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Brasil: Nota de crédito rebaixada.

No início da noite de ontem a agencia de rating S&P anunciou o corte da nota de crédito do país. Na minha visão, a medida é de certa forma esperada. Dado o atual nível de preço dos ativos locais, um pouco “esticados”, e a posição técnica, um pouco mais comprometida, poderemos observar alguma reação negativa na abertura do mercado. Olhando à frente, contudo, não vejo este evento como um “game changer” para a dinâmica dos ativos locais. A mudança da nota de crédito de um país, quando ele sai de “Investment Grade” para “Junk Bond” costuma ser relevante, pois altera a “piscina” de investidores aptos a alocar naquele ativo. Quando um ativo já é “Junk Bond” e apenas tem sua nota rebaixada, isso pouco altera os fluxos para este ativo. No limite, o rebaixamento pode até ser positivo, pois mostra ao Congresso a necessidade e a urgência na aprovação de reformas estruturais, tirando a leniência de curto-prazo com o cenário cíclico mais positivo, até mesmo para as contas públicas. No fina...

Brasil: Solução via TSE ganha força.

Na noite de ontem a Moody´s reduziu o rating da China em um grau. A medida teve pouco impacto sobre o preço dos ativos. Segundo o Citibank: Moody’s downgraded China’s sovereign credit rating, but outlook was changed from negative to stable — The rating is downgraded by one notch from Aa3 to A1 today, a first since 1989, on China’s rising debt problem and slowing economic growth. The rating agency was concerned over the lack of progress in China’s SOE and financial system, rising economy-wide debt levels and large contingent liabilities associated with various levels of the government. However, the short-term outlook has been changed from negative to stable, as the risks are balanced at the A1 rating level. No Brasil , os jornais de hoje estão dando força a tese de que a cassação da Chapa Dilma-Temer no TSE poderá ser a saída mais honrosa para Temer, além de ser um processo que poderá ser relativamente rápido e pouco traumático ao país. Assim, nos bastidores de Brasília, já começ...

[Update] Brasil: Investment Grade em xeque.

A terça-feira está sendo de correção técnica por parte de algumas classes de ativos. A bolsa brasileira apresenta forte alta, após testar importantes suportes gráficos para os índices locais em dólar; o BRL segue sua tendência de depreciação, acentuada pelo vencimento de cerca de US$4bi que o BCB não irá rolar de swap este mês, em um ambiente em que o mercado já se mostra menos alocado na compra do dólar (ver posições dos estrangeiros na BMF).  O dólar no mundo apresenta fraqueza desde a tarde de ontem, com as commodities tendo um dia de alta. Acho interessante observar como o EUR ganhou, definitivamente, o status de “ funding currency ”, apreciando em períodos de “ risk-off ” e depreciando em dias de “ risk-off ”. Nas últimas semanas, sem uma direção mais clara dos ativos de risco globais, a moeda parece ter se estabilizado em torno de 1,10. Não alterei minha visão em relação aos mercados. Acho prudente estar menor na posição comprada em dólar, apenas para proteger ganhos re...

Brasil: Investment Grande em xeque.

A despeito de mais um dia de queda nas bolsas da  China , com o Shangai Composite caindo 1,7%, os ativos de risco estão dando sinais de estabilização. A terça-feira esta começando com uma alta nas bolsas globais, aliada a um enfraquecimento do dólar no mundo, uma abertura de taxas de juros nos países desenvolvidos e um desempenho misto para as commodities. Na  Inglaterra , o PIB do 2Q apresentou alta de 0,7% QoQ e 2,6% YoY, mostrando um patamar robusto de crescimento no país, e elevando a probabilidade do começo de um processo de alta de juros mais cedo do que tarde. Na  Itália , o Consumer Confidence de julho caiu de 109,3 para 106,5 pontos, com o Business Confidence saindo de 103,9 para 103,6 pontos, ambos abaixo das expectativas do mercado. É natural supor que os ruídos políticos provenientes da Grécia tenham afetado negativamente o humor dos empresários e consumidores dos países da periferia da Europa ao longo do mês, mas não alteram significativamente o cená...

China em Foco

A despeito de um fraquíssimo HSBC Flash PMI na  China , divulgado na noite de hoje (mais detalhes abaixo), os ativos de risco estão mantendo um tom de menor volatilidade e maior tranquilidade com relação a perspectiva de alta de juros nos EUA. Acredito que apenas uma surpresa positiva da inflação no país, com o Core CPI agendado para ser divulgado ainda esta manhã, será capaz de inverter essa tendência de realização de lucros das tendências recentes. Na agenda do dia, destaque absoluto para o Core CPI nos EUA. Nos Brasil o foco ficará por conta dos dados de arrecadação de fevereiro, agendados para a tarde de hoje. Vale lembrar que há rumores de que os números fiscais, na margem, já mostram sinais de recuperação. No mês passado, a despeito de uma arrecadação em linha com a expectativas, o superávit primário surpreendeu positivamente as expectativas do mercado. Brasil –  A agencia de risco S&P manteve a nota de crédito do Brasil, e sua perspectiva, estáveis, retiran...

Petrobrás: Sem o grau de investimento

O destaque da noite ficou por conta da leve recuperação do HSBC Manufacturing PMI da  China , que saiu de 49.7 pontos, para 50.1 pontos, acima das expectativas de 49.5 pontos. O número é o primeiro sinal de estabilização do crescimento que observamos no país em cerca de 4 meses. Ainda me perece cedo para afirmar que entramos em uma tendência maior de recuperação da economia do país, mas o número divulgado na noite de ontem deve ser lido positivamente pelo mercado, já que mostra uma estabilização da economia, em um ambiente onde estamos verificando sinais positivos de crescimento em outras regiões do mundo, como é o caso da Europa e do Japão. No  Brasil , o  rating  da Petrobrás foi cortado para  Junk Bond  pela agencia Moody´s, o que em parte já era esperado pelo mercado. O CDS de 5 anos da empresa já vinha operando acima de 500bps, patamar compatível com  rating  de empresas sem o grau de investimento. A ação da PBR opera em queda de 1% no ...