Começam as recomendações OW Brasil.

O destaque desta manhã está por conta de um leve movimento de fortalecimento do dólar no mundo. Acredito que este movimento possa estar relacionado a ajuste de posições para a reunião do FOMC, nos EUA, nesta quarta-feira. Com o cenário econômico global mais estável, é provável que o Fed volte a citar o balanço de riscos para o cenário como estável, sinalizando para a possibilidade de uma nova alta de juros no curto-prazo, algo que poderia acontecer até mesmo na reunião do FOMC de abril. Como a curva de juros no país precifica apenas 1 alta adicional de 25bps para este ano, existe algum tipo de ajuste a ser feito na curva e, consequentemente, no dólar no mundo.

A agenda do dia terá apenas o IBC-Br no Brasil, sem dados relevantes nos EUA. A agenda na Europa terá como destaque a produção industrial fechada da Área do Euro, cujos dados já foram antecipados pelos números desagregados de cada país.

No Brasil, pela primeira vez em vários anos, começo a receber recomendações para posições OW em renda variável para os ativos locais. As recomendações para renda fixa já eram mais positivas desde o começo do ano, o que tem ajudado o rally dos títulos de renda fixa locais.

No mercado de renda variável, ainda há um técnico bastante positivo, com importantes investidores desta classe de ativos, como Fundos de Pensão e Invesdidores Estrangeiros extremamente UW na classe.

Se confirmado um cenário de mudança de governo, ainda me parece haver espaço para fluxos consistentes para o mercado local.

Os ativos locais deveriam ficar bem suportados diante do cenário descrito ao longo do final de semana neste fórum. A apreciação dos ativos brasileiros, entretanto, não deverá ser de forma unidirecional. Alguns indicadores técnicos mostram um mercado “esticado”. Contudo, por hora, até que haja alguma alteração no cenário político, a dinâmica e o momento devem ser positivos, com acomodações e realizações apenas pontuais. Buy the dips!

 Segundo a Merrill Lynch:

·         We move Brazil to OW and Mexico to UW, given positioning, yield and higher chances of a new political equilibrium.Over the weekend, the PMDB's convention brought a lot of government criticism and street protests gathered 6 million people. Our base case is that the Ibovespa finishes the year at 62,000 points. Banks, SOEs, yield, leveraged and beta to outperform.


·         Raising POs for large cap banks and upgrading Banco do Brasil and Bradesco to Buy; reiterate Buy on Itau. Potential new political equilibrium supports sector re-rating, driven by reduced COE and higher ROE. Despite recent rally, we see potential upside of c.35% from current levels

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