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A hawkish Fed, but a dovish market.

O comentário de hoje precisa ser dividido em duas partes. Primeiro, qual foi a conclusão da reunião do FOMC. Segundo, como estava o posicionamento do mercado, que em muito explica esta primeira reação a decisão divulgada hoje. Em relação ao Fed, a decisão só não foi definitivamente hawkish pois não houve uma mudança nas previsões do Fed para 4 altas de 25bps este ano ao invés de 3, o que alguns esperavam. De qualquer modo, essa alteração só não ocorreu por um pequeno detalhe, talvez de um membro do FOMC que nem seja votante este ano. Todas as demais alterações do comunicado e das previsões do Fed foram na direção de mais confiança na recuperação da economia, em um mercado de trabalho robusto e em um processo de aceleração da inflação. Isso tudo levou o Comitê a revisar para cima as expectativas de taxas de juros de 2019 em diante, em alguns casos de forma relevante. Minha visão é de que o Fed está cada vez mais confiante no seu cenário e o processo de alta de juros seguir...

All eyes on the Fed decision!

Mercados & Cenário: Os ativos de risco operam na expectativa da decisão do FOMC esta tarde. O destaque da manhã fica por conta de um movimento de dólar mais fraco no mundo. Com uma noite tranquila, meus comentários de ontem a tarde seguem válidos e podem ser lidos aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2018/03/sinais-de-fragilidade-permanecem.html , para não soar repetitivo. Dados Econômicos: As exportações dos primeiros 20 dias de março na Coreia do Sul, um indicador muito olhado como Proxy para o crescimnto global devido a elevada abertura e corrente de comércio no país, seguiu mostrando desaceleração, mas ainda em patamar elevado, condizente com um crescimento global ainda saudável. Segundo a Goldman Sachs Daily ex-ship exports (a better proxy for current external demand than headline exports, in our view) rose 8% yoy during the first 20 days of March, moderating slightly from 9% growth in February (E...

Stabilizing...but still signs of fragilty.

Os ativos da Ásia tiveram mais uma noite de pressão, mas os mercados estão apresentando novos sinais de estabilização nesta manhã na Europa e nos EUA. Os  bonds  dos países desenvolvidos voltaram a abrir taxas. Por um lado, este movimento indica menor viés negativo dos mercados. Por outro lado, contudo, se a abertura das taxas de juros tornar-se mais acentuada, pode vir a pressionar, novamente, os demais ativos de risco. Ainda vejo sinais claros de fragilidade nos ativos de risco, a despeito dos sinais de estabilização. Será fundamental observar como essa correlação entre os  bonds  dos países desenvolvidos, e os demais ativos globais de risco, irá se desenvolver de agora em diante. Na minha visão, o segredo está na velocidade do movimento. Uma abertura mais rápida e acentuada das curvas longas de juros no mundo desenvolvido não será bem vista pelos demais ativos de risco. Aberturas de taxas de juros mais ordenadas e graduais devem trazer de volta as correlações...

Bonds, Bonds and Bonds...

Após uma noite de agenda econômica esvaziada, o destaque voltou a ficar por conta da abertura de taxa dos bonds dos países desenvolvidos, em especial, nos EUA. O movimento, desta vez, está pressionando as bolsas globais, mas gerando um enfraquecimento do USD, com as commodities relativamente estáveis. Ao que tudo indica, a rápida e acentuada abertura de taxa de juros nos EUA está gerando mais uma rodada de zeragens de posições e perda de correlações entre as classes de ativos, o que acaba desfavorecendo as posições mais consensuais do mercado, neste caso, posições para o fortalecimento do USD e para a alta nas bolsas. Na agenda do dia, o destaque fica por conta do JOLTs Job Openings nos EUA, mas o número a ser divulgado será de março, mês em que observamos uma já sabida desaceleração do mercado de trabalho no país. A agenda no Brasil será esvaziada. Brasil –  Em artigo da Claudia Safatle no Valor, em linha com o que já foi divulgado no Valor PRO ao longo da segunda-feira, ...

Bonds sell-off

A quinta-feira está sendo marcada pela continuidade do movimento de abertura de taxa dos  bonds  nos países desenvolvidos, em especial na Europa e nos EUA. Este movimento, contudo, começa a afetar o humor global a risco, com as bolsas operando sobre pressão baixista e o USD dando sinais de fortalecimento. Neste mesma linha, os ativos dos países emergentes já mostraram sinais de fragilidade (câmbio, juros e bolsas). Exceto por mais um dia de alta no preço do petróleo, as commodities operam em queda. Na China, tivemos o terceiro dia consecutivo de forte queda nas bolsas.  Em suma, como suspeitávamos, o movimento de alta nas taxas de juros no mundo desenvolvido está trazendo volatilidade e incerteza aos ativos de risco, o que justifica uma postura mais cautelosa no curto-prazo. Na agenda do dia, destaque para a Ata do Copom no Brasil e para o Jobless Claims nos EUA. O mercado continua passando por um momento claro de correções técnicas, onde grande parte das posiçõe...

Poucas movimentações

Na ausência de novidades relevantes durante a noite, os ativos de risco operam sem grandes movimentações relevantes neste começo de semana. Destaque para uma leve alta do USD, desta vez liderada por um movimento de queda no EUR. As bolsas globais o complexo de commodities apresentam leve movimento de alta, com os bonds relativamente estáveis nos países desenvolvidos. O dia será de agenda com dados de segunda ordem, com IPC-S e HSBC MAnufacturing PMI final no Brasil, Nos EUA, o destaque fica por conta do Factory Orders.

Update

Como comentei ao longo da quarta-feira, vejo o rompimento do patamar de 2,00% nas Treasuries de 10yrs como um movimento técnico relevante , que pode acabar puxando o mercado a níveis mais elevados, em torno de 2,20%-2,25%. Este movimento, caso confirmado, tenderia a ser negativo para os ativos de risco em geral, como bolsas, moedas e commodities . Não podemos desprezar os sinais do mercado, o que requer maior cautela nos portfólios no curto-prazo. A sexta-feira teve uma pitada de “tempestade perfeita” para o mercado de renda fixa e câmbio no Brasil. O dia foi de USD forte no mundo, continuidade do sell-off nos bonds dos países desenvolvidos, números de emprego e renda nos EUA acima das expectativas, uma decisão percebida como hawkish por parte do Copom e um número fiscal fraco para o mês de março no Brasil. Neste ambiente, não é surpresa o movimento de cerca de 2% de depreciação do BRL e a abertura em torno de 20bps ao longo da curva de juros. Do ponto de vista local, o BCB...

Update

Brasil – O dia foi novamente de divergência para os ativos brasileiros, com o quadro técnico local tendo um impacto desproporcional na dinâmica dos ativos. A quarta-feira foi, novamente, de alta no dólar, fechamento de taxa de juros e queda na bolsa. O movimento do BRL chama a atenção, por ser o segundo dia consecutivo de performance relativa muito pior do que os seus pares. Acredito que, o não rompimento do nível de 2,90 no BRL, por hora, deveria fazer com que o mercado trabalhe um pouco no nivel de 2,90/3,00. A retomada da tendência de alta do USD, contudo, irá requerer um trigger específico, seja de preço, posição técnica ou fundamento. Acredito que a dinâmica do dólar no mundo precisa ser alterada para o BRL retomar uma tendência mais clara de depreciação, ou uma nova rodada de news flow negativo em termos locais. Por hora, espero um range trade em torno dos níveis citados anteriormente. Estaria olhando para adiconar risco na compra de USDBRL. O mercado de juros, por sua vez, op...

Update

O   mercado reagiu de forma clássica aos números de emprego norte americanos. As bolsas no país fecharam nos  lows  do dia, o mercado de  bonds  e FX ainda opera por mais 2 horas. USD fraco, fechamento de taxas de juros nos EUA e bolsas em queda deram a dinâmica do dia. Acredito que os números de hoje (mais detalhes abaixo) sejam favoráveis ao BRL e ao mercado local (Brasil) de juros no curto-prazo, mas vejo o movimento como puramente pontual. Talvez tenhamos algumas semanas de menor pressão proveniente da possibilidade de uma alta de juros nos E UA o que, aliado a um quadro político interno mais calmo, pode acabar ajudando os ativos brasileiros. Tenho dificuldades em ficar vendido em USDBRL em um ambiente em que ainda vejo uma tendência de longo-prazo de alta do USD no mundo, por isso prefiro adotar postura neutra na moeda no curto-prazo. Em relação ao mercado local de juros, continuo vendo valor na curva. A estabilização do BRL talvez seja o vetor qu...

Petrobrás: Balanço ainda é uma incognita

Não houve nenhuma notícia fundamentalmente nova durante a noite. Os ativos de risco estão, nesta manhã, retomando as tendências recentes. O destaque fica por conta para mais um dia de pressão no  Petróleo , que volta a testa o patamar inferior da banda recente, o que está ajudando a colocar pressão nas demais commodities. As bolsas dos países desenvolvidos operam em leve alta, a despeito dos sinais de fragilidade nas bolsas dos países emergentes. Finalmente, o USD volta a operar em alta, sustentado por mais uma rodada de abertura de taxa dos bonds norte americanos. Na agenda do dia, destaque para as vendas no varejo do Brasil, onde o mercado espera queda de 0.5% MoM. Nos EUA, o foco ficará por conta do PPI e do Michigan Confidence. Brasil –  Não há nenhuma notícia nos jornais que altera significativamente o humor negativo para os ativos locais. Pelo contrário, os sinais ainda são negativos. Em uma matéria da Folha ( Petrobras procura credores para blindar eventual atr...

Agenda esvaziada

A noite foi de agenda esvaziada e a segunda-feira não traz nenhum indicador relevante na agenda dos EUA ou no Brasil. O destaque desta manhã fica por conta de mais um ruído proveniente da  Grécia , com os credores da país aparentemente não aceitando as ultimas medidas propostas pelo novo governo grego para as reformas e renegociação da dívida.  Segundo o CS:  Greece’s provisional agreement with creditors to avert a default started to crack as European officials said the country’s latest proposals fell far short of what was tabled two weeks ago and Greek ministers floated the prospect of a referendum if their reforms are rejected. As reported on Bloomberg, the list of measures Greece’s government sent to euro-region finance ministers last Friday (March 6), including the idea of hiring non-professional tax collectors such as tourists, is “far” from complete and the country probably won’t receive an aid disbursement this month, Euro-group chairman Jeroen Dijsselbloem said. ...

Commodities

Após um final de semana dominado por um news flow em torno dos riscos deflacionários ao redor do mundo, a segunda-feira não decepcionou. Neste momento, o petróleo apresenta queda superior a 4%, o cobre cai 1% e as commodities agrícolas, lideradas pela soja (-3.4%), também estão tendo um dia negativo. O índice de commodities compilado pela Bloomberg atingiu o menor nível em cerca de 12 anos. É natural que, em algum momento, o mercado se consolide e, até mesmo, apresente um rápido, acentuado, mas pontual “short squeeze”. A tendência de longo-prazo, contudo, ainda parece ser de pressão sobre os preços das commodities. Alguns vetores poderiam frear este movimento. Entre eles: algum sinal mais positivo em torno do crescimento chinês, alguma medida mais agressiva por parte do policy maker na China ou um balanço mais neutro entre oferta e demanda. No caso do petróleo, por exemplo, com a OPEP resolvendo tomar medidas de restrição de oferta. De qualquer maneira, com o crescimento chinês ...