Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Swap Cambial

Leve "risk-off". BCB anuncia continuidade das intervenções cambiais.

Os ativos de risco estão abrindo essa manhã com leve vié de “ risk-off ”, com destaque para uma pequena queda das bolsas e uma pressão no mercado de commodities. As taxas de juros nos países desenvolvidos operam em baixa e o dólar apresenta desempenho mai misto neste momento. Segundo a mídia internacional, o Governo dos EUA irá anunciar hoje a imposição de tarifas de importações em cerca de 800 a 900 produtos de um total de US$50bi, de transações com a China . Caso isso se confirme, é esperado que a China reaja de maneira rápida e similar, impondo medidas recíprocas. Este seria mais um perigoso passo para uma possível “guerra comercial”. Por mais que o mercado ainda veja essas ações apenas como meios de se conseguir melhores condições comerciais, este tipo de postura aumenta, sobremaneira, a probabilidade de um erro de política comercial, com impactos negativos sobre a atividade e altistas sobre a inflação. No Brasil , o BCB anunciou que irá vender, no mínimo, na semana que vem ...

Big Week Ahead!

Estive hoje pela manhã participando de um evento com investidores institucionais e assessores de investimentos na região nordeste do país. Minha impressão mais importante é que estes investidores estão, grosso modo, alocados no mercado de renda fixa (Fundos Prefixados, NTN-F, NTN-B e afins) e em situação delicada. As dúvidas giram em torno de: (1) manter a posição e esperar melhor ponto de saída ou (2) zerar a posição o mais rápido possível. De maneira geral, não vejo nenhum apetite para o aumento de exposição, pelo menos sem uma mudança radical de cenário local e externo. Este panorama está totalmente em linha com o que tenho incessantemente debatido neste fórum nas últimas semanas. Para não soar repetitivo, minhas observações podem ser revisitadas aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/ . Quanto ao cenário, vi poucas novidades desde sexta-feira. No Brasil , o destaque ficou por conta da pesquisa Datafolha. Eu não sou analista político e acredito que não tenho nenhuma vantag...

Sinais de estabilização, mas com sinais ainda de fragilidade. Cautela ainda é necessária.

Os mercados globais mostraram alguns sinais de estabilização ao longo do dia, mas ainda com diversos sinais negativos em alguns ativos, como os mercados emergentes (em especial Argentina e Turquia). No Brasil, a produção industrial de março apresentou queda de 0,1% MoM contra expectativas de alta de 0,5% MoM. Este número se soma a uma série de outros indicadores de crescimento mais negativos e abaixo das expectativas, como tenho alertado nas últimas semanas. Ainda vejo um cenário de recuperação gradual do crescimento, mas com um crescimento do PIB em que os 2,5% se apresentam mais como um teto, do que como um piso ou um cenário base. Para o crescimento da economia. Continuo vendo o cenário local e externo com cautela. Com as eleições se aproximando no Brasil, vejo com dificuldades uma aceleração mais acentuada do crescimento nesta fase do ciclo eleitoral. Sigo com poucas alocações relevantes em Brasil. Por ora, ainda vejo um cenário de “range”, mas com o acumulo de vetores qu...

Fed, Swap Cambial e baixa inflação na Europa.

Os ativos de risco estão abrindo a quarta-feira em tom mais positivo. Na tarde de ontem, o Fed anunciou sua decisão de política monetária, em que manteve a taxa de juros inalterada, como era amplamente esperado. O FOMC , contudo, promoveu uma pequena alteração em seu comunicado, para sinalizar que a inflação está mais perto de sua meta “simétrica” de inflação de 2%. Esta mensagem foi lida como um sinal de conforto por parte do Comitê que, caso a inflação suba acima de 2%, porém não muito acima, isso não implicaria em uma mudança de postura por parte do FOMC. Assim, se mantém o cenário de cerca de 3 a 4 altas de 25bps nas taxas de juros nos EUA nos próximos anos. Apenas uma mudança drástica de cenário levará o Fed a alterar sua rota de normalização monetária. Na minha visão, a decisão de ontem em nada altera o cenário base e os cenários de “risco” alternativos. Entendo que a decisão retira algum risco de cauda do curto-prazo, o que pode dar algum alívio pontual a um mercado exces...

Dia de agenda cheia. Brasil: Previdência, Swaps Cambiais e Fluxos.

Os ativos de risco operam próximos a estabilidade, em um dia de agenda bastante relevante. Destaque para a votação da Reforma Tributária nos EUA. Caso a Reforma não avance, os movimentos dos últimos dias, como alta da bolsa, rotação entre os setores, abertura de taxas de juros, podem acabar sendo revertidos. A passagem da Reforma reforçaria o cenário de “Reflation” para o final do ano, liderado pelos EUA. Outros dados serão importantes, como o ISM Manufacturing, mas muito menos relevantes do que a aprovação (ou não) da Reforma Tributária. No Brasil, o dia será de divulgação do PIB. Mesmo sendo um número que traz uma fotografia “atrasada” da economia, diante da amplitude de evidências de recuperação do crescimento, do emprego e da renda, nas últimas semanas, costuma ser um número muito observado pelo mercado. Em relação à Reforma da Previdência, a mídia definitivamente adotou um tom mais negativo com relação às perspectivas de aprovação este ano. De qualquer maneira, o mercado ...

Mercados Globais - Brasil: Cenário político de volta ao foco.

Na sexta-feira a dinâmica dos ativos de risco ao redor do mundo se manteve, praticamente, inalterada, mas com alguns sinais que valem ser mencionados. Primeiro, a tendência de fortalecimento do dólar no mundo continuou, suportado por mais uma rodada de abertura das taxas de juros nos EUA, com movimentos clássicos de “bear steepening”. O mercado de renda variável norte americana encontra-se perto dos picos históricos, mas com rotações extremamente agressivas entre setores e empresas específicas.   Contudo, alguns movimentos sofreram algumas alterações. O mercado de commodities parece passar por um ajuste pós-Trump. As commodities metálicas dão sinais de fadiga, enquanto o petróleo voltou suas atenções para as esperanças de um acordo de corte de produção por parte da OPEP.   Nos mercados emergentes, vimos um melhor desempenho por parte dos ativos de alguns países, em especial, do Brasil. Ao que tudo indica, a postura mais proativa do BCB nos leilões de swap cambiais e d...

EM Relief / Brasil: Antes tarde do que nunca!

Os ativos de risco estão abrindo a terça-feira em tom positivo. Agora pela manhã, em dia de feriado no Brasil, estamos observando um movimento de enfraquecimento do dólar no mundo, mais concentrado nas moedas de EM, e ajudado por um leve movimento de fechamento de taxas de juros nos EUA. Como observamos na tarde de ontem, a Treasury 10 anos parece estar se consolidando em torno de 2,20%-2,25%. As bolsas ao redor do mundo operam em alta, com movimentos mistos no mercado de commodities. O Petróleo opera em alta, mas o Cobre apresenta forte queda, por exemplo. Vale mencionar que os ativos no México, os mais afetados pelo “ Trump Tantrum ”, apresentaram excelente performance nos últimos 2 dias, com  o MXN apreciando cerca de 2%, e a curva de juros apresentando um “ bull flattening ”. Brasil – No final da tarde de ontem, após 4 dias de forte pressão nos mercados de câmbio e juros, em uma atuação coordenada, o BCB anunciou uma rolagem de US$1bi de swaps cambiais para quarta-feir...

Markets stop panicking when central banks panic!

Os ativos locais estão no meio de um grande movimento de stop e zeradas de posições. As cotas dos fundos locais de ontem, como proxy para posição de mercado, mostram muito bem isso. O cenário externo é certamente muito mais desafiador hoje do que há alguns meses atrás, mas o cenário local é muito melhor hoje do que no passado recente, como em 2013, por exemplo. O balanço de pagamentos é muito melhor, a inflação é cadente, estamos no meio de um ciclo de queda da taxa Selic, o governo está implementando um ajuste fiscal crível, entre outros. O BCB vinha adotando uma postura muito comedida frente a volatilidade e a perda de referência e liquidez que o mercado estava demostrando. Agora a pouco, contudo, resolver anunciar um swap cambial de US$1bi, e dar declarações mais enfáticas que existe espaço para novas atuações. Acho que a decisão é acertada (talvez um pouco atrasada) e deveria ajudar na dinâmica dos ativos locais. Não há dúvida que o cenário externo ainda irá ditar a ...

Reflation: The new game in town!

Os ativos de risco estão abrindo a manhã com as mesmas tendências que vem sendo regra desde a eleição de Donald Trump mas com movimentos, por ora, mais brandos do que aqueles verificados nos últimos 2 dias. Agora pela manhã, o dólar continua bem suportado por uma leve abertura de juros nos EUA. O petróleo opera em baixa, mas com as commodities metálicas em alta. As bolsas globais estão próximas à estabilidade neste momento. Parece que o “ reflation trade ” será “ the new game in town ”, e a posição técnica do mercado não estava preparada para está inversão de cenário. Reforço que a velocidade do movimento de abertura de taxa de juros nos EUA será fundamental para definir a direção dos demais ativos de risco. No curto-prazo, espero novas rodadas de reprecificação na mesma direção dos últimos dias, porém com volatilidade elevada e momentos pontuais de ajuste técnico/ stop em mercados cuja posição mostra-se mais esticada (vide o movimento do BRL e as taxas longas de juros lo...

Brasil: Sinais mais positivos.

Os ativos de risco estão abrindo a quarta-feira sem tendência definida. O dólar apresenta algum alivio após um movimento de alta verificado nos últimos dias. O petróleo apresenta queda, enquanto as bolsas e o mercado global de juros não apresentam movimentos relevantes. O destaque da agenda ficará por conta do PIB no Brasil para o ADP Employment nos EUA, que deverá determinar a direção dos ativos de risco no curto-prazo. No Brasil, o destaque ficou por cota da atuação do BCB no mercado de câmbio. O BCB não anunciou swap cambial reverso para hoje, dia de ptax de encerramento de mês, e dia de encerramento do processo de impeachment. O BCB já não vinha anunciando swap cambial reverso nos dias de ptax de final de mês, o que parece prudente, a fim de evitar movimentos ainda mais acentuados para a formação da ptax. Além disso, ele anunciou um leilão de linha em torno de $3,3bi, em um movimento positiv, o que mostra disposição em prover liquidez ao mercado. Não vejo o movimento do BC...

Profit Taking!

Os ativos de risco estão abrindo a sexta-feira em tom de realização de lucros, em uma reação retardada aos recentes comentários do Fed em torno da possibilidade de uma alta de juros ainda este ano. Já vínhamos alertando para a possibilidade de um período de consolidação/realização de lucros dos ativos de risco, em meio a uma posição técnica e  valuations  menos favoráveis, sinais de uma nova rodada de desaceleração da China e, agora, com a possibilidade da retomada do processo de alta de juros nos EUA. Por ora, vejo este processo apenas como uma acomodação dos ativos de risco, e não uma mudança definitiva de tendência. As declarações do Fed parecem ter sido o  trigger  definitivo para o movimento. Contudo, mesmo que o banco central decida elevar as taxas de juros em 25bps, o processo será extremamente lento e gradual, e a taxa final de equilíbrio, muito provavelmente, será extremamente baixa para os padrões históricos recentes. No Brasil, o grande destaq...

BRL: BCB aumenta ritmo dos swaps reversos.

O BCB anunciou ontem que irá aumentar o ritmo dos swaps reversos, saindo dos US$500mm diários para US$750mm a partir do leilão de hoje. Neste ritmo, o estoque de swap deverá ser encerrado no mês de novembro, ou em cerca de 60 dias. O BCB está adotando uma postura reativa e oportunista. Não vejo a estratégia deles como uma tentativa de colocar nenhum patamar na moeda. A história conta que este tipo de postura é capaz de suavizar os movimentos no câmbio, mas dificilmente, em separado, é capaz de alterar a tendência ou a dinâmica de médio-prazo. Muito mais importante para o cenário de longo-prazo será o cenário externo e o avanço dos ajustes locais.

China voltando ao radar?

O destaque da noite ficou por conta da divulgação dos PMI´s na Europa e na China. Na Europa , o Manufacturing PMI ficou levemente acima de sua prévia, confirmando um crescimento baixo porém constante, saindo de 52,6 para 52,8 em sua divulgação final. Na  China , o PMI Manuafcturing oficial recuou de 50,2 para 50 pontos, com o Caixin PMI – cuja pesquisa é mais voltada para o setor privado – caindo de 49,2 para 48,6 pontos. Por um lado, os números não mostram uma economia “em queda livre”. Contudo, por outro lado, reforçam o cenário de um crescimento estruturalmente mais baixo e cadente da economia. Não há nenhum sinal concreto de estabilização. A moeda chinesa (CNY) tem mantido uma clara tendência de depreciação, não apenas seguindo a tendência global recente de dólar forte, mas também com uma depreciação constante de sua cesta de moedas. O número de hoje deveria reascender o receio em torno da saúde econômica e financeira do país. Vale lembrar que, até o momento, nem mesmo os ...

Realização de lucros ou mudança de tendência?

A quinta-feira foi marcada por um movimento generalizado de realização de lucros dos ativos de risco. Não vi nenhum motivo específico para estes movimentos. Alguns players estão citando os recentes discursos de membros do Fed, lidos como mais hawkish se comparados a decisão do FOMC, como motivo para esta piora no humor global a risco, mas o fechamento de taxas de juros nos EUA afastam um pouco essa tese. Minha teoria é que o movimento seja puramente técnico. Ninguém esperava que os ativos de risco atingissem os níveis que atingiram nos últimos dias, após um movimento rápido e acentuado de zeragem de posições “ short risk ”. Agora, sem motivo aparente, e sem mudanças substanciais de cenário econômico, o mercado parece perder momentum de curto-prazo. No Brasil , o vazamento de um lista de mais de 200 políticos que teriam se beneficiados do esquema de corrupção da Odebrecht gerou algum ruído adicional aos ativos locais. A lista foi colocada em segredo de justiça. Ainda não há uma ...

O mercado ainda é estruturalmente UW Brasil.

A semana foi de poucas novidades relevantes no cenário econômico local e externo. Vale a pena destacar, contudo, um movimento de leve fortalecimento dólar no mundo que teve inicio, de maneira incipiente, no final da semana passada. Podemos estar diante dos primeiros sinais de que o dólar possa ter feito um piso de curto-prazo. Existe uma teoria, que ganhou muito corpo no mercado de FX nas última semanas, que teria havido um acordo tácito, nos bastidores de Davos, para evitar movimentos que levassem a mais uma rodada de apreciação, rápida e acentuada, do dólar no mundo, o que poderia acarretar uma “maxi desvalorização” do CNY. Assim, ECB, BoJ, PBoC e, principalmente, o Fed, teriam agido de forma a estabilizar as condições financeiras globais. Os movimentos recentes dos bancos centrais e, consequentemente, do mercado global de FX acabam dando ainda mais corpo a está teoria. Contudo, em um ambiente de fechamento do hiato do produto nos EUA, com as expectativas de inflação mostrando, ...

Risk-On!

A quinta-feira foi de digestão do mercado em relação aos eventos recentes. No cenário externo, uma reação ainda acentuada aos sinais mais dovish emitidos pelo Fed na reunião do FOMC realizada ontem. Os ativos de risco mantiveram os movimentos comentados neste fórum pela manhã, ou seja, alta nas bolsas e nas commodities, dólar fraco, bom desempenho dos ativos EM e fechamento global de taxas de juros. No Brasil, o mercado reprecificou a probabilidade de uma mudança de governo, após os eventos das últimas 48 horas. Acho que vale ressaltar a forte reação popular a nomeação de Lula para o ministério. A polução está indignada. Não há mais qualquer tipo de apoio popular espontâneo ao atual governo. Não tenho dúvidas de que a reação popular terá um forte apelo a classe política. Eduardo Cunha instalou a comissão do impeachment. O PMDB antecipou a reunião do diretório para o dia 29 março, antes do prazo de 30 dias anunciado na convenção do final de semana. Acredito que o desembarq...

Update

Os ativos de risco operam próximos a estabilidade, sem grandes movimentações, na espera de uma sexta-feira de agenda relevante. As atenções do dia estarão voltadas para o IPCA de julho no Brasil e para os dados de emprego nos EUA. Ambos têm a capacidade de ditar a dinâmica de curto-prazo dos ativos de risco de maneira substancial.   Brasil –  Após passar uma mensagem clara durante o dia, o BCB aumentou o ritmo da rolagem de swaps cambiais. Mantido a postura anunciada para os leilões de hoje, o BCB irá rolar a totalidade dos swaps que vencem ao longo do mês. A postura mostra desconforto com a rápida e acentuada depreciação da moeda nas últimas semanas. A postura do BCB deveria, no mínimo, dar algum suporte ao BRL no curto-prazo, evitando, ao menos, um movimento de ruptura da moeda. Como a dinâmica do câmbio vinha ditando o humor do mercado de juros, é natural esperar algum tipo de consolidação também neste mercado. Contudo, devido ao conturbado cenário político local, ...