Brasil: Nota de crédito rebaixada.
No início da noite de ontem a agencia de rating S&P anunciou o corte da nota de crédito do país. Na minha visão, a medida é de certa forma esperada. Dado o atual nível de preço dos ativos locais, um pouco “esticados”, e a posição técnica, um pouco mais comprometida, poderemos observar alguma reação negativa na abertura do mercado. Olhando à frente, contudo, não vejo este evento como um “game changer” para a dinâmica dos ativos locais. A mudança da nota de crédito de um país, quando ele sai de “Investment Grade” para “Junk Bond” costuma ser relevante, pois altera a “piscina” de investidores aptos a alocar naquele ativo. Quando um ativo já é “Junk Bond” e apenas tem sua nota rebaixada, isso pouco altera os fluxos para este ativo. No limite, o rebaixamento pode até ser positivo, pois mostra ao Congresso a necessidade e a urgência na aprovação de reformas estruturais, tirando a leniência de curto-prazo com o cenário cíclico mais positivo, até mesmo para as contas públicas. No fina...