Nuvens mantém cenário nebuloso.


O final de semana trouxe poucas novidades para o cenário externo (que já comentei aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/10/perspectiva-externa-e-posicionamento.html).
No momento em que vos escrevo, ainda não temos a abertura da apuração da votação para presidente do Brasil, tema que já foi amplamente abordado neste fórum nos últimos dias e certamente será foco nos próximos dias.
Na Alemanha, as eleições em uma das regiões mais ricas e importantes do país trouxe uma nova derrota para Merkel e sua coalização. O avanço dos “Greens” trará alguma incerteza ao país e a Europa como um todo, que já passa por um momento de instabilidade, com questões como o Brexit e o orçamento na Itália. Contudo, a plataforma dos “Greens” é de maior expansão fiscal e maior integração com a Europa, que talvez não seja o que o mercado demande neste momento, mas possa ser um caminho favorável a economia real e ao crescimento.
Pegando este gancho, acho importante frisar como estamos vendo, ao longo deste ano uma onda mais favorável ao “Main Street” em detrimento a “Wall Street”, em especial nos EUA. Basicamente, estamos passando por um momento bastante positivo para a economia real (crescimento), mas não necessariamente positivo para os ativos de risco (os mercados financeiros, vulgo “Wall Sreet”). Esta parece ser uma nova realidade, que vinha se desenhando há algum tempo e, agora, parece ter tomado a dianteira do cenário econômico global.
No cenário internacional, a mídia passou o final de semana repercutindo a recente pressão negativa nos ativos de risco, como este texto do WSJ: https://www.wsj.com/articles/strong-earnings-havent-cured-the-stock-markets-blues-1540738801?mod=hp_lead_pos4 e este artigo de Gavin Davies no FT, https://www.ft.com/content/428322d0-d780-11e8-a854-33d6f82e62f8.
Não há nada de novo nos argumentos e no panorama além do que já tenho discutido neste espaço (como aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com/2018/10/algumas-coisas-mudaram.html).
Iremos abrir a semana na mesma toada, com os mesmos riscos e o mesmo pano de fundo que encerramos a semana passada. O cenário ainda demanda extrema cautela, mesmo que momentos pontuais de recuperação venham a ocorrer.


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