Sem novidades no Natal.

Os ativos de risco estão operando próximos a estabilidade, na ausência de mudanças substanciais de cenário. Destaque apenas para o bom desempenho do CNY, a moeda da China, nos últimos dois dias, com apreciação em torno de 1%. Não vi motivos aparentes para este movimento.

A agenda econômica do dia será esvaziada. Espero um mercado sem grandes movimentações, baixa liquidez e com poucas tendências nestes últimos dias do ano. A baixa liquidez, contudo, eventualmente, poderá causar alguns “flash crashes” pontuais, como foi o caso do EUR ontem, que chegou a cair momentaneamente cerca de 2%, para depois voltar a seu patamar anterior sem grandes variações.

Mantenho minha visão central de cenário local e externo, amplamente discutida aqui: https://mercadosglobais.blogspot.com.br/.

No Brasil, ao mesmo tempo em que a mídia coloca Rodrigo Maia como potencial candidato a Presidente da República nas eleições do ano que vem, surgem matérias na mesma mídia em que o acusam de ter recebido, aparentemente, financiamento ilegal em suas campanhas anteriores. Continuo acreditando que ainda falta uma eternidade para as eleições, e que o grande vetor para os mercados financeiros locais continua a ser a candidatura (ou não) de Lula. Todavia, este tipo de dinâmica apresentada pelo nome de Rodrigo Maia mostra àqueles que pretendem se tornar candidatos como será a campanha eleitoral, extremamente difícil, praticamente uma guerra, onde toda a vida dos candidatos estará sobre a mesa. Isso deverá ser levado em conta por aqueles que pretendem se candidatar a esta vaga.

A mídia internacional, na ausência de notícias com substancia, está dando ampla cobertura ao excesso de volatilidade das “cripto moedas”. Acredito que esta “classe de ativo” ainda não tem importância ou impacto nos mercados econômicos globais. Assim, não merecem grande destaque neste fórum. Eu também tenho pouco conhecimento para emitir opiniões robustas a respeito desta “nova classe de ativo”. Por ora, acredito que as “cripto moedas” sejam mais um fenômeno social e psicológico do que de fato um meio de troca, unidade de conta e reserva de valor. De qualquer maneira, não descarto que elas virem um ativo mais “robusto” ao longo do tempo.

Nos EUA, a mídia está reportando que o período do Natal trouxe animo as varejistas convencionais, após um longo período de pressão. Esta evidência anedótica apenas reforça o quadro de crescimento robusto que tenho mostrado aqui ao longo dos últimos meses.

Após o anuncio de novas sanções econômicas contra Coreia do Norte por parte do EUA, os norte coreanos voltaram a afirmar que os EUA cometem um “ato de guerra”. Os mercados financeiros globais pouco reagiram a troca e acusações. Isso já virou uma regra. Acredito que apenas atos militares concretos por parte da Coreia do Norte, contra alvos aliados (EUA, Japão, Coréia do Sul ou outros) serão capazes de mover os ativos de risco de maneira mais acentuada e consistente.


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