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O dia foi de pouca movimentação nos mercados globais. Após os atentados em Bruxelas pela manhã, os ativos de risco conseguiram mostrar recuperação ao longo do dia, recuperando parte das perdas verificadas no horário europeu.

Nos EUA, o Markit Manufacturing PMI saiu de 51,3 para 51,4 pontos em março, abaixo das expectativas de 51,9, mas mostrando sinais incipientes de estabilização. Membros do Fed voltaram a dar declarações na linha do gradualismo da política monetária, mas tentando manter viva a expectativas de uma alta de juros nas próximas 2 a 3 reuniões do FOMC. Interessante observar a leve abertura de taxa de juros ao longo da toda a curva americana ao longo da tarde de hoje.

No Brasil, o dia foi marcado por mais uma fase da Operação Lava-Jato. A Odebrecht e o financiamento das campanhas do PT foram o foco da Operação Xepa. O avanço da Lava-Jato coloca o governo em situação ainda mais delicada e, até mesmo, a sobrevivência do PT fica em xeque. A situação política continua migrando para uma solução relativamente rápida.

A curva de juros apresentou forte movimento de fechamento de taxa, ajudada por um BRL mais forte, mesmo com os swaps reversos ofertados pelo BCB. O Ibovespa, por sua vez, mostrou consolidação, em um dia de pressão sobre o setor financeiro.

O CAGED apresentou forte perda líquida de vagas de trabalho em fevereiro, com queda de 104,5 mil vagas, contra expectativas de perdas de 45 mil vagas.

Mantenho minha visão mais otimista, focado no mercado de renda variável e nos títulos longos de juros (reais e nominais). Sou comprador desses ativos caso vejamos algum tipo de realização de curto-prazo.