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Risk On!

O terça-feira foi um tanto quanto interessante. O dia foi marcado por um movimento global de “ risk-on ”, liderado por uma recuperação do mercado de crédito nos EUA. Neste momento, o HYG e JNK (ambos ETF e HY Bonds nas bolsas dos EUA) sobem mais de 1%, o que trouxe alívio as bolsas ao redor do mundo. O petróleo manteve a trajetória de alta verificada ontem, e opera em alta de 4% neste momento. O movimento positivo ao redor do mundo ajudou a dar suporte as taxas de juros nos EUA, as vésperas da reunião do FOMC. O dólar ficou mais forte contra G10, porém mais fraco como EM. O terça-feira foi o primeiro dia de alívio dos mercados após uma rodada rápida e acentuada de deterioração. Me parece cedo para afirmar que o pior tenha ficado para traz, mas os sinais de estabilização hoje são animadores. Por hora, contudo, a dinâmica dos ativos de risco me parece mais de um short squeeze pontual do que uma estabilização definitiva. Brasil – O destaque do dia ficou por conta de mais uma fas...

Relief Rally.

Os ativos de risco tiveram uma quinta-feira volátil e com movimentos diferenciados entre as classes de ativos e regiões. O mercado ainda parece um tanto quanto indeciso com relação ao cenário para os países desenvolvidos, enquanto o cenário para a China e os países emergentes permanece desafiador. O dia foi de dólar fraco em grande parte do mundo, com as commodities em alta, lideradas pelos metais preciosos. Os bonds nos países desenvolvidos apresentaram fechamento de taxas, com as bolsas apresentando pressão ao longo de grande parte do dia. O “ relief rally ” dos ativos no Brasil acabou ajudando a classe de emergentes como um todo. A noite teremos o discurso de Yellen, que deveria manter, a grosso modo, o texto base utilizado após a decisão do FOMC. Qualquer mensagem diferente será lida como uma maneira de Yellen desfazer a interpretação confusa deixada no mercado após a decisão do Fed. A divulgação do CPI no Japão poderá ser determinante para a política monetária de curto-prazo...

Update

O dia foi marcado pela divulgação das vendas no varejo de março nos EUA e de fevereiro no Brasil. Nos EUA, as vendas no varejo ficaram abaixo das expectativas do mercado, mostrando um consumo ainda modesto neste inicio de ano, surpreendendo aqueles que acreditavam que a queda no preço do petróleo, a melhora no mercado de trabalho e o aumento da renda disponível via efeito renda e efeito riqueza fossem estimular o consumo norte americano no decorrer do ano. Ainda parece cedo para abandonar por completo este cenário, mas o crescimento mais brando neste inicio de ano dá tranquilidade para o Fed agir de maneira parcimoniosa na condução do começo de um processo de alta de juros. O mercado precifica hoje uma probabilidade de cerca de 70% de uma alta de juros de 25bps em setembro, e um pouco mais de uma alta de 25bps durante todo o ano, o que já parece bem ajustado para o cenário descrito acima. Na minha visão, o Fed não terá pressa em iniciar o processo, mas existe grande disposição do comi...

Update

Brasil – Minha impressão e de que Tombini está tranquilo com o programa de swaps cambiais e suas rolagens. Na atual conjuntura, o movimento global do USD, e o quadro político local, são mais importantes para o BRL do que a extensão (ou não) dos swaps diários. As rolagens devem continuar. A mensagem mais importante de Tombini, a meu ver, se refere a política monetária. O BCB está absolutamente tranquilo com o cenário desafiador de curto-prazo o que, na minha visão, descarta totalmente a  necessidade de uma aceleração da alta de juros. Ainda vejo um BCB em busca de uma janela para encerrar o ciclo de alta da Selic. Segundo Tombini, já em abril, as inflações mensais apresentarão recuou em relação as altas recentes. Além disso, Tombini disse que o BCB deve se manter “vigilante” e não “especialmente vigilante” no tocante a inflação. Minha impressão ainda é de um ciclo de, no máximo, uma alta de 50bps e outra de 25bps nas próximas duas reuniões do Copom, salvo uma piora no quadro polí...

Brasil em Foco

O final de semana trouxe alguns desdobramentos que podem ser importantes para os mercados globais, as vésperas de uma semana onde teremos na agenda as eleições na  Grécia  e a reunião do  FOMC  nos EUA como os principais eventos a serem monitorados. Abaixo, segue uma breve análise dos últimos acontecimentos no  front  econômico e político, nos Brasil e no mundo: Brasil –  Nos últimos dias, 3 eventos merecem destaque no cenário local: (1) o discurso de Tombini em Davos, (2) o crescente risco de racionamento, (3) uma possível declaração de apoio de Dilma aos ajustes econômicos. Vamos a cada um deles: - Em Davos, Tombini concedeu entrevista coletiva para a imprensa nacional na sexta-feira. Pelo o que vem sendo reportado na mídia, tendo a acreditar que o viés de suas declarações seja  dovish  para a política monetária. Na minha visão, o principal ponto de suas declarações ficou por conta da complementaridade entre política fiscal e monet...

Desinflação na China

Os ativos de risco estão passando por um período claro de ajustes de posições. O  price-action  dos mercados ontem demonstrou que as posições consensuais dos últimos meses começaram a mostrar desempenho pífio, causando movimentos mais acentuados e descorrelacionados em todas as classes de ativos ao redor do mundo. Como comentei neste fórum onte,  “os riscos e ruídos de curto-prazo para os mercados financeiros globais estão se acumulando. Em um período de final de ano, onde a liquidez é escassa, e a propensão a tomar risco naturalmente menor do que no resto do ano, o aumento da incerteza está levando a um movimento de perda de correlação dos ativos e claro movimento de redução ou zeragem de posições.” Ratifico minha visão de que  “não há mudança substancial de cenário que justifique uma alteração drástica das tendências que vinham se desenhando já há alguns meses (USD forte, abertura de taxa de juros nos EUA, queda no preço das commodities, entre outras). Contudo...

Brasil

Todas as atenções estarão voltadas para a pesquisa Ibope agendada para o JN de hoje, assim como para o IPCA de julho, marcada para amanhã pela manhã. Uma pesquisa Ibope favorecendo a oposição me parece hoje a única maneira de diferenciar os ativos locais da aversão a risco que ocorre no resto do mundo ao longo de toda essa semana. Meu viés é de acreditar que os novos escândalos da CPI da Petro deveriam favorecer, mesmo que marginalmente, a oposição. Juros –   A mensagem de Carlos Hamilton hoje, assim como a de Tombini e Awazu nos últimos dias, me pareceu bastante clara: não há qualquer intenção em promover uma queda de juros no curto-prazo. O cenário base continua sendo de juros estáveis no horizonte relevante de tempo. Contudo, a assimetria hoje me parece de novas altas de juros, e não uma inversão do ciclo. O movimento do BRL será determinante neste processo. Neste ambiente, não gosto mais de estar aplicado na parte curta da curva. Para posições buscando mudanças políticas...