Sem movimentações relevantes esta manhã.

Os ativos de risco estão iniciando a terça-feira sem grandes movimentações. Destaque para uma leve recuperação no preço das commodities, que estão se mantendo próximas aos lowsde alguns anos. As bolsas da Europa e do EUA apresentam leve queda, com o dólar relativamente estável ao redor do mundo.

A agenda do dia terá a taxa de desemprego pela PNAD Continua no Brasil. Nos EUA, o destaque ficará por conta da revisão do PIB do 3Q, do S&P/CaseShiller, para o Consumer Confidence e para o Richmond Fed.

Minha visão em relação aos mercados permanece inalterada, a despeito do price-actionestar mostrando que, por hora, eu estou errado em relação ao cenário de curto-prazo. Não vejo valor nas bolsas dos EUA nos atuais níveis, frente a inúmeras incertezas de cenário. Acredito que o dólar ainda tenha espaço para mostrar bom desempenho contra as moedas emergentes e dependentes de commodities, e vejo o atual equilíbrio dos ativos no Brasil como um “equilíbrio instável”. Acredito que observamos uma deterioração adicional dos fundamentos econômicos (crescimento, inflação, fiscal e etc) nas últimas semanas, que não está sendo devidamente precificada no preço dos ativos.

 Brasil – Os jornais de hoje estão dando atenção, novamente, as decepções que o ajuste fiscal vem demonstrando até o momento. Segundo Claudia Safatle, no Valor:


As alterações feitas pela Câmara dos Deputados no projeto que regulariza ativos enviados ilegalmente ao exterior, considerado prioritário pelo governo para destravar a reforma do ICMS e contribuir para a obtenção de superávit primário de 0,7% do PIB em 2016, vão subtrair 0,5 ponto percentual do PIB potencial nos próximos anos, caso o texto, agora no Senado, seja aprovado tal como está. É o que avaliam técnicos do Ministério da Fazenda, para quem a medida foi desfigurada a tal ponto que pode tornar inconstitucional a modificação em relação à multa que seria aplicada pela repatriação do dinheiro. Originalmente, o texto previa, sobre o total a ser regularizado, 17,5% a título de Imposto de Renda e outros 17,5% de multa, com correção cambial até a data de adesão. O dinheiro da multa seria todo destinado a abastecer os fundos de compensação e desenvolvimento regional pensados como contrapartida aos Estados pela unificação das alíquotas do ICMS. Só que o relator, deputado Manoel Júnior (PMDB­PB) ­ aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB­RJ), que chegou até a ser cotado para o comando do Ministério da Saúde na recente reforma ministerial ­, alterou a proposta para 15% de Imposto de Renda e 15% de multa, com câmbio congelado em 31 de dezembro de 2014, o que na prática diminui o valor a ser efetivamente recebido pelo governo. Pior, Júnior manteve no texto ­ e os deputados chancelaram ­ a distribuição do montante da multa em 48% para a União e 52% para Estados e municípios.

Em outro artigo do mesmo Jornal:


A gradativa deterioração do cenário macroeconômico está jogando uma nuvem de incertezas sobre o programa de concessões de infraestrutura, que teve sua segunda fase anunciada pela presidente Dilma Rousseff em junho último. Na ocasião, o governo demonstrou a intenção de leiloar pelo menos cinco lotes de rodovias em 2015, mas foi diminuindo a lista até a semana passada, quando constatou que nada sairá do papel neste ano. A última esperança era a concessão dos 400 quilômetros entre as cidades de Lapa (PR) e Chapecó (SC), trecho mais conhecido como "Rodovia do Frango". Os estudos de viabilidade estão sendo analisados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e a expectativa é de que o edital seja publicado em dezembro. Leilão, no entanto, só em 2016. A área técnica do TCU detectou várias inconsistências nos estudos, especialmente nas projeções de fluxo de caixa. O estudo foi devolvido ao Ministério dos Transportes, que teve que refazer várias planilhas antes de reencaminhar o trabalho. Apesar de não haver cobrança de outorga onerosa para as concessões de rodovias, o governo contava com os quase R$ 20 bilhões em investimentos estimados para dar algum ânimo à economia

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