China em foco!

Nos últimos dias, o governo da China anunciou uma série de medidas de suporte a economia, visando estabilizar o crescimento e a situação financeira do país. Por ora, observamos uma recuperação das bolsas locais e das commodities em geral, a despeito da continuidade do processo de depreciação do câmbio. O "modus operandi" do governo chinês está totalmente em linha com o histórico passado, em que os policy makers atuam de forma reativa, na tentativa de administrar de maneira gradual e suave qualquer desaceleração da economia ou ou risco a estabilidade financeira. Historicamente, eles sempre foram bem sucedidos nessas empreitadas. Desta vez, o risco pode ser considerado mais elevado, devido ao contexto global e ao tamanho que o mercado de crédito e a alavancagem atingiu no país nos últimos anos, mas as características ainda bastante planejadas da economia permitem um controle relativamente grande do governo sobre a situação. Me espanta, contudo, a magnitude, a esfera e a agressividade das medidas recentes, que podem estar mostrando que a situação era ainda mais delicada do que se imaginava anteriormente.

Na Europa, a prévia do PMI mostrou relativa estabilidade dos PMIs Manufacturings, com desaceleração dos PMIs Services, levando a uma pequena desaceleração dos PMIs Composites. Os números mostram um crescimento saudável, porém mais brando do que o imaginado anteriormente. Este indicador em nada altera o cenário para a região.

Não há novidade relevantes no Brasil. O cenário externo e as eleições devem continuar a dominar a dinâmica dos ativos locais, já que continuamos a ver um cenário de recuperação apenas lenta do crescimento, uma inflação baixa e contida, contas externas saudáveis mas problemas fiscais latentes, ambiente que já perdurá há vários meses sem alterações relevantes.

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