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Mostrando postagens com o rótulo Curva de Juros

Daily News – Otimismo – Parte II

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Depois de uma quarta-feira de pressão nas bolsas internacionais, os mercados estão apresentando recuperação essa manhã. O destaque continua para a pressão altista nas commodities, com o Petróleo Brent acima de $120. No Brasil, o Dólar rompeu a barreira dos 4.85 ontem, com a ajuda dos fluxos de curto-prazo. Comento sobre minha visão de mercado no link no final deste texto.   Não há novidades relevantes na Ucrânia. A Europa continua sendo a região que mais deve sentir os impactos do conflito em seu crescimento:   A bolsa da Rússia reabriu parcialmente após algumas semanas de fechamento. Essa é a “fotografia” dela no momento: Ainda na Europa, as prévias dos PMI´s de março ficaram levemente acima das expectativas e ainda mostrando uma economia saudável. Estes números estão claramente “atrasados” após as 4 semanas de conflito na Ucrânia.   Nem todas as commodities estão em seus picos. O Lumber (madeira) vem apresentando um “drawdown” de quase 40% nas últimas se...

Daily News – EUR, Curva de Juros e China.

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A manhã foi de poucas novidades até o momento. Destaque para o EUR, que testou níveis abaixo de 1,20 brevemente mais cedo. Vale lembrar que, de acordo com a posição técnica, o mercado encontra-se, uma vez mais, vendido em Dólar e, especialmente, comprado em Euro, e este movimento deve pegar a maioria dos fundos no contrapé.   Interessante observar a continuidade do movimento de “steepening” da curva de juros nos EUA. Reforço que enquanto o movimento for gradual e ordenado, ele pode trazer movimentos entre setores do mercado, mas sem consequências graves para o direcional: Já movimentos mais rápidos e acentuados podem afetar de maneira mais assertiva a direção de vários ativos globais.   Na China, há um aumento do número de “defaults”. Por ora, parece um movimento natural de ajuste de excessos, mas a situação precisa ser monitorada: https://www.bloomberg.com/news/articles/2021-02-04/chinese-offshore-bond-defaults-reach-nearly-33-of-2020-s-total?srnd=premium-asia...

Daily News – Brasil: Uma experiência perigosa.

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Estamos abrindo o dia com uma nova rodada positiva para as bolsas globais – que voltam a testar as bandas de cima dos “ranges” recentes – a despeito de sinais ainda mistos em outros mercados. A Lira Turca (TRY) segue sua trajetória de depreciação, o ouro continua em patamar elevado e as taxas de juros seguem pressionadas no mundo desenvolvido. O cenário deverá continuar complexo e a geração de “alpha” por parte dos fundos/gestores voltará a ficar relevante como não vemos desde o começo do “bull market” em 2009, na minha opinião. Queria falar um pouco sobre Brasil. O BCB cortou a Selic em 75bps para 3% e sinalizou corte adicional, não maior do que este corte de ontem. Dito isso, parece que estamos caminhando para uma Selic próxima a 2%. Eu entendo todos os argumentos em favor do corte, entendo o sistema de metas de inflação e o que os modelos matemáticos apontam em relação a inflação de curto-prazo (1 a 2 anos). Assim, entendo e respeito a decisão do Copom e aqueles que co...

Brasil - Anatomia da Curva de Juros

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O mercado de juros, no Brasil e no mundo, apresentou forte movimento de fechamento de taxas nos últimos meses, acentuando este movimento nas ultimas semanas. O momento parece oportuno para analisarmos a curva local de juros. Na curva curta (terceiro gráfico abaixo), vemos que o mercado já embute um corte de cerca de 40bps na Taxa Selic nas próximas reuniões do Copom, o que significa uma probabilidade relativamente elevada de um ciclo de corte adicional da ordem de 50bps a 100bps na Taxa Selic. Os juros médios de 2020 (primeiro gráfico abaixo) estão em 6,29%, ou seja, os juros cairiam no curto-prazo, subiriam um pouco no segundo semestre de 2020 mas permaneceriam abaixo da Taxa Selic atual neste período. Olhando à frente, vemos uma curva ainda positivamente inclinada, ou seja, o mercado espera algum ciclo de ajuste altista de taxa começando no segundo semestre de 2020 e continuando nos anos subsequentes. A curva (segundo gráfico) apresentou movimento relevante de f...

Humor do mercado: "Sell the rallies"

O dia trouxe um pouco de mais do mesmo. Em termos econômicos, dia de poucas novidades. Na Alemanha , o IFO – um dos indicadores de confiança mais importantes de toda a Europa – ficou levemente abaixo das expectativas, mostrando um cenário de desaceleração, mas ainda não de recessão. O que preocupa o mercado é a derivada do crescimento, ou o seu “delta”, já que a despeito de ainda longe de uma potencial recessão, não há sinais de estabilização. A tendência parece ser de desaceleração do crescimento em uma das economias que ainda era o último pilar de sustentação da região. Hoje, não há vetores claros ou óbvios de sustentação para uma eventual estabilização deste cenário. Nos EUA , o Housing Starts ficou acima das expectativas, com alta de 3,2% em novembro. Após uma manhã de maior tranquilidade, vimos mais um dia de dinâmica ruim dos ativos de risco na parte da tarde, basicamente liderada por uma queda em torno de 7% no petróleo, o que acabou puxando as bolsas norte america...

Brasil: O benefício da dúvida, posição técnica e preços.

Os ativos do Brasil estão apresentando desempenho bastante positivo hoje, seguindo o que já havia sido sinalizado pelos ETFs e ADRs no mercado americano ontem.  A formação do novo Banco Central do Brasil (BCB) explica parte deste otimismo, que já comentei mais a fundo aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/11/o-novo-banco-central.html. A despeito de um cenário  internacional ainda desafiador, e volto a este tema em breve, os ativos locais também estão sendo ajudados por uma descompressão negativa dos ativos que dependem da demanda da China e por comentários de Clarida, do Fed, lidas como menos duras (menos "hawkish") e que estão ajudando a promover um movimento de dólar fraco e alta das commodities no mundo. Na minha visão, nesta frente, acredito que parte, talvez relevante, seja explicada por posição técnica, que parece ter ficado excessivamente comprada em dólar e negativa com China/commodities no curtíssimo-prazo, mesmo que o longo-prazo não tenha mos...

O novo Banco Central.

Segundo a mídia local, ainda não oficialmente anunciado, Ilan deixará a presidência do BCB, dando lugar a Roberto Campos Neto, executivo do Santander. Eu não conheço Roberto a ponto de ter qualquer opinião sobre sua visão de política monetária. De qualquer maneira, podemos fazer algumas inferências: É um nome de mercado, liberal, respeitado por seus pares. É bem verdade que alguns comentários recentes de “trading” da mesa do Santander indicam uma visão mais hawkish de curto-prazo para política monetária, mas nada muito fora do padrão. Reforço meus comentários de ontem abaixo, mas adicionaria a possibilidade de alocação em NTN-B longa para complementar o portfólio de Brasil. Minha leitura continua sendo de que o novo governo segue uma agenda positiva e liberal, de execução que apresenta riscos, mas que merece o benefício da dúvida. Como escrevi ontem: Na ponta mais otimista, para balancear portfolio, posições compradas em Ibovespa. Um hedge barato em Brasil, a despeito do c...

Terá o rally das bolsas dos EUA acabado?

Ainda temos cerca de uma hora para o fechamento das bolsas nos EUA, mas me darei o direito de um “ early close ”, ou fechamento antecipado, devido ao longíssimo feriado prolongado no Brasil. Mas não se preocupem, estarei ativo dentro do possível e razoável. Primeiro, após uma sequência de “under” performance, os ativos do Brasil foram o destaque positivo do dia, certamente ajudadoa pelo fechamento de taxa de juros nos EUA e o movimento de dólar mais fraco no mundo. Acredito que posição técnica do mercado ainda esteja sendo fundamental nos movimentos de curto-prazo dos ativos do país (https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/11/posicao-tecnica-mercados-brasileiros_13.html). Segundo, o dia foi marcado por forte pressão nos ativos norte-americanos, com queda das bolsas, queda do dólar e queda das taxas de juros. Eu não acredito que a economia dos EUA esteja em um caminho mais negativo que justifique estes movimentos de maneira mais estrutural. Contudo, vejo sim enormes barreir...

Sem respiro.

Eu vou acabar parecendo uma vitrola quebrada, mas o dia foi novamente de pressão nos ativos de risco, com destaque especial para a queda de mais de 7% no preço do petróleo. Não sou especialista no tema, mas até onde sei existia um consenso em torno de preços mais elevados e uma posição técnica aparentemente pouco saudável nesta direção. Juntando isso ao pano de fundo do ano, em que várias posições consensuais foram aos poucos sendo dizimadas, vimos uma queda recente em torno de 25% no preço da commoditie. O cenário econômico global segue basicamente inalterado e já foi amplamente comentado neste fórum nas últimas semanas (quiçá meses). Vide um resumo aqui:  https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/11/virando-pagina-cenario-externo-continua.html . No Brasil, a dinâmica de preços comprova minha tese de que o local continua alocado e o investidor estrangeiro resiste em “comprar Brasil”. A alta do dólar, que fechou acima de 3,80 e a queda da bolsa apontam nessa direção (c...

Perspectiva externa e posicionamento local.

As bolsas dos EUA apresentaram ontem mais um dia de forte pressão (comentei sobre o tema aqui:  https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/10/deterioracao-dos-ativos-de-risco-se.html ), a despeito de um excelente desempenho dos ativos do Brasil. Em relação ao cenário internacional, vejo os índices de bolsa como “oversold”, ou seja, excessivamente pressionados no curto-prazo, mas vejo questões estruturais macroeconômicas e questões técnicas que não justificam uma mudança clara de tendência. Assim, poderemos ver movimentos rápidos e acentuados de recuperação de curto-prazo, mas uma mudança estrutural, de longo-prazo, desta tendência negativa irá demandar o endereçamento das principais questões que estão pressionando o cenário (comentei sobre essas questões aqui:  https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/10/algumas-coisas-mudaram.html ). Nos EUA o PIB do segundo trimestre ficou levemente acima das expectativas, com crescimento de 3,5% no trimestre em termos dessazonalizados....

Inflação no Brasil, curva de juros e externo ainda desafiador.

No Brasil, o IPCA-15 apresentou alta de 0,58% MoM e 4,53% YoY, levemente abaixo das expectativas. A inflação adjacente continua apontando para um quadro corrente de inflação baixa e benigna. Olhando à frente, as coletas diárias continuam pressionadas para cima e ainda vemos mais riscos altistas do que baixistas para a inflação nos próximos 6 a 12 meses. No curto-prazo (1 a 2 meses) existem riscos para baixo, como o preço de energia elétrica (eventual bandeira verde) e de combustíveis (queda internacional do preço do petróleo e queda do dólar). De qualquer maneira, vemos as inflações implícitas na parte intermediária da curva em torno de 4,30%. A curva de juros precifica uma Taxa Selic de cerca de 7,5% para o ano que vem, ou seja, em torno de 100bps de alta de juros em 2019. Já não há praticamente alta de juros precificada para as próximas duas reuniões do Copom. Entendo o otimismo do mercado com o potencial governo de Jair Bolsonaro, respeito o movimento, mas vejo pouco prêmi...

Sem alívio por parte do Fed.

No cenário externo, o destaque ficou por conta das Minutas do FOMC. O documento confirmou as sinalizações recentes do Comitê. De maneira geral e resumida, a economia dos EUA continua mostrando desempenho positivo, o mercado de trabalho está no pleno emprego, com o hiato do produto fechado e com acumulo de pressões inflacionárias. Neste ambiente, é necessário continuar em um processo gradual de normalização monetária. Se o mercado esperava (ou espera) algum alívio nesta frente, ou seja, uma pausa no processo de normalização monetária dos EUA, não me parece que seja o caso, pelo menos neste momento. Muito pelo contrário, vemos um cenário bastante parecido começando a surgir em outros países e regiões do mundo. Assim, mantenho meu cenário base de que estamos no meio de um processo estrutural de normalização monetária global, que deve reduzir a liquidez no mundo, criando momentos de maior incerteza, volatilidade e turbulência para os ativos de risco em geral. No Brasil, os at...

A narrativa segue inalterada.

O Core CPI nos EUA ficou dentro das expectativas do mercado, com alta de 0,2% MoM e 2,2% YoY. O número de hoje em nada altera a narrativa para os mercados/ativos de risco e muito menos altera as expectativas para o FOMC amanhã. Assim, vimos mais uma rodada de fortalecimento do dólar no mundo, acentuado por rumores de que o Fed pretende promover interações com os jornalistas após todas as reuniões do FOMC, ao contrário das apresentações trimestrais que ocorrem atualmente. O destaque continuou por conta da pressão negativa sobre os ativos emergentes. Na Europa , mais precisamente na Alemanha , o ZEW – um dos indicadores de confiança mais importantes da região – apresentou queda superior as expectativas, mostrando um quadro de incerteza para o crescimento da Europa no curto-prazo. Isso pode estar ocorrendo devido a ruídos pontuais, tais como eventos políticos na Itália e Espanha, “Guerra Comercial” e etc. De qualquer maneira, a região continua crescendo acima do potencial, mas...

Sinais de estabilização, mas com sinais ainda de fragilidade. Cautela ainda é necessária.

Os mercados globais mostraram alguns sinais de estabilização ao longo do dia, mas ainda com diversos sinais negativos em alguns ativos, como os mercados emergentes (em especial Argentina e Turquia). No Brasil, a produção industrial de março apresentou queda de 0,1% MoM contra expectativas de alta de 0,5% MoM. Este número se soma a uma série de outros indicadores de crescimento mais negativos e abaixo das expectativas, como tenho alertado nas últimas semanas. Ainda vejo um cenário de recuperação gradual do crescimento, mas com um crescimento do PIB em que os 2,5% se apresentam mais como um teto, do que como um piso ou um cenário base. Para o crescimento da economia. Continuo vendo o cenário local e externo com cautela. Com as eleições se aproximando no Brasil, vejo com dificuldades uma aceleração mais acentuada do crescimento nesta fase do ciclo eleitoral. Sigo com poucas alocações relevantes em Brasil. Por ora, ainda vejo um cenário de “range”, mas com o acumulo de vetores qu...

Brasil: Alianças políticas, meta de inflação e curva de juros.

A despeito das bolsas estarem operando próximos a estabilidade este momento, existem sinais de fragilidade nos mercados financeiros globais, com as commodities metálicas não preciosas em queda, o dólar forte e o fechamento das taxas de juros no mundo desenvolvido. A noite foi relativamente esvaziada de notícias. O oco do curto-prazo ficará por conta dos desenvolvimentos na Síria. A agenda do dia terá as vendas no varejo no Brasil e o Jobless Claims nos EUA como destaque. No Brasil, a mídia está reportando que o PSDB está avançando em uma potencial aliança com o PSC e PSD para as eleições de outubro, o que dá algum corpo a campanha de Alckmin para presidente. Segundo O Globo, o governo decidiu colocar a meta de inflação de 2021 em 3,75%, com uma banda de acomodação de 1,5%. Se confirmada a notícia, seria mais um impulso para o fechamento da inclinação da curva longa de juros no Brasil, que ainda apresenta formato excessivamente “steepado”. Continuo vendo mais valor na part...

Copom & Curva de Juros

A reunião do Copom será finalizada hoje com o anuncio previsto para o final da tarde, próximo as 18h00. O mercado já precifica cerca de 90%-95% de probabilidade de mais uma queda de 25bps na Taxa Selic para 6,5%. Acredito que o comunicado será relativamente parecido com o comunicado da última reunião, ou seja, indicando que o BCB pretende encerar o ciclo de queda de juros neste patamar, mas, caso seja surpreendido por novas baixas na inflação, ele pode vir a reagir no futuro. Como não trabalho com surpresas muito maiores na inflação, mesmo que o IPCA fique entre 3,5% e 3,8% este ano, me parece que o “sarrafo” para novas quedas será mais elevado. Dito isso, me parece que a parte curta da curva está bem precificada. Existe algum prêmio de compressão das altas precificadas para o final deste ano e o ano que vem, já que o FRA de 2019 encontra-se em torno de 8,2%. Contudo, está parte da curva me parece oferecer um risco/retorno já não atrativo. Olhando mais fora da curva, o FR...