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Flash – Fed: Sinais importantes para o mercado.

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O Fed – o Banco Central dos EUA – promoveu mudanças em seu comunicado após a reunião de política monetária (FOMC). O FOMC foi mais hawkish no tocante a atividade (não esperado, na minha opinião) e levemente mais dovish (esperado) no tocante a inflação. Achei as mudanças um pouco hawkish do que o esperado. A decisão de hoje não muda as expectativas de uma política monetária estável no horizonte relevante de tempo. Reduzem a probabilidade das expectativas de queda nas taxas de juros, embutidas em alguns mercados. Acho, contudo, que as sinalizações podem criar alguma restrição para uma apreciação adicional dos ativos de risco no curto-prazo. Reforço, não vejo uma mudança relevante, mas nos atuais níveis de preço, valuations e risco/retorno, a sinalização de hoje pode criar obstáculos aos ativos de risco, mas não necessariamente uma mudança de tendência. O Fed cortou o IOER, mas por questões puramente técnicas. Reforço minha mensagem recente de busca por proteções ...

Vejo espaço para uma recuperação dos ativos EM\Brasil. Contudo, é sempre difícil acertar pontos de inflexão.

O destaque do final de semana ficou por conta da conclusão das negociaões preliminares entre os EUA e a China em torno de suas relações comerciais. Segundo um comunicado conjunto emitido após as reuniões, os países de comprometeram em estreitar seus relacionamentos, com a China buscando elevar substancialmente as compras de produtos norte americanos. Não houve a divulgações de metas ou números concretos, mas um comprometimento em torno do tema. Após o comunicado, os EUA anunciaram, mesmo que semi-oficialmente que, por ora, não irão impo tarifas de importação à China, freando assim, a “guerra comercial” entre ambos. Os eventos do final de semana, assim, reduzem substancialmente os riscos de uma “guerra comercial” mais ampla e se colocam dentro do cenário bae que a maior parte do mercado vinha trabalhando. De maneira geral, a despeito do risco de uma postura mais dura por parte da administração Trump, a maior parte do mercado esperava (e espera) que as negociações caminhem em um di...

Ruídos podem trazer acomodação dos ativos de risco.

Ainda estou me inteirando sobre o cenário econômico e político, local e global, dos últimos dias. Por ora, mantenho o que escrevi aqui:  https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/09/update.html Europa/Alemanha -  Deixei de comentar no domingo a noite ( https://mercadosglobais.blogspot.com.br/2017/09/eua-e-espanha-em-foco.html ) sobre as eleições na  Alemanha . A despeito da esperada vitória de Angela Merkel, seu partido ficou aquém do esperado nas eleições. Assim, o evento pode ser classificado como uma “vitoriosa derrotada” para Merkel. Uma “grande coalizão” provavelmente não poderá ser realizada. A busca por apoio político poderá deixar o cenário político alemão um pouco mais conturbado no curto-prazo. Acredito que este tipo de evento, na maneira como é estruturada a cadeia política da Alemanha (e de muitos países europeus), trazem ruídos de curto-prazo, mas dificilmente alteram a dinâmica econômica. Já vimos processos parecidos inúmeras vezes na Itália e em...

"We’re still dancing."

When the music stops, in terms of liquidity, things will be complicated. But as long as the music is playing, you’ve got to get up and dance. We’re still dancing. Ex CEO of Citigroup Chuck Prince A fase em que nos encontramos no que tange o cenário para os mercados financeiros globais me fizeram relembrar da histórica frase, cunhada por um ex CEO do Citi, reproduzida acima, que marcou o início da crise financeira nos EUA, e o final de um período de grande exuberância para a economia mundial. Eu não vejo, pelo menos ainda, motivos para retornarmos à uma crise nos moldes daquela vivida em 2007/2008. A estrutura financeira global mudou. Os instrumentos para lidar com choques financeiros e econômicos evoluíram. Contudo, o excesso de liquidez no mundo também mascara um cenário econômico mais desafiador. Por um lado, vemos algum avanço estrutural em algumas economias emergentes (Brasil, Rússia). Por outro lado, contudo, as economias dos países desenvolvidos mostram-se mais f...

Estímulos fiscais e ativos de risco.

A eleição no Japão, e a consequente perspectiva de uma nova rodada de estímulos fiscais, podem vir a alterar de forma não desprezível o cenário para os mercados financeiros globais.  Caso confirmado, o novo foco no fiscal poderia ser considerado uma vitória de “Main Street” contra “Wall Street” como alguns analistas costumam dizer. Vale, contudo, uma observação. São poucos os países ou regiões no mundo com espaço fiscal para adotar uma postura semelhante, o que torna qualquer analogia de curto-prazo um pouco capciosa. A alteração dos estímulos econômicos da política monetária, cada vez menos eficaz, para a política fiscal, a última esperança para um momento mais positivo de crescimento, deveria ser positiva para o  USD  no mundo, já que coloca o Fed de volta ao foco no cenário interno. A medida deveria ser negativa para os  bonds  dos países desenvolvidos, por teoricamente gerar mais crescimento sem a necessidade de mais QE ou juros negativos. Para os...