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Mostrando postagens de novembro, 2015

Incertezas dominam o cenário.

A segunda-feira foi de desempenho misto dos ativos de risco. O dólar operou sem tendência definida ao redor do mundo. As commodities ameaçaram uma reação, mas neste momento voltaram a apresentar sinais de fragilidade. O mesmo vale para as bolsas dos Estados Unidos. Brasil -  Os ativos locais ainda reagiram aos últimos acontecimentos políticos locais, com o dólar em alta, a bolsa pressionada e a curva de juros apresentando abertura de taxa. De maneira surpreendente, contudo, observamos um movimento de steepening da curva. Acredito que este movimento esteja sendo liderado por ajustes de posições, já que o mercado me parecia excessivamente aplicado nos vértices mais curtos e, desde a decisão do Copom, vem ajustando ( stopando ) posições nesta direção. Acredito que o BCB será levado a promover um ajuste de juros para conter as expectativas de inflação, mas acredito que o ciclo total de ajuste adicional não deverá superar 150bps. Assim, qualquer precificação acima deste nível deve ser

Brasil Update

Em meio ao ferido de Thanksgiving nos EUA, as atenções se voltaram ao cenário interno. Desde a tarde de sexta-feira, a temperatura em Brasília subiu alguns vários Graus Celsius. Tentando encurtar uma longa histórica, segue uma reprodução dos últimos acontecimentos locais: - A prisão de Delcidio do Amaral, líder do PT no Senado, coloca mais um risco ao entorno do Planalto, pelo potencial explosivo de uma eventual delação premiada do Senador. Além disso, sua prisão causou uma total paralisia no Congresso, onde ele era visto como uma importante peça no quebra-cabeça da aprovação de importantes medidas para o ajuste fiscal. Acredito que sua prisão ainda trará imensos obstáculos ao governo. Sua família já pressiona-o pela Delação Premiada e o PT foi o primeiro a abandona-lo. Vejo dificuldades crescentes para o bom andamento do ajuste fiscal e do Congresso Nacional. - A prisão de um dos banqueiros mais importantes do país eleva a Operação Lava-Jato a mais um nível. Além disso, do p

Forte queda das bolsas da China.

As bolsas da  China  tiveram um dia de forte queda, superiores a 5%, o que está dando um tom mais cauteloso aos ativos de risco está manhã. A queda está sendo atribuída a uma investigação mais ampla as corretoras de valores do país, em um momento em que observamos uma nova rodada de depreciação da moeda local (CNY). Além disso, os dados de Industrial Profits, divulgados hoje, reforçaram a mensagem de que ainda não há nenhum sinal de recuperação da economia no curto-prazo. Eu vejo uma processo lento, gradual e prolongado em que o crescimento chinês será estruturalmente mais baixo do que no passado. A depreciação do CNY deverá ser uma tendência que veio para ficar, mas deverá ser bem administrada pelo governo, de forma que o processo também seja lento e gradual. Contudo, a despeito de eu não esperar uma crise sendo deflagrada no país, podemos passar por momentos pontuais de maior receio em torno da saúde econômica e financeira da China ao longo deste processo de ajuste da economia e de

Brasil: Reprecificação da curva de juros.

A quinta-feira foi um dia para o mercado digerir o novo comunicado do Copom. A curva curta de juros, especialmente a barriga da curva (Jan17/Jan18/Jan19), apresentou forte abertura de taxa, reprecificando os riscos de um novo ciclo de alta de juros no país. Estes vértices da curva eram aqueles onde se concentravam as posições aplicadas de juros muito disseminadas nas últimas semanas no mercado. Como era de se esperar, a curva voltou a apresentar forte movimento de flattening . Os juros reais também tiveram um dia de forte pressão altista, com a inflação implícita apresentando queda em quase toda a curva, um desenvolvimento que será muito bem vindo pelo BCB. A curva, neste momento, precifica em torno de 170bps de alta de juros, concentradas nas primeiras 3 reuniões do Copom em 2016. Acredito que ajustes pontuais na taxa Selic possam ser necessárias para conter as expectativas de inflação, mas não vejo um ciclo muito superior a 150bps sendo necessário (exceto por uma nova, rápida e

Copom: Hawkish Hold.

Em um dia de feriado nos EUA, em que a liquidez dos mercados deve ser prejudicada, o destaque desta manhã fica para um leve movimento de fortalecimento do dólar no mundo. Brasil –  Como era amplamente esperado, o Copom manteve a taxa de juros Selic estável em 14,25% em sua reunião de ontem. Contudo, o Comitê promoveu alterações significativas em seu comunicado, já que a decisão não foi unanime, com dois membros votando por uma alta de 50bps. O comunicado, agora, não mais afirma que a manutenção das taxas de juros nos atuais níveis, por tempo prolongado, será suficiente para trazer a inflação de volta a meta no horizonte relevante de tempo. Assim, o risco de um novo ciclo de alta de juros eleva-se substancialmente. As minutas da reunião serão essenciais para medir se estas alterações no comunicado, assim como o dissenso, são sinalizações na tentativa de conter as expectativas de inflação, ou foram apenas a vontade de alguns poucos membros, sem que haja uma intenção real da maioria.

Brasil: Novos avanços da Lava-Jato.

Às vésperas do feriado de Thanksgiving nos EUA, os mercados externos operaram com baixa volatilidade e liquidez. Assim, as atenções ficaram voltadas para os mercados locais. A prisão do Senador, e líder do PT no Senado, Delcídio do Amaral, e do principal executivo, e controlador de um dos maiores bancos privados do país, centrou as atenções do mercado. As prisões de hoje trouxeram de volta à pauta de discussão o quão estável é a governabilidade atual, em meio aos avanços da Operação Lava-Jato. Delcidio era um dos principais articuladores do governo no Congresso, com bom transito entre a base aliada, a oposição e o empresariado. Não há dúvida de que sua prisão coloca mais um obstáculo para o avanço do ajuste fiscal. As novas prisões acendem, novamente, o alerta em torno dos riscos políticos em meio a um cenário econômico fragilizado. Eu não discordo do argumento de que, no longo-prazo, este tipo de postura por parte do judiciário, ajuda a melhorar a imagem do país. Contudo, o m

Dia de agenda carregada.

Os ativos de risco operam próximos a estabilidade está manhã. As commodities apresentam leve queda, após o short squeeze verificado ontem. O dólar cai contra as moedas de G10, mas sobe contra as moedas emergentes. As bolsas da Ásia, Europa e EUA não apresentam tendências definidas. Podemos esperar um mercado ilíquido a partir da tarde de hoje, o que pode trazer uma enganosa volatilidade aos ativos devido ao ferido de Thanksgiving nos EUA amanhã A agenda do dia, as vésperas do Thanksgiving, será carregada nos EUA . Hoje teremos, Personal Income, Personal Spending, Core PCE Durable Goods, Jobless Claims, Markit PMI, New Homw Sales e Michigan Confidence. No Brasil , o foco ficará por conta da decisão do Copom. Já é amplamente esperado que o BCB mantenha a taxa Selic estável em 14,25%. Acredito que o cenário central seja de um comunicado inalterado, ou com pequenos ajustes de linguagem. O risco, contudo, ficará por conta de um sinal mais claro de que o BCB pretende ajustar suas t

Realização de lucros.

A terça-feira pode ser classificada como um dia em que as principais posições consensuais do mercado foram testadas. Em outras palavras, observamos um forte ajuste de posições nos principais temas do mercado. Assim, o dia foi de short squeeze nas commodities, e dólar fraco ao redor do mundo. Vejo esses movimentos como ajustes pontuais, naturais e esperados, dentro de uma tendência mais longa e estrutural. O nível de preço que estes ativos atingiram nos últimos dias, aliado a posições aparentemente já carregadas para estes temas, me parecem ter sido vetores preponderantes para estes movimentos de ajuste. O que me parece mais interessante foi o trigger para o movimento das commodities. O acirramento dos problemas geopolítico ao redor do mundo, com um avião russo sendo abatido por tropas turcas acabou gerando uma forte alta no petróleo, que acabou dando suporte as demais commodities ao redor do mundo. A despeito dos movimentos positivos de hoje, não vejo uma alta no petróleo, com mo

Sem movimentações relevantes esta manhã.

Os ativos de risco estão iniciando a terça-feira sem grandes movimentações. Destaque para uma leve recuperação no preço das commodities, que estão se mantendo próximas aos  lows de alguns anos. As bolsas da Europa e do EUA apresentam leve queda, com o dólar relativamente estável ao redor do mundo. A agenda do dia terá a taxa de desemprego pela PNAD Continua no Brasil. Nos EUA, o destaque ficará por conta da revisão do PIB do 3Q, do S&P/CaseShiller, para o Consumer Confidence e para o Richmond Fed. Minha visão em relação aos mercados permanece inalterada, a despeito do  price-action estar mostrando que, por hora, eu estou errado em relação ao cenário de curto-prazo. Não vejo valor nas bolsas dos EUA nos atuais níveis, frente a inúmeras incertezas de cenário. Acredito que o dólar ainda tenha espaço para mostrar bom desempenho contra as moedas emergentes e dependentes de commodities, e vejo o atual equilíbrio dos ativos no Brasil como um “equilíbrio instável”. Acredito que ob

Semana começa pouco movimentada.

Não há muitas novidades para adicionarmos no dia de hoje. A despeito de um dia de elevada volatilidade no preço do petróleo , que chegou a oscilar cerca de 6% intraday , os movimentos dos demais ativos de risco foram mais moderados, no que me parece ser um sinal de que o ferido de Thanksgiving nos EUA, agendado para o final desta semana, já esteja afetando a liquidez dos mercados. Após operar em queda superior a 3%, o petróleo apresentou rápida e acentuada alta, após a Arábia Saudita, supostamente, ter sinalizado que está disposta a atuar junto aos países da OPEP para balancear o mercado. O dólar manteve o tom mais firme observado pela manhã, assim como as commodities metálicas se mantiveram mais pressionadas. As bolsas ao redor do mundo tiveram uma segunda-feira de maior estabilidade. O EUR testou níveis abaixo de 1,06 mas, por hora, falhou em romper este patamar. Os ativos no Brasil seguiram o humor global a risco, ajustando o fato dos mercados locais não terem aberto na s

Nova pressão nas commodities.

Em uma semana que será encurtada pelo feriado de Thanksgiving nos EUA, os ativos de risco estão iniciando a semana em tom mais negativo, liderados por mais uma rodada de pressão no preço das commodities. Neste momento, o  Petróleo  cai 2,8%, com o  Cobre  caindo 1,8%, por exemplo. Estes movimentos estão ajudando a dar suporte ao dólar ao redor do mundo mas, em especial, contra os países emergentes. Os juros norte americanos operam com pequena abertura de taxas, enquanto as bolsas ao redor do mundo apresentam leve queda. Na agenda do dia, o destaque ficará por conta dos Makits PMI´s no mundo desenvolvido. No Brasil, destaque para a pesquisa Focus e para o IPC-S. Durante a noite, o segundo turno das eleições presidências na  Argentina  deram vitória ao candidato da oposição, como vinham apontando as pesquisas. A campanha eleitoral no país explorou pouco a política econômica que será adotada pelo ovo governo, mas há uma expectativa enorme de que importantes mudanças ocorreram no

Update

Ao contrário do que eu imaginava após os últimos eventos geopolíticos ao redor do mundo, os ativos de risco estão dando continuidade a um movimento positivo iniciado na manhã de ontem, e que perdura até o momento. A dinâmica dos mercados mostra um quadro técnico positiva, ou seja, com os investidores pouco alocados em risco, especialmente em um período (final de ano) sazonalmente positivo para algumas classes de ativos, como é o caso das bolsas. A sexta-feira, feriado no Brasil, foi mais um dia de relativo otimismo nos mercados externos, marcado por um movimento de alta nas bolsas globais e enfraquecimento do dólar contra as moedas emergentes e dependentes de commodities, a despeito de mais uma rodada de pressão nas commodities metálicas e no petróleo. Os ativos do Brasil operados em NY seguiram o otimismo global, com o EWZ subindo mais de 1%, puxado pela Petrobras e pelos setor financeiro (Bancos), mesmo com as ações da Vale sobre pressão. Vale ressaltar, contudo, que os ativos d

Brasil: Deterioração dos fundamentos continua.

A quinta-feira, véspera de feriado no Brasil, foi marcada por um forte movimento de dólar fraco no mundo, no que me parece ser um movimento pontual de realização de lucros. Como comentamos no início da semana, observamos um expressivo acumulo de posições “compradas em dólar” nas últimas semanas, o que sinalizava para potenciais movimentos de correção como o verificado hoje. Ainda não vejo motivos para alterar o cenário estrutural de fortalecimento da moeda norte americana. Movimentos de queda devem ser vistos como oportunidade de alocar risco nesta direção. Brasil – O IPCA-15 apresentou alta de 0,85% em novembro, acumulando uma alta de 10,28% em relação ao mesmo período do ano passado. O número ficou em linha com as expectativas, mas o qualitativo do indicador aponta para um quadro ainda extremamente complicado para a inflação no país. Em resumo, de acordo com nossa área econômica:  Qualitativo ruim. Núcleos acelerando em 12 meses. Inflação de serviços acelerando em 12 meses na ma

Risk-On

Ao contrário do que eu imaginava após os últimos eventos geopolíticos ao redor do mundo, os ativos de risco estão dando continuidade a um movimento positivo iniciado na manhã de ontem, e que perdura até o momento. A dinâmica dos mercados mostra um quadro técnico positioa, ou seja, com os investidores pouco alocados em risco, especialmente em um período (final de ano) sazonalmente positivo para algumas classes de ativos, como é o caso das bolsas. Na agenda dia, o destaque ficará por conta do IPCA-15 e da Taxa de Desemprego no Brasil enquanto nos EUA teremos Jobless Claims e Philadelphia Fed. Na Europa, será divulgada a conta corrente da Área do Euro e o Retail Sales na Inglaterra. EUA -  No final da tarde de ontem, o Fed divulgou as Minutas da última reunião do FOMC. Não há nada no texto que altere as perspectivas de uma alta de juros em dezembro deste ano. Após a divulgação, observamos um movimento de enfraquecimento do dólar no mundo e um suporte aos ativos de risco. Eu vejo