risco estão apresentando um movimento clássico de “risk-on” nesta quinta-feira, com destaque para a alta das bolsas, e para a abertura de taxa de juros no mundo desenvolvido. Na minha visão, o movimento de hoje em nada se deve ao cenário econômico. Como tenho afirmado neste fórum há alguns dias, a despeito da volatilidade dos ativos de risco, vi poucas mudanças concretas de cenário. A proximidade das eleições na França me parece ser o vetor mais claro afetando a dinâmica dos mercados financeiros globais no momento. Hoje, as últimas pesquisas de intensão de votos mostraram um cenário um pouco mais favorável para os candidatos considerados mais “pro Euro, pro mercado”, o que ajudou a dar ímpeto ao movimento de recuperação dos ativos de risco. Nos EUA , no que tange a economia, o Jobless Claims se manteve em patamar condizente com um mercado de trabalho muito próximo ao pleno emprego. O Philly Fed arrefeceu de 32,8 para 22,0 pontos, mas amplamente normal para es...

[Redux] Mercados Globais - Fasten your seat belt, but the scenario is still the same.

Os ativos de risco tiveram uma quarta-feira de pressão, quase que generalizada, ao redor do mundo. Não houve um vetor específico que explique o movimento, mas a aproximação do primeiro turno das eleições na França pode ser uma boa desculpa para a tensão de curto-prazo, aliada a uma rodada de alta de juros nos EUA , que acabou colocando pressão mais no dólar ao redor do mundo e nos ativos emergentes em geral. A forte queda no preço do petróleo também não ajudou o humor do dia. Fundamentalmente, a despeito da volatilidade de curto-prazo, ainda não vi mudanças substanciais de cenário. - A eleições na França é um evento, de certa forma, binário, de difícil mensuração, como ficou provado no Brexit e nas eleições norte americanas; - A alta nas taxas das Treasuries me pareceu um movimento normal, dentro de um pano de fundo de forte fechamento de taxas nos últimos dias. As taxas de 10 anos ainda estão em torno de 2,20%, ou seja, vejo amplo espaço para abertura de taxas sem que iss...

Volatilidade maior (esperada) antes das eleições na França.

Eu tive um pequeno problema técnico pela manhã, o que impediu o envio deste relatório em seu horário usual. Devido a importância de alguns eventos desde então, acho válido um breve resumo e avaliação do cenário. - No Brasil , as Notas do Copom confirmaram uma postura dovish por parte do BCB. As Notas, na minha visão, trazem de volta à tona a possibilidade de uma queda superior a 100bps nas próximas reuniões do Copom, reduzindo o risco de uma queda de “apenas” 75bps. Riscos em torno deste cenário existem, mas a probabilidade de uma antecipação ainda maior do ciclo de queda de juros, após das Notas do Copom, se mostram maiores do que o imaginado anteriormente. Diante deste cenário, ainda parece haver amplo espaço para um fechamento da curva local de juros. No que tange a política monetária, a parte curta da curva parece mais defensiva do que o resto da curva. Contudo, acredito que passada a Reforma da Previdência e as eleições na França, há espaço para uma queda do prêmio de ri...