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Mostrando postagens com o rótulo Coréia do Norte

Update

Os ativos de risco foram capazes de apresentar recuperação ao longo do dia, após os novos lançamentos balísticos da Coréia do Norte no início da noite de ontem. Favoreceram o movimento de estabilização dos mercados financeiros globais o que foi lido pelo mercado como uma resposta moderada por parte de Trump e Cia, além da divulgação de dados econômicos que reforçaram a visão de uma economia global saudável. Continuo com a visão de que estamos em meio a um processo de acomodação dos mercados financeiros globais. Vejo riscos que poderiam levar a uma realização de lucros mais rápida e acentuada dos mercados, mas a dinâmica mostra que apenas a concretização desses riscos, e não apenas o aumento da probabilidade de ocorrência, serão capazes de levar os ativos de risco a movimentos mais agressivos de depreciação. Continuo vendo poucas tendências claras de mercado e optando por posições mais neutras no direcional a risco, e focada em temas específicos. Dois ativos merecem destaqu...

Coréia do Norte lança novos mísseis e torna cenário incerto e perigoso

Os ativos de risco operam, neste momento, sobre pressão, liderados por uma queda nas bolsas globais. O movimento teve início após a Coréia do Norte promover mais uma sequencia de lançamentos de mísseis balísticos. Alguns desses mísseis, segundo a mídia, sobrevoaram território japonês e teriam caído em águas do país. reforço o que escrevi neste fórum no domingo: O lançamento dos mísseis ocorre após uma semana de recrudescimento da retórica entre a Coréia do Norte e os EUA. O evento deve ser visto como uma clara provocação da Coreia do Norte após as últimas declarações de Trump. Agora, ficamos diante de uma situação bastante incerta e delicada. Caso não reaja militarmente, e insista em ações preventivas por meios econômicos e diplomáticos, Trump irá começar a perder credibilidade. Assim, crescem as chances da Coreia do Norte insistir em seu programa nuclear e em suas provocações militares aos seus vizinhos mais alinhados com o ocidente. Caso Trump decida reagir de forma mais agr...

"Fire and Fury".

A terça-feira apresentou 3 eventos que merecem comentário: 1 – O JOLTS Job Openings nos EUA subiu de 5.702 para 6.163 em junho, maior nível deste ciclo econômico. O número confirma um mercado de trabalho sólido e robusto, e uma economia que já opera no pleno emprego. O número de hoje, aliado aos recentes dados do mercado de trabalho, dão conforto ao Fed em seguir no processo gradual de normalização monetária. 2 – A BAT emitiu cerca de US$17,5 bilhões em bonds (dívida corporativa) em USD. A emissão ajudou a dar um tom altista para as taxas de juros nos EUA (aliada ao JOLTS já comentado acima). Esta emissão pode ser considerara grande e foi bem digerida pelo mercado. A emissão mostra uma demanda ainda grande por este tipo de ativo, mas também me faz lembrar de alguns excessos existentes no mercado atualmente. 3 – No final da tarde, o Presidente dos EUA Donald Trump escreveu em sua conta no Tweeter: North Korea "best not make any more threats to the U.S. They will be met...

Governo reage a "crise" no Brasil. Ameaça militar da Coréia do Norte acaba frustrada.

No Brasil, na quinta-feira a noite, o BCB anunciou a rolagem dos swaps cambiais deste mês. Mantido o ritmo da rolagem anunciada, ela será integral. Nos últimos meses o BCB vinha fazendo rolagem apenas parcial dos swaps. Os jornais de hoje apontam que o governo está reagindo a "crise" política da mesma forma que lidou com este tipo de problemas desde a posse de Temer, ou seja, tentando avançar e acelerar as reformas. Já há articulações para cancelar o recesso parlamentar, para dar tempo hábil de tramitação da Reforma da Previdência. Além disso, o governo está acelerando a Reforma Trabalhista. A mídia passou o final de semana repercutindo as delações dos executivos da Odebrecht. Os vídeos trazem nomes de políticos e empresários possivelmente envolvidos no escândalo, mas, em grande parte, personagens que já eram suspeitos anteriormente, dado que grande parte das delações havia vazado à imprensa ao longo dos últimos meses. Reforço que, até o momento, o Governo reage da...

The Market is losing faith...

Os mercados financeiros globais entraram em modo de realização de lucros. Os últimos dias foram marcados por pressão nas bolsas e nas commodities, fechamento de taxa de juros e alguma pressão sobre os ativos emergentes. Até o momento, contudo, não vi novidades relevantes que justifiquem uma mudança de tendência ou do cenário de crescimento global, que ainda me parece saudável. Flutuações da economia em torno da tendência, especialmente nesta fase do ciclo econômico, e após alguns meses de recuperação, me parecem naturais, e até mesmo esperadas. Alguns vetores, justificáveis, ajudaram a mudar a dinâmica dos ativos de risco. De mais relevante, a agenda do Congresso dos EUA parece paralisada, o que acabou afetando as expectativas de uma agenda econômica de incentivos fiscais, e o anuncio de um pacote de estímulo a infraestrutura. Ainda parece cedo para julgar em definitivo a direção da agenda econômica do governo, mas a falta de coordenação política surge como uma restrição que p...

Volatilidade elevada mas poucas mudanças de cenário.

A terça-feira foi novamente marcada por uma elevada volatilidade dos ativos de risco, fruto de ruídos com potencial de impacto relevante no cenário econômico global (classificaria os eventos até mesmo como binários), mas com probabilidades de ocorrência ainda baixas. No cenário externo, a Coréia do Norte ameaçou retaliar qualquer atuação militar dos EUA ou da sua vizinha Coréia do Sul. As ameaças, vindas de um país com poderia bélico relevante e liderada por um presidente pouco convencional acabaram dando um tom mais negativo. A possibilidade de um confronto militar na região é crescente, dado a postura da Coréia do Norte em manter testes balísticos e frente a um novo presidente dos EUA menos propenso a aturar desaforos de países considerados inimigos. Por ora, o confronto não passou das ameaças, mas é um problema que deve ser monitorado nos próximos dias. Não sou especialista no tema, mas acredito que teremos que conviver com um mundo mais instável, com ameaças constantes e atua...