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Mostrando postagens com o rótulo Relatóiro de Inflação

Eleições, Petróleo e DB.

Os mercados financeiros globais tiveram uma segunda-feira para digerir alguns eventos pontuais que, por ora, estão mantendo-se localizados. Alguns deles tem algum potencial de contágio para o resto do mundo. Até o presente momento, contudo, me anima o fato do mercado estar conseguindo diferenciar eventos locais. EUA – Hoje teremos o primeiro debate para as eleições presidências no país. O mercado vinha apresentando uma certa leniência com o evento. Dado o quão apertado está a corrida presidencial, me parece natural termos algum ruído em torno do tema. Pesquisas recentes continuam mostrando uma tendência de melhora para Trump, com uma pequena liderança para Hillary. Petróleo -  Nos últimos dias, cresceu o ruído em torno de um potencial acordo para congelamento de produção da OPEP, o que tem ajudado a dar suporte a commodity. Vale a pena mencionar que a situação econômica dos países do Oriente Médio, dependentes de petróleo, como a Arábia Saudita, começa a se mostra cada ve...

Brexit?

A quarta-feira manteve o roteiro que descrevi hoje pela manhã, apenas acentuando os movimentos de recuperação dos ativos de risco observados pela manhã. Eu acredito que possa haver uma questão técnica, de final de mês, trimestre e semestre, que possa ajudar a trazer fluxos positivos para os mercados no curtíssimo-prazo. Contudo, estou olhando para voltar a ter alguma posição na linha da busca por um portfólio que vise um menor crescimento global após o Brexit. Assim, nos atuais níveis, começo a ver espaço, novamente, para posições vendidas em bolsas dos países desenvolvidos, mesmo que taticamente. O cenário base é de um crescimento global baixo, com alguma flutuação em torno desta tendência, mas sem um risco agudo de recessão. Se (e enquanto) não houver uma desaceleração global mais acentuada, ou algum problema financeiro em algum lugar do mundo, os investidores buscarão ativos que ofereçam yields positivos, como os ativos emergentes. Este cenário deverá ser revisado caso algum pr...

Final de trimestre.

Os ativos de risco estão dando sinais de fadiga está manhã, com as bolsas da Europa e os futuros das bolsas nos EUA em queda, liderada por uma pressão nas commodities, tais como petróleo e cobre. O dólar, por sua vez, ainda mostra sinais de fraqueza. Por hoje ser final de mês e final de trimestre, é possível que tenhamos ajustes e fluxos pontuais de posições, o que podem vir a elevar a volatilidade dos movimentos e distorcer alguns preços de mercado. A agenda do dia será agitada, com o Relatório de Inflação no Brasil. Nos EUA, o destaque ficará por conta Jobless Claims e do Chicago PMI. No Brasil, os jornais continuam apresentando uma estratégia desesperada do governo para se manter no cargo, desta vez inflando a participação de partidos pequenos da base aliada em uma nova reforma ministerial e de segundo escalão. Acredito que a tentativa é válida e faz parte do jogo político. Contudo, por hora, só não passa de um ruído de curto-prazo em um processo de impeachment já avanç...

Update

A possibilidade de um “não acordo” entre a Grécia e seus credores voltou a rondar o mercado nesta quarta-feira, com uma contra proposta da Troika não sendo bem aceita pelos gregos (já que a proposta grega foi vista como insuficiente pela Troika). Acredito que exista disposição política em um acerto, e que este tipo de negociação faz parte do processo. De qualquer maneira, estamos diante, mais uma vez, do aumento da probabilidade de um erro de percurso. Ainda vejo um acordo como cenário base, mas faz sentido os ativos de risco ficarem mais sensíveis ao tema até que uma solução seja anunciada. Do ponto de visto grego, a ausência de solução hoje seria mais custosa do que a alguns meses atrás. O governo já roda com déficit fiscal primário. Sem uma ajuda financeira, ficaria sem recursos para honrar o funcionalismo público e os aposentados, o que levaria uma situação politicamente insustentável. Ainda vejo um cenário pouco propício para a tomada de risco, com elevadas incertezas no cen...

"Risk-off". Yemen em foco.

Os ativos de risco estão abrindo em tom de “risk-off” generalizado, liderados por uma forte queda nas bolsas da Europa e EUA. Ao que tudo indica, além de questões técnica/gráficas, que vínhamos chamando a atenção desde o começo da semana, parece que a instabilidade política no Yemen, que culminou com um ataque militar de tropas aliadas ao governo, inclusive com a participação norte americana, a bases da oposição no país, está sendo um vetor determinante para a correção das bolsas globais esta manhã. Se isto for verdade, podemos ter mais algumas rodadas de pressão e aumento de volatilidade nos ativos de risco, mas a correção não deveria passar de um ajuste pontual e localizado, como tantos outros que observamos ao longo dos últimos anos. Por hora, o patamar de 2.100 pontos tem se mostrado uma importante resistência para o S&P500. Resta saber se o patamar de 1.990/2.000 pontos se provará, mais uma vez, um grande suporte para a bolsa americana. Neste ambiente, o Petróleo vem apre...