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Mostrando postagens com o rótulo Minutas do FOMC

Daily News – Brasil: Fiscal segue dando a tônica (negativamente).

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Os ativos de risco estão abrindo a manhã em tom negativo, dando sequência ao movimento iniciado na tarde de ontem. Ao que parece, o mercado ficou decepcionado com as Minutas do FOMC, em que não houve sinalização de medidas adicionais de suporte à economia no curto-prazo.   No geral, contudo, a "novidade" do mercado nos últimos dias ficou por conta de dados de inflação mais altos ao redor do mundo; leilões de Treasury com baixa demanda nos EUA; e aumento de taxa dos juros nos EUA (com consequente queda dos metais preciosos).   Repito o que falei semana passada: Se isso for pontual, será apenas uma fase rápida de mercado. Se for uma nova tendência, poderá ter reverberações importantes no cenário, no preço dos ativos e nas alocações.   Este parece ser o tema do momento no cenário internacional.   Alguns riscos ainda existem, com o mercado em preços menos óbvios, o que justifica um curto-prazo de maior volatilidade, menos tendência altista e alguma real...

Flash News – Fed, IPCA e Previdência.

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A quarta-feira foi de “risk-on” generalizado, após Powell e as Minutas do FOMC confirmarem a tendência a uma queda de juros na próxima reunião do FOMC. A curva já precifica cortes da ordem de 100bps nos próximos meses, o que leva à necessidade de quedas ainda mais agressivas para surpreender o mercado. De qualquer maneira, continuamos em um ambiente de manipulação de preços por parte dos Bancos Centrais. Estamos naquele momento em que o mercado acredita que a atuação dos BCs será suficiente e poderosa para reverter o cenário de desaceleração global do crescimento. Se a desaceleração for "para valer", isso será brutalmente revisto nos próximos meses. Se os BCs forem de fato poderosos em reverter à desaceleração global, poderemos ter um dos anos mais positivos para desempenho dos ativos de risco na última década. Olhando de hoje, me parece cedo para apostar nisso, nestes níveis de preço, falando em ativos internacionais. O mercado ao redor do mundo já precific...

Reforma da Previdência e Minutas do FOMC.

Dois eventos marcaram o dia. No Brasil, Bolsonaro apresentou ao Congresso a Reforma da Previdência. O texto parece bastante abrangente e durO, dentro do que vinha sendo ventilado na mídia. A despeito da direção correta, o mercado teve mais um dia de realização de lucros. A dinâmica está bastante em linha com o que comentei aqui no inicio da semana (vide aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2019/02/brasil-politica-ganha-os-holofotes.html ). A recuperação dos ativos locais foi em muito ajudada pelo ambiente externo. A agenda de reformas precisa avançar para que o país fique blindado de choques externos. Receio que podemos passar por um momento de maiores turbulências. Ainda não alterei minha visão construtiva de longo-prazo para o Brasil, mas o curto-prazo me preocupa um pouco. A grande questão hoje é quanto tempo levará para aprovação da Reforma, qual a real articulação do governo e quão desidratada o texto base ficará no final do processo. Mantenho visão est...

Minutas do FOMC confirmam mudança de tom.

As Minutas do FOMC, na minha visão, confirmam uma mudança clara de tom por parte do Fed. Em comparação com as Minutas recentes, e com os discursos recentes, percebo um aumento do número de participantes desconfortáveis com alguns sinais da economia, especialmente global, e de alguns movimentos dos ativos de risco como um todo. O Fed está dependente dos dados, muito mais do que antes, mas há uma mudança de tonica que não pode ser ignorada. As Minutas de hoje reforçam os meus comentários recentes ( https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/11/year-end-rally-configurado-e-reforcado.html e https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/11/a-janela-de-oportunidade-continua.html ). Separei alguns destaques abaixo: Based on recent readings on spending, prices, and the labor market, participants generally indicated little change in their assessment of the economic outlook, with above-trend economic growth expected to continue before slowing to a pace closer to trend over the medium t...

Sem alívio por parte do Fed.

No cenário externo, o destaque ficou por conta das Minutas do FOMC. O documento confirmou as sinalizações recentes do Comitê. De maneira geral e resumida, a economia dos EUA continua mostrando desempenho positivo, o mercado de trabalho está no pleno emprego, com o hiato do produto fechado e com acumulo de pressões inflacionárias. Neste ambiente, é necessário continuar em um processo gradual de normalização monetária. Se o mercado esperava (ou espera) algum alívio nesta frente, ou seja, uma pausa no processo de normalização monetária dos EUA, não me parece que seja o caso, pelo menos neste momento. Muito pelo contrário, vemos um cenário bastante parecido começando a surgir em outros países e regiões do mundo. Assim, mantenho meu cenário base de que estamos no meio de um processo estrutural de normalização monetária global, que deve reduzir a liquidez no mundo, criando momentos de maior incerteza, volatilidade e turbulência para os ativos de risco em geral. No Brasil, os at...

Brasil: Algumas incertezas ainda persistem.

Os ativos de risco estão abrindo o dia com leve viés negativo, após o forte movimento positivo de ontem. Interessante observar que mesmo após uma alta entre 2,5% e 4% dos índices de bolsa dos EUA na terça-feira os mercados na Ásia apresentaram recuperação apenas branda, com os bolsas subindo menos do que 1%. O destaque do dia ficará por conta das Minutas do FOMC nos EUA. Não vi nenhuma notícia relevante ou nova para Brasil nas últimas horas, exceto pelo Senado rejeitar o projeto de privatização da Eletrobrás. Os planos econômicos de Bolsonaro ainda são uma grande incógnita, a despeito do otimismo do mercado, e sua implementação uma incerteza ainda maior. Segundo o Valor Econômico: https://www.valor.com.br/politica/5930543/bolsonaro-diz-nao-dar-cavalo-de-pau-na-gestao-economica .

Dólar forte e pressão nas commodities. Sintomas de uma mesma "doença".

O destaque desta manhã está por conta de mais uma rodada de alta do dólar, pressão nas commodities e depreciação dos ativos emergentes. Na minha visão, estes movimentos são apenas sintomas da mesma “doença”, ou seja, do processo de normalização monetária nas economias desenvolvidas, com o Fed, nos EUA, sendo o banco central em estágio mais avançado neste processo. Como as Minutas do FOMC ontem apenas reforçaram a manutenção deste ambiente ( https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/08/brasil-volatilidade-alta-deve-continuar.html ), não me parece haver motivos para alterar de forma estrutural este pano de fundo. Uma eventual melhora da posição técnica e nos preços e valuation pode gerar “relief rallies” pontuais, mas sem a alteração definitiva do pano de fundo descrito acima, estes vetores serão capazes de estabilizar os mercados apenas de maneira pontuais e pouco acentuadas, como vimos no caso do dólar nos últimos dias. Continuo posicionado para este ambiente com portfólios mais ...

EUA - Minutas do FOMC: Alguns comentários.

As Minutas do Fed mostram um Comitê mais convicto no cenário de recuperação do crescimento, mais preocupado com o aperto do mercado de trabalho e do nível de preço dos ativos financeiros, além de mais confiante da evolução dos “custos do trabalho”. Abaixo, compilei algumas passagens que mostram que as expressões utilizadas pelos mais hawkish apontam para uma quantidade maior de participantes do que as expressões utilizadas pelos participantes mais dovish. De maneira geral, achei as Minutas em linha com os dados recentes e um pouco mais hawkish, abrindo espaço para mais altas de juros este ano. O mercado, por ora, está reagindo como se as Minutas tivessem sido mais dovish. Consigo explicar este movimento como: (1) Um risco que talvez tenha saída da frente no curto-prazo, (2) O mercado esperava algo mais hawkish ainda, ou (3) reação pontual, puxadas por fluxos pontuais e “robôs). As Minutas em nada alteram meu cenário base. Os mercados financeiros globais me parecem estar p...

Commodities & Fed.

O dia foi marcado por três eventos relevantes. Primeiro, a queda superior a 4% no preço do petróleo . A notícia de que a Rússia se opõe a qualquer debate para cortes adicionais de produção pela OPEP foi um vetor determinante para a dinâmica de hoje. O anuncio de que a Volvo pretende implantar motores elétricos em todos os seus veículos até 2019 foi outro vetor que ajudou a colocar pressão no preço do petróleo. Entendo que a volatilidade diária no preço do petróleo afeta o humor de curto-prazo dos mercados, mas enquanto se mantiver relativamente estável, acima de $40 (WTI), difícil ver impactos adicionais do preço para o cenário econômico. Segundo, as commodities metálicas apresentaram uma nova rodada de queda de preços. Em alguns casos, níveis técnicos importantes estão sendo testados. A queda de preços parece ser fruto de questões de oferta, além das expectativas de redução da liquidez global, e não um sinal mais preocupante em relação ao crescimento da economia mundial. ...

FOMC Minutes: All eyes on the employment!

Aproveito o momento de poucas mudanças de cenário para apresentar alguns eventos específicos que estão afetando os ativos de risco neste início de ano. Nos EUA , as Minutas do FOMC me pareceram neutras em relação as informações que já existiam no mercado. Em resumo, mantidas as atuais condições, o processo de alta de juros deverá seguir ao longo de 2017. Existem riscos para ambos os lados (mais altas de juros ou menos altas de juros), mas crescem os riscos da necessidade de altas mais agressivas de juros nos próximos meses. A passagem das Minutas que mais me chamou a atenção, e que coloca um enorme peso de importância nos próximos dados de emprego do país, foi a seguinte: Several members noted that if the labor market appeared to be tightening significantly more than expected, it might become necessary to adjust the Committee’s communications about the expected path of the federal funds rate, consistent with the possibility that a less gradual pace of increases could becom...

FOMC Minutes

O destaque do dia ficou por conta das Minutas do FOMC. Precisamos ler as Minutas de duas formas: 1 – Em relação aos comentários de Dudley e Lockhart ontem, as Minutas foram mais dovish do que suas declarações, mostrando um comitê bastante divido, mas sem nenhuma pressa em dar continuidade ao processo de alta de juros; 2 – Em relação a precificação do mercado, que embute probabilidade em torno de 20% de uma alta de 25bps na reunião do FOMC do setembro, e menos de 50% de probabilidade de uma alta este ano (e em torno de 1 alta de 25bps em todo o ano de 2017), eu concluiria que as Minutas foram neutras. Vale lembrar que após a última reunião do FOMC tivemos mais um dado bastante robusto de emprego, além de sinais mais animadores no tocante ao crescimento americano, o que pode explicar o tom mais otimista no discurso de Dudley ontem. Eu vejo grandes obstáculos para uma alta de juros em setembro, mas embutiria uma probabilidade em torno de 30%, com as chances de mais uma alt...

Fed em Foco.

As minutas do FOMC reforçaram a mensagem emitida por membros do Fed nos últimos dias, ou seja, o processo de normalização monetária no país continua “vivo”, e uma alta de juros não pode ser descartada no curto-prazo. Podemos classificar as Minutas como mais hawkish do que as expectativas do mercado. Os ativos de risco, assim, reagiram de acordo, com um movimento global e generalizado de dólar forte, alta nas taxas de juros dos EUA, pressão nas commodities e nos ativos emergentes. Até este momento, as bolsas globais apresentam reação um pouco mais mista. Interessante observar que houve uma relevante reprecificação da política monetária dos EUA nos últimos dias, com o mercado já precificando em torno de uma alta total de 25bps para este ano, mas um processo ainda extremamente gradual no futuro próximo (vide gráfico abaixo). No Brasil, os ativos locais seguiram o humor externo (vide comentário de hoje cedo, reproduzido abaixo). Além disso, começam a surgir diversos ruídos (ou “b...

Update

A quarta-feira foi de poucas novidades no ambiente externo. Em relação as Minutas do FOMC nos EUA, na minha visão, a passagem mais interessante ficou por conta da visão de Emprego e Inflação do Comitê, as duas variáveis que são os principais “targets” para o Fed. Como já era amplamente esperado, até pelas sinalizações nos discursos recentes de membros da instituição, o Fed não alterou substancialmente seu cenário. Junho ficou cedo para uma alta de juros, mas o FOMC será dependente dos dados. Setembro segue na mesa. O mercado precifica cerca de 50% de probabilidade de alta em setembro, o que parece “fair” hoje, vis-a-vis os dados que temos em mãos. Dados mais fortes nas próximas semanas, contudo, podem vir a elevar essa probabilidade. Tenho mudado um pouco minha cabeça em relação ao cenário para os ativos de risco em um eventual começo do processo de alta de juros nos EUA. Com o importante discurso do ECB ontem, onde efetivamente mostrou incomodo com a abertura de taxa de juros na ...

USD forte

A noite foi relativamente tranquila e sem novidades relevantes ao cenário. O destaque ficou por conta da divulgação do PIB do 1Q no Japão , que apresentou alta de 0,6% QoQ, acima das expectativas de alta de 0,4% QoQ. Hoje pela manhã os ativos de risco operam próximos a estabilidade, com destaque apenas para o movimento de fortalecimento do USD ao redor do mundo. Na agenda do dia, as Minutas do FOMC , nos EUA, serão o foco desta quarta-feira. O Housing Starts, em abril, nos EUA, apresentou alta de 20% MoM, atingindo o patamar de 1135 mil unidades, maior nível desde de 2007.  O número deve dar sustentação a tese de que a fraqueza da economia no primeiro trimestre do ano foi fruto de questões estatísticas (Fed São Francisco) e pontuais, como o clima e a greve dos portos da região oeste do país. Espero que o USD fica mais suportado no curto-prazo, sendo sustentado por uma nova abertura de taxa de juros nos EUA. As commodities e os ativos emergentes, em geral, podem ter uma jan...

Fed em foco

Os ativos de risco estão abrindo a quinta-feira com leve viés negativo. As bolsas na Europa e EUA operam em queda. O Petróleo apresenta forte pressão, caindo 4% neste momento. O USD não apresenta tendência definida, caindo contra alguns pares, mas apresentando alta contra outros. As taxas de juros americanas apresentam fechamento de taxas, o que está ajudando a dar um tom mais positivo para o mercado de juros emergente, assim como para a maioria das moedas emergentes. Os ativos na Grécia se encontram próximos a estabilidade, a despeito das incertezas que ainda pairam sobre as negociações entre o país e seus credores. A agenda do dia será mais esvaziada, com destaque para o Jobless Claims e Philadelphia Fed nos EUA. No Brasil, a agenda traz IPC-S e a segunda prévia do IGP-M. Brasil –  Em sua turnê pelos EUA, com intuito de esclarecer as medidas que vem sendo adotadas no país, Joaquim Levy vem mantendo um tom austero e coerente sinalizando, inclusive, com a possibilidade de ...

Minutas FOMC

Abaixo, fiz uma breve compilação de trechos das Minutas do FOMC  que julgo serem importantes para o debate de política monetária no país. Acredito que as Minutas foram mais dovish vis-à-vis os últimos comentários de membros do Fed. Além disso, desde a último reunião, tivemos novas evidencias de acomodação do crescimento, assim como novos sinais de que a inflação ficará mais baixa por tempo ainda mais prolongado do que o imaginado. A divulgação do Core PPI hoje apenas confirmou este cenário. Acredito que a probabilidade de alta de juros em junho tenha se reduzido após as Minutas e aos últimos números de atividade e inflação no país. Contudo, o Comitê permanecerá “data dependente”, ou seja, caso a acomodação do crescimento e da inflação se mostrem pontuais, ainda existe a disposição por parte do FOMC em começar um processo de ajuste de juros o quanto antes. As Minutas deveriam dar ímpeto ao movimento de acomodação/consolidação do USD ao redor do mundo. Além disso, podemos t...

Resumo pós-Carnaval

Devido ao feriado de carnaval, tive problemas de conexão de internet, o que impossibilitou que alguns de vocês recebessem os update de mercado nos últimos dias. Abaixo, segue uma breve compilação, em ordem cronológica decrescente, dos comentários enviados neste período: Após uma noite tranquila, os ativos de risco operam sem grandes movimentações essa manhã. Destaque para a alta nas bolsas da Europa, ainda reflexo do fluxo positivo de notícias em torno da Grécia na tarde de ontem, e um leve viés de fortalecimento do USD, em uma postura defensiva do mercado as vésperas das Minutas do FOMC. A agenda do dia será relevante, com foco total nas Minutas do FOMC nos EUA. Será importante observar o tamanho do desconforto do comitê em torno da alta do USD e da inflação baixa, em grande parte fruto da acentuada queda no preço do petróleo. Caso esses vetores sejam vistos como apenas questões pontuais, e de pouco impacto econômico concreto para a economia americana, com a maioria dos membros d...