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Mostrando postagens com o rótulo Joaquim Levy

Depreciação do CNY continua.

O destaque da noite ficou por conta de mais uma rodada de depreciação da moeda da  China (CNY) . Os ativos de risco estão abrindo próximos a estabilidade, mas os sinais de fragilidade, na minha visão, ainda são evidentes. Enquanto não tivermos uma sinalização clara de estabilização da moeda da China, ou do que pretende o governo chinês com a nova rodada de depreciação coordenada da moeda, as vésperas da primeira alta de juros nos EUA em cerca de uma década, e em meio a problemas políticos e estruturais em alguns países emergentes, é razoável manter cautela em torno dos ativos de risco.   Na agenda do dia, o destaque ficará por conta das vendas no varejo nos EUA. O mercado espera uma alta em torno de 0,3%-0,4% MoM no mês de novembro, mas alguns analistas que elaboram  trakings  robustos apontam para um mês de solidez no consumo americano.   Brasil –  No final da tarde de ontem, em reunião do CMO do Congresso, Joaquim Levy afirmou que não fará mais s...

Late Friday comments.

O final da tarde de sexta-feira foi de forte pressão sobre os ativos brasileiros, seguindo rumores de uma eventual saída de Levy do Ministério da Fazenda. Os rumores foram posteriormente negados por notas oficiais do Ministério, mas a pressão sobre Levy continua, e sua insatisfação parece apenas aumentar com o tempo. Acredito que, por hora, Levy permanece no cargo, mas sua saída é apenas uma questão de tempo. O governo deve trabalhar nos bastidores para um substituto que, no mínimo, amenize uma eventual saída do Ministro que seria vista, inegavelmente, como negativa para o cenário econômico brasileiro, já que Levy é o grande fiador do “projeto de ajuste fiscal” que vem tentando ser implementado no país. Naturalmente, diante de um quadro de incerteza política extrema, e deterioração econômica continua – esta semana várias casas revisaram ainda mais as expectativas de PIB para 2015 e 2016, os dados fiscais para este e para o próximo ano já parecem rodar em patamar negativo (déficit ...

Brasil: Sinais desencorajadores.

O governo brasileiro anunciou no inicio da noite uma revisão drástica do superávit primário para 2015 (de 1,1% para 0,15%), para 2016 (de 2% para 0,7%) e para 2017 (de 2% para 1,3%). O documento ainda deixa em aberto a possibilidade de novas revisões baixistas para este ano, caso novas frustrações de receita venham a ocorrer. Na minha visão, as revisões anunciadas hoje são extremamente negativas. Não são apenas uma derrota pessoal e política de Joaquim Levy, mas uma derrota institucional para o país. A relação dívida/PIB do Brasil deve se tornar ainda maior, elevando substancialmente a probabilidade de perdermos o  Investment Grade  nos próximos 6 meses. Meu cenário base hoje é de que tenhamos um  downgrade  nas próximas semanas, com chances concretas da manutenção de um  outlook  negativo. Sem perspectivas de recuperação da confiança e dos investimentos, não há sinais de recuperação do crescimento no horizonte relevante de tempo, o que justifica uma v...

Levy em defesa do ajuste

O final de semana foi de poucas novidades do ponto de vista externo, o que me faz acreditar que os ativos de risco deverão continuar a dar atenção às diferenças entre classes de ativos e regiões. Assim, ainda vejo um cenário relativamente positivo para as bolsas, em especial na Europa e no Japão. O ambiente é propício para a continuidade do processo de alta estrutural do dólar no mundo, suportando por taxas de juros mais elevadas nos EUA. O cenário para as commodities segue desafiador. Os países emergentes devem seguir está toada externa, com os fundamentos locais ditando a velocidade do ajuste em cada país ou região. No Brasil, tenho ganhando convicção no mercado de juros, mas entendo que o processo de taxas mais baixas deverá ser longo e tortuoso, assim como o ajuste em direção a um câmbio mais depreciado. Brasil –  Eduardo Cunha e o PMDB optaram por adotar um tom mais conciliador no final de semana. Parece claro que um governo já fragilizado irá enfrentar um Congresso ainda...

Brasil e Grécia: Expressiva deterioração do cenário.

O final de semana começou com desenvolvimentos importantes para o cenário econômico global e para o cenário político local. Vamos aos fatos: Grécia –  O Primeiro Ministro grego convocou um referendo, para o dia 5 de julho, com intuito de aprovar (ou não) um acordo entre o país e seus credores. Do lado dos credores, o anuncio foi de que não houve um acordo nas negociações. Neste exato momento, ainda existe uma enorme incerteza no cenário. Qual será a pergunta feita no referendo? Qual o tipo de propaganda por parte do governo será feita em torno do evento, a favor do acordo, ou contrária à aprovação? O país será capaz de não impor controle de capitais na segunda-feira? As evidências anedóticas mostram filas imensas nos ATMs do país desde a sexta-feira a noite. De todo maneira, a incerteza trazida por este evento deve criar volatilidade e pressão sobre os ativos de risco. A probabilidade de um default se elevou consideravelmente. Espero que os mercados reabram no domingo a no...

Fed em foco

Os ativos de risco estão abrindo a quinta-feira com leve viés negativo. As bolsas na Europa e EUA operam em queda. O Petróleo apresenta forte pressão, caindo 4% neste momento. O USD não apresenta tendência definida, caindo contra alguns pares, mas apresentando alta contra outros. As taxas de juros americanas apresentam fechamento de taxas, o que está ajudando a dar um tom mais positivo para o mercado de juros emergente, assim como para a maioria das moedas emergentes. Os ativos na Grécia se encontram próximos a estabilidade, a despeito das incertezas que ainda pairam sobre as negociações entre o país e seus credores. A agenda do dia será mais esvaziada, com destaque para o Jobless Claims e Philadelphia Fed nos EUA. No Brasil, a agenda traz IPC-S e a segunda prévia do IGP-M. Brasil –  Em sua turnê pelos EUA, com intuito de esclarecer as medidas que vem sendo adotadas no país, Joaquim Levy vem mantendo um tom austero e coerente sinalizando, inclusive, com a possibilidade de ...

Resumo pós-Carnaval

Devido ao feriado de carnaval, tive problemas de conexão de internet, o que impossibilitou que alguns de vocês recebessem os update de mercado nos últimos dias. Abaixo, segue uma breve compilação, em ordem cronológica decrescente, dos comentários enviados neste período: Após uma noite tranquila, os ativos de risco operam sem grandes movimentações essa manhã. Destaque para a alta nas bolsas da Europa, ainda reflexo do fluxo positivo de notícias em torno da Grécia na tarde de ontem, e um leve viés de fortalecimento do USD, em uma postura defensiva do mercado as vésperas das Minutas do FOMC. A agenda do dia será relevante, com foco total nas Minutas do FOMC nos EUA. Será importante observar o tamanho do desconforto do comitê em torno da alta do USD e da inflação baixa, em grande parte fruto da acentuada queda no preço do petróleo. Caso esses vetores sejam vistos como apenas questões pontuais, e de pouco impacto econômico concreto para a economia americana, com a maioria dos membros d...

Dilma, ajustes econômicos e FOMC

A temporada de resultados corporativos está trazendo uma maior volatilidade às bolsas norte americanas. Após uma sequencia de resultados abaixo do esperado, que culminaram com uma forte queda das bolsas do país na terça-feira, observamos resultados mais positivos na noite de ontem, com Apple e Yahoo liderando um movimento de recuperação dos mercados. De qualquer maneira, com o  valuation  do S&P aparentemente esticado (em torno de 17x P/E), a necessidade de resultados em ascensão, para dar sustentação aos níveis do índice, são cada vez maiores. Não é à toa, assim, que já começamos a verificar um movimento claro de rotação para bolsas de outras regiões do mundo, como é o caso da Europa e Japão. V ejo uma tendência clara de diferenciação dos ativos de risco neste começo de ano. Os investidores tem tido a capacidade de isolar problemas pontuais e localizados, como é o caso das eleições na Grécia e de uma nova rodada de pressões políticas sobre a Rússia, do panorama geral...

Ajustes de posições

Em uma noite de agenda e  news flows  esvaziados, os ativos de risco operam sem grandes movimentações na manhã desta terça-feira. Destaque para um “ short squeeze ” no USD ao redor do mundo, com o EUR liderando a alta entre as moedas. As bolsas da Europa e dos EUA operam em leve queda. Este movimentos, por hora, me parecem correções técnicas naturais e, até mesmo esperadas, após o movimento rápido, acentuado e continuo de fortalecimento do USD e alta das bolsas globais que verificamos nas últimas semanas. Na agenda do dia, destaque para o Durable Goods Orders e Consumer Confidence nos EUA. Brasil –  Em um artigo no Valor, Claudia Safatle afirma que Dilma irá dar apoio a Levy e suas reformas econômicas na primeira reunião ministerial. O artigo é na mesma linha de algumas matérias já publicadas ao longo do final de semana em outros veículos de comunicação: “Na reunião ministerial de hoje, a primeira do segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff pretende decla...

Brasil em Foco

O final de semana trouxe alguns desdobramentos que podem ser importantes para os mercados globais, as vésperas de uma semana onde teremos na agenda as eleições na  Grécia  e a reunião do  FOMC  nos EUA como os principais eventos a serem monitorados. Abaixo, segue uma breve análise dos últimos acontecimentos no  front  econômico e político, nos Brasil e no mundo: Brasil –  Nos últimos dias, 3 eventos merecem destaque no cenário local: (1) o discurso de Tombini em Davos, (2) o crescente risco de racionamento, (3) uma possível declaração de apoio de Dilma aos ajustes econômicos. Vamos a cada um deles: - Em Davos, Tombini concedeu entrevista coletiva para a imprensa nacional na sexta-feira. Pelo o que vem sendo reportado na mídia, tendo a acreditar que o viés de suas declarações seja  dovish  para a política monetária. Na minha visão, o principal ponto de suas declarações ficou por conta da complementaridade entre política fiscal e monet...

Brasil: Nova Equipe Econômica

Joaquim Levy deu declarações extremamente ortodoxas para o programa fiscal que pretendem implementar nos próximos anos. O ajuste deve ser gradual, com o ano de 2015 ainda comprometido (falou em superávit primário de 1,2% do PIB segundo conceito utilizado pelo BCB), mas com os anos de 2016 e 2017 já aptos a atingirem os objetivos de longo-prazo de estabilização e declínio da dívida/PIB (com superávit primário de, pelo menos, 2% do PIB). O mercado parece disposto a dar o benefício da dúvida a está nova equipe, especialmente nos atuais patamares de preço dos ativos locais. Reitero que o cenário para o BRL irá depender do ambiento global para o USD, e do que o BCB pretende fazer com os swaps cambiais. A bolsa não pode ser olhada como um play macro Brasil, já que o setor de commodities tem peso relevante no índice. Assim, a análise micro deverá ter importância relevante na montagem de qualquer portfolio. Finalmente, a curva de juros, especialmente os vértices mais longos, m...

Dia de agenda cheia

Na ausência de novidades relevantes, os ativos de risco estão mantendo as tendências verificadas ontem. As commodities continuam sobre pressão, liderados pelo Petróleo e pelo Cobre. O USD opera em leve alta, enquanto as bolsas globais e os bonds dos países desenvolvidos apresentam-se estáveis durante esta manhã. Na véspera do feriado nos EUA, a agenda será agitada, com destaque para o Durable Goods Orders, Jobless Claims, Personal Income & Spending, Core PCE, Chicago PMI e New Home Sales. No Brasil, a agenda nos reserva os dados de crédito de outubro divulgados pelo BCB. Brasil –  Os jornais continuam colocando Joaquim Levy na Fazenda. O foco agora parece ter se voltado para a liberdade que a nova equipe terá para trabalhar, assim como para os detalhes do ajuste fiscal que será anunciado. Ao que tudo indica, existe disposição política para efetuar um ajuste crível e que traga o país de volta a uma trajetória de estabilização da dívida pública. O anuncio da equipe deve ...

Sem novidades relevantes

Os ativos de risco operam sem movimentos relevantes essa manhã. A despeito do bom desempenho das bolsas da China após o anuncio de corte de juros na semana passada, as commodities e os ativos que dependem da demanda Chinesa, como o AUD e NZD, não vem mostrando uma reação muito animadora. Hoje pela manhã, destaque para a forte queda do AUD e NZD. As bolsas e commodities operam em leve alta, com o mercado de bonds globais ainda bem sustentados. A agenda do dia será recheada, com revisão do PIB, S&P/CaseShiller e Consumer nos EUA. No Brasil a agenda será menos relevante. Brasil – Os jornais de hoje continuam repercutindo positivamente os nomes para a equipe econômica de Dilma. Raymundo Costa, do Valor, dá como certa a escolha e diz, inclusive, que Dilma tem o aval do PT para colocar Joaquim Levy na Fazenda. Japão – As Minutas do BoJ mostraram uma decisão bastante dividida para o incremento do QE no país. Europa – O PIB do 3Q na Alemanha foi confirmado com alta de 0....