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Mostrando postagens com o rótulo Meta de Inflação

Daily News – Brasil: Uma Luz no Fim do Túnel

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Ontem estive presencialmente em evento do BTG Pactual em que o Ministro da Fazenda Fernando Haddad discursou. Fiquei positivamente surpreendido pela sua postura, serenidade, sinalizações e entendimento do pano de fundo econômico.   Entendo que haja ainda um precipício de distância entre sinalização e ação, e que o chefe do Ministro precisará estar de acordo com suas ideias para que um plano de voo factível, especialmente no âmbito fiscal, seja anunciado e executado.   De qualquer forma, precisamos ser coerentes e criticar nos momentos ruins, mas elogiar quando o caminho parece o correto. Entendo que parte da melhora do desempenho dos ativos locais ontem possa se reflexo desta postura.   A ideia fixa de baixar a taxa de juros é compreensível, por tudo que a economia real e o setor corporativo estão passando nas últimas semanas, mas este debate precisar ser feito da maneira correta, nos fóruns corretos, e sem um embate público entre os entes federativos. ...

Daily News – O Dia D!

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Depois de uma segunda-feira de otimismo generalizado nos ativos de risco, os mercados estão abrindo em tom de estabilidade, a espera do número de inflação de janeiro nos EUA. Ontem discorri sobre minha expectativa de reação dos mercados ao número que será divulgado hoje: https://mercadosglobais.blogspot.com/2023/02/daily-news-uma-semana-decisiva.html .   No Brasil, o Presidente do BCB, Roberto Campos Neto, esteve no programa de TV Roda Viva. À primeira vista, sua participação serviu para clarear alguns temas e tentar uma trégua com algumas alas do Governo atual. Contudo, dificilmente deverá mudar a pressão sobre a instituição e sobre a autonomia do BCB.   Segue artigo do Valor com alguns pontos da entrevista: https://valor.globo.com/politica/noticia/2023/02/13/campos-neto-nega-que-tenha-defendido-aumento-da-meta-de-inflao.ghtml .   No final do dia de ontem, o resultado do Banco do Brasil mostrou força e qualidade, levando vários “buy sides” a parabenizar o res...

Daily News – Brasil: Meta de Inflação, Juros e Reformas.

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Na ausência de novidades relevantes no cenário, os ativos de risco estão seguindo dinâmica levemente positiva essa manhã.   Ontem comentei sobre a alta das bolsas internacionais na quinta-feira e as perspectivas à frente, aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1408168058619838466?s=20 .   No Brasil, o CMN fixou a meta de inflação de 2024 em 3%, dando mais um passo na direção de tentar ancorar as expectativas de inflação no país. Espero um “flattening” da curva de juros e alguma realização de lucros nas posições de inflação implícita do mercado em vértices intermediários e longos da curva.   O mercado vinha em geral, com posições grandes em “plays” de inflação, com a visão de defender de eventuais altas adicionais de preço e de um BCB, até pouco tempo atrás, que parecia levemente leniente com o cenário de inflação.   O recente endurecimento do BCB em relação a política monetária, reforçado ontem no Relatório Trimestral de Inflação, aliado a nova met...

Daily News – Semana Importante.

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O final de semana foi de poucas novidades relevantes no cenário local ou global. A agenda da semana será agitada, com destaque absoluto para as reuniões do G20 , onde é esperado o encontro entre Trump e Xi e um eventual avanço, ou melhora, no relacionamento entre EUA e China . Nesta manhã, vemos uma recuperação dos índices futuro de bolsas dos EUA, após alguma correção observada no final da tarde de sexta-feira. Contudo, a manhã está sendo marcada por nova rodada de pressão negativa nas bolsas da Europa, além da alta do Ouro e das Cripto-moedas, em um sinal – na minha opinião – ainda preocupante para a saúde da economia global. Fonte: Bloomberg / The Market Ear Nesta frente, o IFO na Alemanha , um dos indicadores de confiança mais importantes de toda a Europa, apresentou mais um mês de queda, reforçando o cenário de fragilidade economia e sem nenhum sinal de estabilização do crescimento do país e da região. Neste ambiente, continuamos a observar re...

Brasil: Alianças políticas, meta de inflação e curva de juros.

A despeito das bolsas estarem operando próximos a estabilidade este momento, existem sinais de fragilidade nos mercados financeiros globais, com as commodities metálicas não preciosas em queda, o dólar forte e o fechamento das taxas de juros no mundo desenvolvido. A noite foi relativamente esvaziada de notícias. O oco do curto-prazo ficará por conta dos desenvolvimentos na Síria. A agenda do dia terá as vendas no varejo no Brasil e o Jobless Claims nos EUA como destaque. No Brasil, a mídia está reportando que o PSDB está avançando em uma potencial aliança com o PSC e PSD para as eleições de outubro, o que dá algum corpo a campanha de Alckmin para presidente. Segundo O Globo, o governo decidiu colocar a meta de inflação de 2021 em 3,75%, com uma banda de acomodação de 1,5%. Se confirmada a notícia, seria mais um impulso para o fechamento da inclinação da curva longa de juros no Brasil, que ainda apresenta formato excessivamente “steepado”. Continuo vendo mais valor na part...

Reflation -> Rate Normalization -> Higher Vol -> Risk Off?

Os ativos de risco basicamente mantiveram a trajetória que comentei pela manhã, com a diferença de uma queda nas bolsas globais e uma piora na percepção para os ativos de risco mais dependentes de liquidez, como algumas moedas e ativos emergentes em geral. O tema de normalização monetária coordena (“ rate normalization ”)  que comentei pela manhã, e o DB chamou de “Sintra Pact”, continua e, na minha visão, continuará a ditar a dinâmica dos ativos de risco. Enquanto não houver uma clareza maior em relação ao nível que as taxas de juros nos países desenvolvidos podem atingir (não as taxas básicas, oficiais, mas as taxas de mercado) e como será o processo de redução do balanço dos principais bancos centrais ao redor do mundo, estamos propensos a realizações de lucros, um ambiente de maior volatilidade e incerteza. Por ora, o cenário econômico segue relativamente estável e construtivo, no que o mercado deu a alcunha de “goldilocks”. Este cenário econômico costuma ser um ambien...

The Sintra Pact is Here!

Os ativos de risco estão dando continuidade aos movimentos verificados ontem. Destaque para a abertura das taxas de juros nos países desenvolvidos. As bolsas mostraram leve altas, assim como as commodities. O dólar opera em queda e os mercados emergentes aparentam estabilização. Os movimentos recentes podem ser caracterizados como uma alternância, talvez evolução, ao “ reflation ”. Na ausência de dados concretos de inflação mais elevada, contudo, o “ reflation ” parece ter dado lugar ao “ rate normalization ”. Caso os números econômicos continuem mostrando uma economia global saudável, sem sinais claros de desaceleração mais acentuada, com um mercado de trabalho em recuperação no mundo desenvolvido, e uma inflação ascendente, mesmo que gradualmente, parece que será suficiente para ao principais bancos centrais do mundo mantenham a postura recente visando uma normalização monetária. Tenho explorado bastante este tema em meus últimos comentários, já que vejo essa mudança de postura ...

Brasil: "No news is bad news..."

Os ativo de risco estão retornando do feriado prolongado sem grandes movimentações. Destaque apenas para um leve movimento de dólar forte no mundo e mais uma rodada de pressão sobre o preço das commodities, após uma pequena recuperação na semana passada. Na China, as bolsas locais apresentaram quedas substanciais, com o A-Shares caindo cerca de 2,5%. O CNY iniciou a semana em leve desvalorização contra o dólar americano. A iliquidez deste final de ano, na ausência de uma agenda econômica relevante, deixará os ativos de risco a mercê de fluxos pontuais, o que pode vir a acelerar e acentuar os movimentos de curto-prazo criando, até mesmo, distorções pontuais e localizadas em alguns ativos ao redor do mundo. A agenda nos EUA será esvaziada este começo de semana. No Brasil, o destaque ficará por conta do resultado primário do governo central em novembro. Esperamos um déficit em torno de R$20bi, contra expectativas em torno de um déficit de R$13bi. Como era de se esperar nest...

China: Forte queda na bolsa

O destaque da noite ficou por conta de uma queda rápida e acentuada das bolsas na  China , com o  Shangai Composite  caindo 7,4%. Este movimento está ajudando a dar um leve clima de aversão a risco aos mercados financeiros globais nesta sexta-feira, com o dólar forte, as commodities e bolsas globais em leve queda e com o ouro em alta, em um claro sinal de desconforto do mercado com relação a situação na China. Não há nenhum motivo específico para a queda da bolsa chinesa, mas uma rodada de IPO´s mau digeridos, aliada a incerteza em relação a política monetária que será adotada no país de agora em diante, e um cenário de aperto das condições financeiras locais são alguns dos vetores que ajudaram o movimento ao longo dos últimos dias. Vale a pena lembrar, também, que as bolsas do país apresentaram forte alta ao longo dos últimos meses, mesmo diante de fundamentos econômicos fragilizados. Neste ambiente, é natural que correções/realizações de lucro venham a ocorrer. Com...