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Mostrando postagens com o rótulo Copom

Daily News – Otimismo: Ciclo de Juros, Posição Técnica e Final de Trimestre

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Estamos abrindo o dia com forte alta das bolsas e das cryptos, a despeito de uma dinâmica de maior estabilidade nas moedas e nas taxas de juros.   Continuo vendo o momento atual como uma mistura de vetores que estão ajudando a dar suporte aos ativos de risco: Posição técnica saudável;   Estabilização (mesmo que pontual) do humor em relação ao sistema bancário; Aumento das expectativas da proximidade do fim do ciclo de alta de juros nas economias maduras; e um período de fim de trimestre.   Os ativos no Brasil têm se aproveitado também destes vetores descritos, especialmente nos últimos dias. Na semana passada, vi o movimento após a decisão do Copom, quando o Ibovespa caiu cerca de 3% como uma espécie de   “ capitulation *” na bolsa, o que costuma gerar um quadro técnico mais saudável.   * Capitulation means surrender, so in stock-market terms it is used to describe the point when investors throw in the towel and sell their investments. Capitulation ...

Daily News – Sem Piscar

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O Fed e o BCB entregaram decisões de política monetárias em linha com o que eu esperava (aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2023/03/daily-news-sobre-bancos-centrais-e-juros.html ), “sem piscar” para as pressões externas, mas com condições de contorno que valem ser mencionadas.   Nos EUA, o Fed elevou os juros em 25bps, sinalizou que está mais próximo do final do ciclo de alta de juros, mas que não vê nenhuma condições de cortes de taxa no horizonte relevante de tempo, como o mercado precifica neste momento.   A ênfase continua no enorme desafio de combater uma inflação alta, espalhada e persistente. Os problemas bancários serão tratados com medidas prudenciais e com instrumentos de liquidez.   Powell to markets: "We're not cutting rates this year." Markets to Powell: "Yes you are."   No Brasil, o BCB manteve os juros estáveis mas, ao contrário do que muitos imaginavam, não aliviou o seu discurso, mantendo um tom duro e alertando para os r...

Daily News – Don´t Fight The Fed

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A decisão do Fed ontem mostrou que o Comitê está disposto a seguir o seu “plano de voo” de juros mais altos, por mais tempo, para controlar a inflação nos EUA. Isso causou forte pressão negativa nos ativos de risco. Comentei a decisão mais a fundo aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1572648027608735750?s=20&t=FWWxtuSdGDkMhjBUk1FYOg .   Hoje pela manhã, o BoJ, no Japão, interveio no mercado de câmbio para frear a depreciação do Yen (JPY), o que está ajudando a dar algum suporte aos ativos de risco após uma noite de alta volatilidade.   A experiência histórica mostra que intervenções no câmbio ajudam a desacelerar a velocidade das tendências, mas dificilmente conseguem mudar dinâmica e direção dos movimentos, na ausência de mudanças de cenário.   No Brasil, o BCB manteve a Taxa Selic estável em 13.75%, com um discurso duro. Espero uma reação positiva da curva de juros (fechamento de taxa), assim como boa performance das ações cíclicas locais. Tenho uma...

Daily News – Inflação: Brasil & EUA

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Todas as atenções do dia estarão voltadas para a divulgação do Core CPI (núcleo da inflação) de julho nos EUA. Olhando a dinâmica recente de mercado, acredito que apenas um número muito mais alto do que as expectativas, e com um qualitativo muito ruim, será capaz de alterar a dinâmica mais positiva de curto-prazo.   Ainda me parece que teremos que conviver com inflação mais alta por mais tempo nos EUA (e no mundo), mas há questões técnicas, de valuation e posicionamento, que parecem estar dando suporte de curto-prazo às bolsas globais (não tanto as commodities e outras classes).   No Brasil, o IPCA de julho divulgado ontem mostrou uma esperada deflação, liderada por medidas promovidas pelo governo, como queda de impostos e uma queda no preço dos combustíveis. Olhando nos detalhes, ainda vemos uma inflação de Serviços elevada e núcleos relativamente altos:   A Ata do Copom mostrou um Comitê que não fechou as portas para novas altas na Taxa Selic, mas um viés em...

Daily News – Climbing the wall of worry – Part II

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Os mercados estão em uma narrativa de que o crescimento global será mais baixo, porém sem uma recessão iminente nos EUA. A inflação fez o seu pico e os bancos centrais não precisarão estender tanto o seus ciclos de aperto monetário.   Está interpretação, diante de preços, valuations e posição técnica mais atrativos, está dando sustentação à alta das bolsas globais, especialmente o setor de “crescimento” em detrimento aos setores mais “cíclicos” (como commodities).   A posição técnica ainda se mostra um vetor de suporte à “bear market rallies” como o que parece que estamos vivenciando:   A sazonalidade positiva do verão no hemisfério norte também é um vetor de suporte positivo aos ativos de risco.   O dólar voltou a subir no mundo, sustentando pela abertura de taxa de juros nos EUA. A indicação de membros do Fed de que o trabalho da política monetária ainda não está perto do fim deu ímpeto a este movimento.   No Brasil, como era amplamente esp...

Daily News – Crescimento: Final de ciclo?

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Após alguns dias de recuperação dos ativos de risco, os mercados estão operando em tom mais negativo essa manhã, após a Meta – holding do Facebook – anunciar resultados abaixo das expectativas e suas ações apresentarem queda de cerca de 20% no “pre-market”.   No Brasil, a quarta-feira também foi de realização de lucros, que comentei aqui: https://twitter.com/DanKawa2/status/1488988134427836422?s=20&t=CPhKMoUWEkKRMyafVwAVyw .   Ontem o Copom elevou a taxa Selic em 150bps para 10,25%, dentro das expectativas do mercado. O comunicado após a decisão sinalizou para um alta mais moderada na próxima reunião e foi percebido como um comunicado mais “dovish” (ou menos duro) por parte do mercado.   Há expectativas e algum “steepening” da curva de juros após a decisão. Com um ambiente ainda desafiador para o qualitativo da inflação, ainda espero uma Selic em torno de 12% ao longo do ano de 2022.   No campo econômico, o PMI na Área do Euro apresentou queda sup...

Daily News – Brasil: Rumo aos dois dígitos de juros.

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Os ativos de risco estão abrindo a manhã com leve viés negativo, após um começo de semana de rápida e acentuada recuperação. O destaque da semana, na agenda internacional, ficará por conta do Core CPI nos EUA amanhã pela manhã.   No Brasil, o Banco Central anunciou um aumento na taxa de juros para 9,25%, uma alta de 150bps, como era amplamente esperado. O comunicado após a reunião foi percebido como duro (“hawkish”) pela maioria do mercado, que espera um “bear flattening” da curva hoje. Tendo a concordar com essa visão de mercado. Segue a excelente pesquisa da BGC sobre a conclusão da reunião: Bom artigo do Valor sobre a decisão do Copom: https://valor.globo.com/financas/noticia/2021/12/08/analise-copom-endurece-para-vencer-batalha-pelas-expectativas.ghtml .   Na China, o CPI se manteve baixo e estável em novembro. O PPI apresentou arrefecimento e sinaliza para o fim do processo de alta e sinais de pico. A inflação no país não deve ser um problema para conduzir uma...

Daily News – Juros, Locais e Globais.

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Tivemos mais uma noite de queda das bolsas da Ásia. Os mercados na Europa operam próximos a estabilidade, enquanto vemos um tom positivo nos índices futuros americanos, ainda sustentados por uma temporada positiva de resultados corporativos.   No Brasil, o Copom anunciou um aumento de 150bps na Taxa Selic, para 7.75% e sinalizou nova alta na mesma magnitude na próxima reunião. Além disso, deixou claro a sinalização pela necessidade de juros terminais mais elevados.   O mercado precificava uma alta mais agressiva na parte curta da curva e esperada um discurso mais duro por parte da autoridade monetária. Assim, espero um “steepening” da curva de juros e pressão altista no câmbio.   Em meio a todo ruído econômico, está passando despercebido uma temporada de resultados, em geral, positiva para as empresas locais listadas na bolsa. No curto-prazo, fluxo e macro continuarão dominando a dinâmica de mercado, mas passado o “susto” inicial, devemos ver uma grande difere...

Daily News – Crescimento: Desaceleração cíclica ou estrutural?

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Os ativos de risco estão dando continuidade ao movimento de recuperação verificado ao longo da quarta-feira.   No Brasil, como era esperado, o Copom anunciou uma alta de 100bps na Taxa Selic para 6,25% e manteve um discurso sinalizando para a manutenção deste ritmo de alta de juros e uma taxa terminal restritiva visando levar a inflação para a meta. Ainda espero uma taxa terminal na ordem de 8,5%-9,0% no início de 2022.   A solução dos Precatórios ajuda a tirar um pouco do prêmio de risco dos ativos locais, mas ainda precisamos lidar com a crise hídrica e a inflação elevada.   Na Europa, o PMI de agosto apresentou quedas acima das expectativas do mercado, apontando para uma desaceleração da economia:   Uma acomodação do crescimento, para patamares ainda saudáveis, é natural e esperado após a alta quase que ininterrupta que vimos após a primeira onda da pandemia em março-abril do ano passado. Resta a dúvida de qual será a intensidade, magnitude e duraç...

Daily News – Política Monetária.

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Os ativos de risco estão abrindo a quarta-feira com leve viés negativo, a espera da divulgação dos dados de inflação (Core CPI) nos EUA. Este número será determinante para a dinâmica de curto-prazo do mercado. Por quê?   Com o Fed se tornando cada vez mais duro (“hawkish”) e sinalizando para o início de um processo de normalização monetária (redução do QE), uma inflação mais elevada pode levá-lo a antecipar ainda mais este processo ou fazê-lo de forma mais acelerado.   Como tenho insistido neste fórum há meses, a normalização monetária em si não leva necessariamente a realizações de lucro e quedas acentuadas estruturais dos ativos de risco.   Contudo, com muitos ativos com pouco prêmio de risco, em máximos nominais históricas, com valuations “esticados” e com posição técnica comprometida, uma mudança brusca de cenário pode causar espasmos de volatilidade e quedas rápidas e acentuadas de curto-prazo.   O grande risco ao cenário é uma inflação estrutura...