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Mostrando postagens de agosto, 2019

China

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O final de semana começou negativo para o cenário. China: PMI Manufacturing oficial caiu para 49.5, abaixo das expectativas. Abertura com qualitativo ruim. Mostra pressão adicional na economia. Explica um pouco o tom mais conciliador do país na Guerra Comercial. A situação em Hong Kong está bastante tensa neste começo de final de semana, com protestos violentos após a prisão de alguns líderes dos manifestantes na sexta-feira. O país está entrando em um cenário extremamente negativo.

Brasil: Dinâmica melhor.

No Brasil, os dados de emprego de julho mostraram uma recuperação ainda muito incipiente e de qualidade ruim. Empregos informais crescendo mais do que empregos formais. Rendimentos ainda patinam. Contudo, a dinâmica de preços dos ativos locais foi mais saudável neste final de mês. Parece que se era questão de algum fluxo pontual, ele ficou para trás...Obviamente, se o externo piorar de novo teremos volatilidade, mas não parece haver nada de específico em Brasil, por ora, além de fluxos pontuais. O cenário externo segue desafiador. A despeito de rumores, não há aproximação estrutural entre China e EUA. A situação em Hong Kong está em seu pior momento, não existe saída fácil para o Brexit e o mundo ainda parece em desacelerarão do crescimento. A Argentina está em “default”, segundo todas as agências de rating. Os ativos do país continuam bastante voláteis e pressionados. O candidato a presidente líder na pesquisas declarou que não apoio a renegociação da dívida e não p

Daily News – Animação no final da semana!

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Os ativos de risco estão apresentando recuperação. Vejo duas explicações para isso: Primeiro, um tom mais conciliador da China em relação a Guerra Comercial : CHINA'S FOREIGN MINISTRY SAYS CHINESE, U.S. TRADE NEGOTIATING TEAMS ARE MAINTAINING EFFECTIVE COMMUNICATION. Segundo, possível rebalanceamento de carteiras no final do mês após um dos maiores “rallies” no mercado de “Bonds” dos EUA, que pode estar empurrando recursos para a bolsa: BAML: RECORD $160 BLN INFLOWS TO BOND FUNDS IN PAST 3 MONTHS REVEAL DEEP GLOBAL RECESSION FEAR & GLOBAL CAPITULATION INTO "JAPANIFICATION" THEME Minha visão segue inalterada. Ontem comentei que: O endereçamento da Guerra Comercial é positivo e deve manter os ativos de risco respeitando os “ranges” recentes, mas ainda não vejo uma nova tendência mais clara, estrutural e prolongada de recuperação. Seguimos respeitando os “ranges” recentes que, no caso do S&P500, está sendo entre 2.800 e 3.000 pontos. No c

Brasil: Ajudado pelo PIB e pelo externo.

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No Brasil, o PIB divulgado hoje cedo ficou levemente acima das expectativas. Ponto positivo para continuidade de recuperação da demanda doméstica, mostrando alguma resiliência do consumo, e para os investimentos. Destaque negativo para os estoques e o setor externo. Recuperação incipiente, mas positiva da economia e do crescimento. Amanhã vai ser interessante ver a dinâmica do dólar após a ptax. Esta alta recente, será um efeito pontual ou estrutural? Teremos essa resposta após 13:00... A bolsa ficou barata em dólares e foi ajudada hoje pela melhora externa e pelo PIB mais construtivo. Não gosto do cenário externo, mas gosto da bolsa no Brasil estruturalmente. A Argentina teve um dia de queda adicional de seus títulos da dívida e queda da bolsa, mas sem impactos secundários até o momento.  Continuo vendo algum risco de resquício de fluxo de saída de ativos emergentes devido ao “efeito Argentina”, Guerra Comercial e baixo crescimento global. De qualquer forma, o B

Daily News – China alivia, mas Argentina pressiona.

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As bolsas dos EUA (futuros de índice) e da Europa estão apresentando forte alta essa manhã, após a China adotar um tom mais conciliador no tocante a Guerra Comercial. Não vejo mudança estrutural de cenário. O tom mais conciliador da China é mais positivo para o humor global a risco de curto-prazo, mas ainda é muito cedo para acreditar que a situação esteja resolvida. Continuo acreditando que a desaceleração global vai muito além da Guerra Comercial e o processo de estabilização econômica será muito mais longo e tortuoso. Assim, o endereçamento da Guerra é positivo e deve manter os ativos de risco respeitando os “ranges” recentes, mas ainda não vejo uma nova tendência mais clara, estrutural e prolongada de recuperação. A despeito dessa melhora, ainda há pressão nas moedas emergentes, após os eventos da noite de ontem da Argentina (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/08/argentina.html ). Na agenda do dia, PIB no Brasil e nos EUA em destaque.

Argentina

A Argentina acabou de anunciar uma reestruturação, ou moratória, de sua dívida. Isso nada mais é do que uma palavra bonita para default. O que mais chama a atenção é que isso se dará sobre os organismos internacionais como o FMI e, o mais negativo, em cima de sua dívida interna. O cenário é o pior possível, pois esperava-se, no mínimo, o resultado das eleições. O contágio para o Brasil se dará via posição técnica. Grandes gestores globais precisaram de liquidez de suas posições na Argentina, e serão pressionados a vender suas posições em ativos mais líquidos, como os ativos do Brasil. Por sermos um mercado líquido em emergentes e fazermos parte de muitos portfólios emergentes e globais, deveremos sofrer este efeito de fluxo e técnico. Os fundamentos do Brasil em nada se comparam aos da Argentina, mas no curto-prazo fluxo e quadro técnico devem falar mais alto. É provável que o BCB seja testado novamente no câmbio e a curva de juros local siga pressionada.

Daily News – Poucas novidades. Desafios permanecem.

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Os ativos de risco estão abrindo próximos a estabilidade, após uma noite relativamente tranquila e de poucas novidades. A agenda econômica do dia será esvaziada. O destaque da noite ficou por conta da Inglaterra , onde o Primeiro Ministro convocou um recesso do Parlamento para que a classe política foque no Brexit. Os ativos do país, em especial a Libra (GBP), estão reagindo negativamente a está notícia. Na Itália , o país caminha para a recondução de sei Primeiro Ministro e para a redução do risco político de curto-prazo. Isso não altera os desafios de baixo crescimento (recessão), baixa inflação, elevada divida/PIB e um sistema bancário ainda fragilizado. De qualquer forma, os juros do país estão atingindo patamares inacreditáveis diante do movimento global de fechamento de taxa de juros. Nesta mesma linha, a Treasury de 30 anos nos EUA atingiu seu menor patamar histórico. Os sinais de mercado continuam bastante negativos, com a curva de juros dos E

Dinâmica ainda preocupa.

Siga:  https://twitter.com/DanKawa2/ O destaque do dia ficou por conta da intervenção do BCB no mercado de câmbio. Na minha visão, ele quis dar um sinal de que no 4,20 incomoda. Mostrar que tem "munição' para suavizar o movimento. Não anunciou o tamanho da intervenão, para não dar previsibilidade ao mercado. Acho prudente. Mercado deveria ficar na dúvida dos próximos passos da Selic, por mais que ele negue que exista relação mecânica entre política monetária e câmbio. Acredito que o BCB possa ajudar a dar liquidez ao mercado, mas ainda me parece cedo para ter certeza que o movimento do dólar se encerrou, até porque ainda há uma tendência global. De qualquer modo, acho que em torno de 4,15-4,20 já há bastante coisa ruim precificada. Acho que a bolsa Brasil está barata nos atuais níveis, mesmo com todos os riscos envolvidos no cenário. Sei que terá volatilidade de curto-prazo, mas acho prudente carregar posição em ativos específicos. A dinâmica dos ativo d

Daily News – Incerteza global chega ao Brasil.

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Os ativos de risco estão abrindo próximos a estabilidade, após leve viés negativo ao longo da noite. Como comentei ontem, não vejo melhor no cenário externo. Muito pelo contrário, acredito que estamos no ponto mais crítico e negativo deste ciclo econômico. Apenas uma mudança estrutural será capaz de alterar essa minha visão. No Brasil , a segunda-feira foi de “terror e pânico” nos mercados. Vejo algumas explicações retroalimentáveis que possam ter afetado o mercado: - Rumores de alguma acusação a algum membro do governo, informação disseminada pelo próprio Presidente Bolsonaro. - Rodrigo Maia com risco de ser indiciado pelo MPF após relatório da PF. -Vazamentos envolvendo um dos maiores bancos privados do país que levaram suas ações a queda de quase 30%. As acusações foram veementemente negados pelo próprio em conferência no final da tarde. - Cenário internacional ainda bastante incerto. - Rumores de vendas de ações por parte de estrangeiros e pessoas física.

Brasil: Dinâmica própria.

Siga:  https://twitter.com/DanKawa2/ Dinâmica dos ativos de Brasil bem ruim ao longo de todo o dia. Andando meio sozinho, não seguindo nenhum emergente. Sondei o mercado mas ninguém viu nada de novo. Parece mesmo fluxo. Gringos na venda, pessoa física na venda e locais na compra. Interessante que as contas externas divulgadas hoje apresentaram déficit em conta corrente bem acima do esperado, mas fluxo de cerca de US$5bi para renda variável. Clima em torno do Governo não ajuda, a despeito de nada de concreto no campo econômico. Emergentes no geral estão com desempenho estável, a despeito do CNY nos “lows” deste ciclo.

Daily News – Forte reviravolta? Acredite se quiser...

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Os ativos de risco estão apresentando forte recuperação nesta manhã, após Trump declarar que a China teria ligado demandando o recomeço de negociações para um acordo comercial. Por ora, a China negou este eventual telefonema. Na noite de ontem, contudo, a China pediu calma e adotou uma postura mais conciliadora. Eu sou vendedor de ativos de risco na atual conjuntura. Ontem afirmei que teríamos volatilidade elevada ao longo da semana (vide aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1165746363885412354 ) e hoje estamos tendo a confirmação deste cenário. Acredito que a Guerra Comercial seja apenas um vetor de aceleração para um estágio final de ciclo econômico na maior parte do mundo, mas não o seu único vetor. Assim, as manchetes em torno do tema são capazes de trazer volatilidade e eventuais suportes aos mercados, mas as bases fundamentais da economia seguem frágeis e em processo de degradação, em meio a um ambiente de incertezas crescentes. Na Alemanha , o IFO

Para onde estamos indo?

Devido a velocidade com que os eventos estão ocorrendo, tenho feito atualizações de maneira mais frequente neste fórum a seguir: https://twitter.com/DanKawa2/ Minha visão sobre o mundo, nos últimos dias, foi apenas ratificada pelos eventos recentes. Continuo extremamente negativo com o cenário econômico global. Vejo o mundo em um estágio avançado do ciclo econômico – quiçá um estágio final – em um pano de fundo de política monetária menos potente. A Guerra Comercial apenas acelera e acentuada este cenário. Na sexta-feira, Powell trouxe poucas novidades ao cenário, a despeito de levemente mais “dovish” (comentei mais a fundo aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/ ). O destaque ficou por conta das medidas adicionais anunciadas por China e EUA. Vejo este evento como bastante negativo para os mercados, dado todo o contexto que já comentei acima. Em Hong Kong, o sábado foi de novas e agressivas manifestações. No Brasil, não entrarei no mérito das discussõe

Fluxo Emergentes:

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Mais uma semana de fluxo de saída de ativos emergentes. Ajuda bastante a explicar os movimentos no câmbio e na bolsa do Brasil, na linha do que tenho comentado sobre o “efeito contágio” da Argentina:

Fed Powell:

Powell: Achei um pouco mais dovish do que as falas recentes pela seguinte passagem abaixo. Porta aberta para cair 25bps ou 50bps se cenário piorar mais. Acho que ainda muda pouco o cenário mais desafiador. O mercado pode se animar com a possibilidade dos 50bps, mas o mundo segue em situação bastante negativa. Vale ressaltar, me parece que precisa piorar o cenário para ele cair 50bps no próximo FOMC: Turning to the current context, we are carefully watching developments as we assess their implications for the U.S. outlook and the path of monetary policy. The three weeks since our July FOMC meeting have been eventful, beginning with the announcement of new tariffs on imports from China. We have seen further evidence of a global slowdown, notably in Germany and China. Geopolitical events have been much in the news, including the growing possibility of a hard Brexit, rising tensions in Hong Kong, and the dissolution of the Italian government. Financial markets have reacted strong

Daily News – Otimismo com o Fed.

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Os ativos de risco estão abrindo a manhã em tom mais positivo, com alta das bolsas, abertura de taxa de juros no mundo desenvolvido e uma menor pressão nos ativos emergentes. Há uma certa esperança de que o discurso de Powell hoje – Presidente do Fed – irá sinalizar para uma postura mais agressiva. Existem rumores de que China e EUA tenha voltado a se falar, além de nova expectativa de uma resolução pacífica para o Brexit e para a situação política na Itália. Por ora, não vejo nenhuma mudança estrutural em nenhum desses vetores. Acho que Powell irá dominar a dinâmica de curto-prazo. Acredito que ele manterá o tom recente do Fed, em que mostra flexibilidade de atuação, mas não necessariamente sinalize para um corte agressivo de juros. Está postura pode vir a surpreender negativamente o mercado. Caso eu esteja errado, há espaço para uma melhora rápida e acentuada dos ativos de risco. No Brasil , há sinais incipientes de recuperação da atividade economia vindas da arreca

Pressão no câmbio continua:

Nos EUA, a prévia do PMI ficou abaixo das expectativas em agosto e no limiar do patamar de 50 pontos, que separa expansão de contração da economia. O Fed segue com discurso mais duro, mostrando um comitê dividido. No Brasil, mais um dia de pressão nos ativos locais, com destaque para a alta do dólar. Parece que não há fluxo de entrada e o BCB é o único vendedor final e estrutural de dólar no mercado. O menor crescimento global, o carrego mais baixo, os problemas na Argentina e a busca por hedge parecem ser vetores importantes no movimento do dólar no Brasil e no mundo. As atenções amanhã estarão direcionadas ao discurso de Powell, presidente do Fed, na conferência de Jackson Hole.

Daily News – Privatizações, crescimento global (PMI) e moedas emergentes.

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Os ativos de risco estão abrindo a quinta-feira em leve queda, após otimismo na quarta-feira. Não vejo mudanças significativas no cenário estrutural, ainda bastante desafiador do ponto de vista internacional. No Brasil , o mercado ontem foi sustentado pelas notícias e rumores de privatizações, como o caso da Petrobrás divulgado pelo jornal Valor: https://www.valor.com.br/brasil/6402115/equipe-economica-planeja-vender-petrobras-ate-2022 . Minha visão em relação ao Brasil e seus mercados segue a mesma. Continuo construtivo com a bolsa local no longo-prazo, mas entendendo que o curto-prazo será mais desafiador devido aos “ventos contrários” externos. Minha principal fonte de otimismo reside na fase inicial do ciclo econômico que estamos, na agenda econômica de reformas, na atratividade dos “valuations” da bolsa, nos juros mais baixos por mais tempo no país e a posição técnica estrutural ainda saudável, a despeito de ruídos de curto-prazo (Argentina, em especial). Na Euro